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terça-feira, 28 de agosto de 2007

PRÁTICAS E RITUAIS PARTE V - FINAL

Por favor, assegure-se de ter lido as quatro partes anteriores antes de iniciar essa leitura

... CONTINUANDO


Desde a mais longínqua antigüidade os pré-humanos e os homens que surgiram depois, sempre tentaram alcançar as beneces de seres superiores (que nós conhecemos pela história como deuses) através de presentes que julgavam ser do agrado destes.
Sem entrar muito profundamente na história de cada religião, podemos ver alusões a oferendas, inclusive com matança de animais até mesmo no chamado Antigo Testamento, tendo sido inclusive o fato de Jeová não ter aceito a oferenda de Caim tão bem quanto aceitou a de Abel o que desencadeou o ciúme, inveja e posterior assassinato de um pelo outro.
É certo também que com o passar dos tempos, muitos hábitos antes tidos como fundamentais, foram se modificando em todas as Religiões e Seitas, baseados na pressuposição de que não teriam real fundamento porque o Deus que procuram não pode mais ser ligado a presentes materiais como os que então eram oferecidos, no que todos estão cobertos de razão. Como já disse antes, se entidades que não chegam a serem deuses, por terem alcançado um nível evolutivo maior, já não se prendem às coisas materiais, que dirá um Deus e mesmo um "Orixá", seja ele quem for.
Por que então as oferendas na Umbanda? Por acaso não seria para alcançar as beneces dos Orixás e do próprio DEUS?
Vamos tentar conduzir seu raciocínio, ainda mais uma vez, da maneira mais simplificada possível, mas para isso comece por esquecer aquela forma de um senhor de barbas, onipotente e onipresente que sempre lhe tentaram impingir como se fosse O Criador.
Preste atenção!

DEUS

Forma energética primeira da qual se formaram todas as coisas e Seres (que por serem provenientes de uma Energia Mãe, não deixam de ser também formas energéticas mais densas ou menos densas) e não um SER PESSOAL que possa se contatar com os encarnados como pensam alguns. Para os Maçons, como já disse: "O Grande Arquiteto do Universo".

ENERGIAS

Tudo no Universo é energia em estado de maior ou menor densidade e com diferentes formas de montagens de seus átomos e moléculas.
Após a chamada Criação, O DEUS UNIVERSAL continua a se desdobrar em uma infinidade de energias que circulam por todo o Universo criado e não só pelo planeta Terra que não é nem nunca foi o Centro do Universo (em outros tempos eu estaria na fogueira se afirmasse esse fato mais do que provado nos dias de hoje).
Se uma energia mãe se desdobra, sempre há as primeiras energias que partem dela que depois também vão se desdobrando, interagindo e formando outros tipos de energia. Veja se você entende o gráfico abaixo.

