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sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

MÉDIUNS NÃO PREPARADOS - OS CUIDADOS QUE DEVEM TER

    Em minha postagem de retorno tive a oportunidade de escrever mais um pouquinho e NO-VA-MEN-TE, sobre a situação dos médiuns e principalmente dos médiuns iniciantes que, parece que por preguiça de certos "zeladores e zeladoras", ao ingressarem na corrente de algum terreiro, ao invés de receberem apoio próprio aos iniciantes, são colocados dentro das giras, normalmente como auxiliares (dizem serem cambonos pra dar certo ar de especialidade) de outros médiuns, já com mais prática e tempo de treinamento.

    A postagem, dessa feita, se dirige aos médiuns de uma forma geral e mais especificamente àqueles que, ainda não tendo "afinado" suas sensibilidades com seus acompanhamentos espirituais, tendo ou não iniciado seus treinamentos, sofrem diversos males por somatizações provenientes de influências espirituais ou até mesmo só de cunho psíquico.

    Há algum tempo atrás tive a oportunidade de ler um comentário de uma pessoa com certa mediunidade que dizia assim:

    - "Fui na sala de limpeza do (o nome do Centro eu evitei colocar) e peguei um carrego muito grande quando me aproximei da médium para tomar passe. Já é a segunda vez que isso me acontece. A primeira foi na sala de desobsessão. Queria entender o porque disso."

    Vamos começar por entender que a pessoa que "quer entender" não é afiliada a uma corrente específica (e a importância disto no início do caminho é grande  - e dependendo de cada um até o final da vida - e será explicada em momento oportuno) e sim, mesmo sendo médium, apenas visita Centros para tomar passes ou passar por descargas e já se pode antever que sua guarda espiritual não parece estar preparada para livrá-la, seja das energias ambientais (egrégoras) muitas vezes conflitantes com a sua própria, seja da atuação de alguns tipos de espíritos que muitas vezes parecem se valer das vulnerabilidades, tanto físicas quanto psíquicas, que médiuns em geral (desde que não treinados convenientemente) apresentam para atuarem diretamente sobre eles.

    Ora, um médium de fato, que acha que estará protegido(a) apenas por frequentar Centros, Terreiros ou até mesmo Igrejas, está "redondamente enganado", a não ser que se harmonize de tal forma com as egrégoras ambientais desses locais que frequente e os espíritos que por lá circulem, que, por simpatia ou outro qualquer motivo, passem a ser ajudados diretamente em função dessa mediunidade ativa e, portanto, atrativa para qualquer tipo de entidades espirituais e energias que o envolvam ou mesmo por ele passem, na rua, em casa, ambiente de trabalho, etc.

    O que costuma acontecer com esses médiuns "DE GUARDA ABERTA", como passaremos a chamar doravante?

    Basicamente a resposta nos leva àqueles exemplos em que acabam virando"produtores de problemas", ou seja, por mais que sejam auxiliados, descarregados, tomem passes harmonizantes, banhos especificados, etc., serão sempre ímãs, polos de atração ou de entrada para, tanto energias deletérias quanto espíritos que se sintam seguros para se aproximarem no intuito de "saírem ganhando alguma coisa", obtendo algum tipo de vantagem.

    Ao visitarem algum tipo de Terreiro, Centro, Igreja (qualquer lugar em que a egrégora ambiental esteja ativa), esses médiuns de guarda aberta, por não estarem em harmonia com as vibrações locais desde o início, acabam se tornando portas de entrada, tanto para energias espúrias do ambiente, quanto para eventuais "sofredores" que por ali perambulem.

    Já tive a oportunidade de explicar aqui mesmo, no Blog, que o que acontece dentro de locais como os acima citados e que se pode ver fisicamente, não chega a 10% do que acontece realmente se formos observar o lado espiritual e energético-vibratório. E levando-se em conta esses 90% teoricamente ocultos (de todos não) dos quais grande parte dos zeladores e zeladoras esquecem (ou até desconhecem) perceberemos que num mesmo ambiente e instante poderemos encontrar, por exemplo, levas de espíritos e mais espíritos que inclusive, parecendo estarem no mesmo ambiente, sequer se percebem uns aos outros (e a importância disto também você entenderá melhor no dia e que tratarmos do assunto 'PUXADAS - O PORQUÊ E COMO ACONTECEM"), principalmente os de mais baixas vibrações aos de mais altas, assim como a maioria de nós, em estado normal de percepção, não notamos a presença de amigos ou inimigos espirituais que eventualmente possam estar ao nosso lado.

    Interessante, não? Estranho para você? Não deve ser para quem é zelador (ou se diz pai no santo, ou sacerdote ...), pois isso faz parte dos conhecimentos dos dirigentes minimamente preparados para a função.

    O que pode estar acontecendo, então, com a pessoa que pretende entender o porquê disso?

    Muito simples: Pelo fato dela não estar afiliada e portanto automaticamente harmonizada, tanto com as egrégoras ambientais positivas, quanto com as falanges espirituais presentes em nível de segurança, sendo um médium DE GUARDA ABERTA como chamei, assim que adentra o ambiente ativo já vai sendo atuada por qualquer coisa que ali vibre. E como é muito mais fácil estarmos com nossas "antenas psíquicas" voltadas para o "terra a terra" (vibrações mais baixas), é dessa faixa de frequência (ou faixa vibratória) que se aproximarão dela, tanto partes de energias ambientais, quanto espíritos que por ali perambulem em busca de sabe-se lá o quê.

    Em continuidade, dependendo do quanto essas energias ou espíritos conseguem ultrapassar suas barreiras naturais (a Aura principalmente), essas energias e espíritos acabam atuando no psiquismo o que faz com que o médium DE GUARDA ABERTA somatize (sinta psicologicamente), pelo menos temporariamente, sensações nada agradáveis, até mesmo aquelas sensações com que certos espíritos fizeram a passagem (dores, doenças, medos, etc.) e das quais ainda não se livraram. O pior disso ainda é quando acabam indo para casa e levando consigo todos ou partes desses acompanhamentos traduzidos pelas sensações estranhas que acabam por absorver.

    Mas reparou que eu frisei que essas sensações e acompanhamentos costumam se apresentar por influência das baixas vibrações, tanto energéticas quanto espirituais?

    Se puras energias ou a energia de espíritos afetam uma pessoa a ponto dela somatizar sensações é porque ambas adentraram as defesas e chegaram a produzir algum nível de modificação em partes do corpo ou órgãos físicos que por suas vezes produzem essas sensações quando em estado de NÃO funcionamento normal, ou seja, de alguma forma algum ou alguns órgãos sofreram alterações, ainda que temporárias, em seus funcionamentos para que isso acontecesse. Ao mesmo tempo e como também já expliquei tanto aqui como nos livros, "QUANTO MAIS DENSA A ENERGIA ATUANTE, MAIOR É A POSSIBILIDADE DE ACESSO À MATÉRIA FÍSICA", com todas as consequências, boas ou más que isso possa trazer.

    E com isso eu quero chegar aonde?

    Simples: Se essas energias densas conseguem afetar, ainda que temporariamente, alguns tipos de órgãos do médium DE GUARDA ABERTA, repare que se for uma situação recorrente vai acabar um dia, provocando alterações não temporárias no funcionamento, principalmente em órgãos que por acaso o médium tenha mais enfraquecidos, como por exemplo, fígado, coração e até, em casos mais graves, o próprio cérebro, simplesmente porque, de tanto esses órgãos serem "irritados" (somando-se a isso os desgastes normais da vida em si) artificialmente, poderão ir perdendo o potencial de recuperação, o que faz desse tipo de médium, mais normalmente e por pequenas perdas de potencial de recuperação ao longo da vida, tenderem a ser do tipo dos que "vivem doentes" ou até mesmo, em caso de puro psiquismo (por atuações ao nível mental), transformarem-se em hipocondríacos contumazes ou até mesmo esquizofrênicos do tipo que vêem diabos, maldições e macumbas em tudo o que lhes acontece.

    Ah, mas se você acha que apenas médiuns DE GUARDA ABERTA podem passar por esse problema, está muito enganado ou enganada.

    A começar pelos pseudo-médiuns sobre os quais escrevi na postagem anterior, passando pelos médiuns mais experimentados que no entanto acreditam que "MINHAS ENTIDADES ME CURAM DE TUDO" e que por isso mesmo entram naquele estado de "EU POSSO TUDO" e chegando aos próprios Chefes de Terreiro, Centros e Igrejas, todos, em maior ou menor grau, passam pelas mesmas experiências energéticas ainda que não se deem conta disto ao longo de todo o caminho no qual acreditam que, por estarem trabalhando com a caridade e o auxílio aos necessitados, estarão, automaticamente, blindados para essas possibilidades dos tipos acima mencionados, o que é um baita erro de interpretação e motivo de muitos médiuns e dirigentes começarem a adoecer cada vez mais frequentemente com o tempo de práticas caritativas, ainda que com toda a boa intenção possível.

    Agora atente para isso: Energias e espíritos espúrios, deletérios, existem em todos os lugares, em camadas vibratórias nem sempre captadas imediatamente pelos nossos sentidos mais conscientes, o que não evita que suas atuações (dependendo das defesas de cada um) aconteçam mais ou menos fatidicamente. Nos locais em que se reúnem pessoas e, principalmente se nesses locais se fazem invocações e evocações a espíritos (sejam eles "santos", "orixás" ou simplesmente espíritos), por decorrência da EGRÉGORA imediatamente formada, sempre haverá a aglomeração de entidades espirituais de diversas castas (trazidas por acompanhamentos a pessoas de diversas castas também), de forma que, se você apenas visita um local desse tipo (Templos, Terreiros, Igrejas, Centros) e não sabe exatamente o que se passa na parte ASTRAL (aquela oculta aos olhos normais) deles, é médium ou paranormal de alguma forma e de fato, então lembre-se: Esses locais não são indicados para pura visitação social do tipo "vou lá porque não tenho o que fazer". Estar preparado, respeitoso e atento para possíveis atuações não desejáveis é muito importante, mesmo que você se ache "o protegido de deus".

    Mais abaixo você terá a oportunidade de ler o testemunho de uma outra pessoa que, tendo estado num outro Centro ou Terreiro, recebeu algumas orientações sobre sua situação espiritual, assunto que vamos "esticar"aqui rapidamente. 

    "Hoje eu recebi as vidências, mas nesse novo centro não falaram quem fez o trabalho para eu não ficar com raiva da pessoa, é regra da casa. Me falaram por alto que 3 pomba giras ou moças estavam acorrentadas e com a função de me deixarem doente, e que elas iriam ser libertadas e tratadas, induzidas ao sono e tratadas no hospital espiritual da casa. Notem que não estou falando mal de pomba giras, a casa trabalha com moças (pomba giras) que só fazem o bem. Tinha mais outros quatro espíritos colados em mim: um que morreu de avc, outra de endometriose, outra de obesidade, e outra de câncer. Disseram que eu tenho todo o tipo de mediunidade, o que eu ja sabia, por isso sou agitada. Uma médium que viu meu desespero me acalmou, dizendo que "Deus está no controle".

    Nesse caso interessante que estou levando em consideração porque sei ser possível, em que as pomba giras são citadas como causadoras do, ou dos problemas pelos quais a pessoa está passando, vemos dois tipos citados de entidades que levam a mesma classificação - pomba gira - e que, no entanto, trabalham diferenciadamente. Perceba que, enquanto umas teriam sido usadas para o intento negativo, na casa havia outras que, JÁ ATUADAS PELO QUE CHAMAMOS UMBANDA, dedicavam-se aos trabalhos de caridade da Casa Espiritual.

    O que vemos nessa pequena explanação que deve ser de realce?

    Que a Casa em questão é uma Casa que realmente pratica UMBANDA, pois segue um dos pilares preconizados como de importância pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas que é o famoso: "Aprenderemos com os que sabem mais e ensinaremos aos que sabem menos".

    Nessa Casa, cujo nome ainda não vou citar, as pomba giras (e exus) não são divinizados, não se tornaram centros das atenções de adoradores de performances, luxos e ostentações. Ao invés disto, foram ensinadas sobre as formas de poderem ajudar ao próximo e, mesmo ainda sendo classificadas como Pomba Giras (não sei se seria o correto, talvez sim), trabalham sob orientações dos "superiores" deixando de lado o superficial e negativo de suas existências para auxiliarem aos necessitados, ao mesmo tempo em que, por essas obras, afloram mais seus sentimentos de amor e respeito ao próximo, mui diferentemente do que muitas vezes vemos por aí ... ou não?

    Eis aí um dos GRANDES DIFERENCIAIS para que você que chega até aqui, entenda um pouco mais do que é UM-BAN-DA.

    Em breve estaremos de volta.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

RECOMEÇO 

(para a alegria de alguns e tristeza de outros)


    Minhas saudações afetivas a todos os inscritos nesse Blog que a princípio, quando foi criado, nem tinha sequer a pretensão de alcançar a quantidade de pessoas que conseguiu ao longo do tempo.

    Meu afastamento temporário desde o final de 2012, quando publiquei o 4º Volume de Umbanda Sem Medo, se deveu, não só às "voltas que nossa vida dá" mas também à necessidade que pressenti de maiores observações sobre os rumos que "as umbandas" (ou pseudo-umbandas) estariam tomando devido a todo esse movimento de enfatização que alguns pretendem estimular, levando a prática de Umbanda ao nível de Religião, com rituais copiados "dali ou daqui", pautados em crenças quase sempre alheias ou mesmo as rebuscadas em filosofias mistas, sempre no intuito, ainda que velado, de justificarem-se práticas de Terreiro que cada um criou ou até mesmo recebeu de seus acompanhamentos espirituais como "verdades imutáveis" e até dogmas, que por certo a tornariam mais "misteriosa"...

    Infelizmente, essa necessidade de cada um sente de justificar suas práticas como "totalmente fundamentadas em práticas de Umbandas mais antigas", muitas das vezes, como já vimos aqui mesmo no Blog, faz com que certos dirigentes comecem a alardear como fatos, coisas que nunca aconteceram, ou seja, muita gente fica divulgando cabelos em cascas de ovos como se fatos verdadeiros fossem. E como há também dentre nós a prática do "COPIÔMETRO" (CtrlC+CtrlV), os "cabelos nas cascas dos ovos" que uns divulgam, outros apenas copiam e tomam para si, in-ten-cio-nal-men-te, como se verdades fossem e passam a espalhar notícias sem fundamentação ... desde que essas "notícias" justifiquem o que fazem em suas engiras, o que para eles é "a sopa no mel", como costumamos dizer.

    Resultados do que venho observando nessa Umbanda que já foi "DE TODOS NÓS" (como diria o finado W.W. da Matta e Silva), tanto pelo que acompanho e recebo pela Internet, quanto pelo que venho assistindo em Centros e Terreiros que me foram possível visitar (de preferência incógnito) é que a Umbanda, de fato, está cada vez mais irreconhecível devido a tantas inserções, cortes, invenções, "tradições" ... festas.

    Em muitas das vezes podemos observar com muito mais realce as vestimentas coloridas em giras pré-estabelecidas em que todos os "médiuns(?)" já sabem o que "vão receber" com antecedência e para a ocasião já preparam suas "montagens". Em outras ocasiões, são as grandes festas (em sua maioria na banda dos exus, claro, porque essa banda sempre permite e até estimula mais as "belezuras carnavalescas" - um dos motivos dela ser tão apreciada pelo povão) que se impõem a despeito dos objetivos básicos que justificariam o fato das entidades estarem em terra - ATENDIMENTO FRATERNO E CARIDOSO.

    Não é incomum mais, observarmos tristemente, num Terreiro que se auto-intitula "de Umbanda", médiuns maquiados, enfeitados, fantasiados de acordo com certas "entidades" que vão (ou acham que vão) "receber" para que sejam em gira, "amadas, idolatradas, divinizadas", numa contrariedade total a outro dos ensinamentos da Umbanda que é SIMPLICIDADE, que é HUMILDADE.

    O que estamos vendo (infelizmente novamente) e muito por conta dessa estimulação desastrada sobre a "umbanda de todos nós dos dias de hoje" é uma quantidade enorme de médiuns que não são médiuns (pelo menos de incorporação) e que "dão" caboclos, velhos e, claro, principalmente exus (porque exu todo mundo quer ter o seu), como se fossem e estivessem aos seus dispores como o ar que respiram, esquecendo-se totalmente de que, em se tratando de espíritos (porque é com eles que a Umbanda trata) "são gente como a gente" e por isso mesmo, além de não existirem como o ar para todos, têm, ou deveriam ter, SUAS PRÓPRIAS PERSONALIDADES, através das quais, inclusive, podemos classificar com que tipo ou tipos de entidades esteremos lidando ao longo de nossas práticas.

    O que podemos ver de médiuns tipo "cabeça de oratório" (daqueles que "recebem" de tudo na primeira nota do ponto de chamada) espalhados por aí é sim, uma enormidade. Pautam-nos numa asserção antiga que afirma que "todo mundo é médium" e nem se dão ao trabalho de irem pesquisar em que situação e a extensão que foi dada a isto. O resultado é que hoje, em muitos lugares, diferentemente de antigamente, a pessoa que é médium, ao sair de seu assento e pisar o chão onde ocorre a gira, parece mais estar entrando no palco de um teatro, não chegando a sentir a vibração, a energia ou a egrégora local que muitas vezes faziam com que ali mesmo, ao pisar em "terra segura", fosse pega por um de seus próprios acompanhantes espirituais (guarda ou carrego, como queiram).

    Ensinamentos básicos como : "A CORRENTE (egrégora) É TÃO FORTE COMO SEU ELO MAIS FRACO" parecem ter sido esquecidos ou talvez NUNCA ENTENDIDOS de fato sendo por isso mesmo  (aproveito para novamente incentivar as ESCOLAS PARA MÉDIUNS INICIANTES), que vemos na maioria dos Terreiros, ao invés de MÉDIUNS TREINADOS, um monte de médiuns (ou talvez nem isso) crus, sem qualquer treinamento básico, fazendo parte das giras e até de giras pesadas onde seja necessário "virar-se a banda" (será que alguém ainda sabe o que é isto?) para segurar-se alguma demanda pendente ou até mesmo momentânea.

    Ora, se a gira fosse, numa analogia rápida aqui, um jogo de futebol, será que o dirigente colocaria em campo, para vencer sua demanda, jogadores que nem das regras têm compreensão plena? Ou ele seria um pouco mais inteligente e só colocaria em campo aqueles que mais bem treinados estão e que têm conhecimentos, tanto das regras, quanto das possíveis táticas a serem empregadas contra o adversário com a finalidade de vencer? Eu acho que não é muito difícil responder a essa questão não! No entanto, não é o que se vê em grande parte dos terreiros que, com o tempo - isto é certo e quase imutável na medida em que insistem em permanecer com essas práticas - sempre colocando em campo pessoas não treinadas suficientemente, vão observar as EGRÉGORAS enfraquecerem e, como eu sempre alerto, as sobrecargas começarem a afetar médiuns mais antigos (que vão deixando de ser firmes) e, principalmente, os médiuns chefes que, se estiverem atentos, vão começar a ver em suas próprias vidas, mudanças para o lado negativo que não esperavam ver porque, afinal de contas: "SEMPRE TRABALHARAM PARA A CARIDADE".

    Não, não adianta reclamar depois e achar que os espíritos deviam ter avisado ... Será que os dirigentes estarão dando atenção real aos espíritos enquanto a corrente de seus Terreiros começam a "cair" e suas vidas começam a "virar de cabeça para baixo"? Ou será que estarão tão preocupados em manterem as aparências externas impecáveis, esquecendo-se das regras mais básicas de COMO CONSTRUIR E MANTER uma egrégora positiva até que os problemas de saúde às vezes, de empregos outras vezes e até mesmo de incompatibilidades entre familiares esteja em um nível tal que já não seja mais possível escondê-los?

    Bem, creio que já "falei" muito nessa primeira postagem, mas focando no que escrevi lá em cima, relativo aos COPIÔMETROS, principalmente os que interessam porque teoricamente embasariam certos comportamentos e práticas, quero lhes dizer que fui apresentado a um rapaz de nome Wanderson Cruz há uns meses atrás, um rapaz que, não sendo especificamente um umbandista e muito menos fanático pelas sedimentações pseudo-umbandistas que tantos por aí propalam, teve a ousadia (pela qual o parabenizo) de, contrariando o que vinha sendo divulgado como verdade, ir buscar NA FONTE mais apropriada, no caso o senhor Pedro Miranda, diretamente envolvido com a Tenda São Jorge, o porquê e em que período, a Tenda São Jorge adotou o uso de atabaques e também sobre os trabalhos com exus nessa Tenda, a sexta na série das que o Caboclo das Sete Encruzilhadas ajudou a fundar, segundo o protagonista que é também Presidente da União Espiritista de Umbanda do Brasil.

Espero que sirva para análises apartidárias dos que por aqui passarem e virem o que muitos não queriam ver.

Abraços afetuosos a todos e agradecimentos sinceros ao Wanderson Cruz e ao senhor Pedro Miranda e, até breve.