Trata-se de um gráfico que representa a refração da luz solar através de um prisma. Ao passar pelo prisma, a luz, anteriormente branca, se decompõe em diversas outras cores sendo que as visíveis para nós estão aqui representadas.
As três primeiras cores que se formam são as que conhecemos como cores primárias (indivisíveis) que são o AZUL, o AMARELO e o VERMELHO. Todas as outras se formam pela ação dessas três cores umas sobre as outras. Dessa forma o VERDE é composto pelo AMARELO com o azul, o LARANJA é formado pela soma do AMARELO com o VERMELHO, o VIOLETA é formado pelo VERMELHO mais o AZUL...
Assim como a luz (energia) do Sol, supõe-se que essa energia mãe (ou pai, se você faz questão) em seu processo de desdobramento decompõe-se primeiramente em três energias primárias (lembra-se da Santíssima Trindade?) que posteriormente por interações geram mais quatro energias que voltam a interagir entre si e entre as primárias gerando outras energias e por aí vai.
Expliquei isso tudo para que você entendesse o que é ORIXÁ como visto pela Verdadeira Umbanda.
Se fizermos uma analogia entre as cores da refração solar e as energias primeiras que se supõe serem geradas pelo CRIADOR UNIVERSAL, as sete primeiras energias ou cores seriam os Sete Primeiros Orixás gerados (ou RAIOS como são chamados em outras filosofias), ou VIBRAÇÕES ORIGINAIS, o que indica que ORIXÁS, para a Umbanda Verdadeira, são formas energéticas de puríssimo padrão vibratório, impessoais como o próprio CRIADOR e portanto jamais receberiam oferendas materiais como as que se vêem.
Quem realmente recebe as oferendas ?
Respondeu certo quem disse: Os Elementais da Natureza.
Ah! Mas você disse que eles poderiam até ser perigosos em certas ocasiões ! E aí, como é que fica ?
Eu disse e torno a dizer que o trato com Elementais pode ser perigosíssimo para os que não sabem se precaver, e é por isso mesmo que na Umbanda, o trato com esses seres é feito através daqueles que realmente sabem e podem, com segurança, determinar junto a eles as diretrizes desse ou daquele trabalho - nossos Guias e Protetores.
Somente iniciados avançados podem manter um certo relacionamento com esses seres, sem correrem o risco de serem envolvidos por certos artifícios que eles tão bem sabem executar.
Não é que seja tão difícil entrar em contato com eles, não! O problema está, principalmente, na tendência dos humanos quererem fazer desses seres os seus "geninhos particulares" (como tentam fazer com entidades espirituais), pensando que são mais inteligentes e podem comprá-los com as oferendas que colocam em certos lugares sem se preocuparem com mais nada.
Elementais, principalmente os gnomos, hoje tão procurados, são em via de regra, muito mais espertos do que os humanos que tentam cativá-los e, além disso, podem perceber suas reais intenções, muito antes delas se revelarem. Em casos assim, podem (e não raramente o fazem), transformar-se em obsessores difíceis de serem afastados. Sabe por que ? Porque foi o humano quem lhes foi pedir favores coberto de más intenções, o que por si só já lhes dá o direito de agirem da maneira que acharem melhor, e o pior: seus direitos, nesses casos são, até certo ponto, respeitados pelas entidades espirituais que poderiam proibir suas ações no caso de resolverem fazer suas estrepolias por simples capricho.
Se você duvida dessas afirmações, ainda que não tenha conhecimento profundo desse tema, procure ler alguns livros de ocultismo em que haja tratamento entre Magos e Elementais e tenha uma idéia de todo o ritual de preparação por que passavam antes de ter com eles. Eu lhe indicaria "Dogma e Ritual da Alta Magia" de Eliphas Levi, mas há outros também muito interessantes para pesquisa. Só tome cuidado com os "Neo-Pseudo-Esotéricos" atuais que em grande parte estão muito longe do que é o Esoterismo Verdadeiro.
Voltando ao nosso assunto, preciso explicar que tanto os Elementais Verdadeiros, como os Falsos Elementais (para não me aprofundar muito: falsos elementais = elementais criados a partir de formas-pensamento) são amplamente utilizados em trabalhos de magia tanto positiva quanto negativa por entidades astrais e mais amiúde pelos Exús (e porque não dizer também os quiumbas) que têm padrão vibratório próximo ao dessas entidades e por isso mesmo têm acesso direto a elas (muito mais que entidades mais evoluídas, pelo que já vimos).
Quando uma entidade pede uma oferenda, para a realização desse ou daquele trabalho, você pode estar certo de que, a menos que ela seja um "quiumba brabo" estará pedindo para que possa atrair e comandar certos elementais que têm ação direta sobre o tipo de trabalho a ser executado.
Entidade espiritual humana que já passou por um processo evolutivo não precisa comer nem beber, muito menos de sangue de animais sacrificados. Elementais e certos espíritos Elementares (quiumbas e certos obsessores) sim, pois pertencem a um nível astral quase que igual ao nosso e, na verdade, o que fazem é absorver a energia que emana dos elementos a eles oferecidos e não da matéria propriamente dita.
Quanto às "comidas" o que se pode dizer basicamente é que são exatamente isso: elementos que são oferecidos e que libertarão certas energias que por sua vez serão absorvidas e usadas para a realização do trabalho proposto, e para efeito de segurança, sempre sob a coordenação da entidade que assim determinou - ela tem que saber o que está fazendo.
Quanto aos sacrifícios de animais, nunca foram usados nas práticas da Umbanda. Quando em casos de extrema necessidade, os animais são entregues vivos, pois quando um elemental precisa realmente absorver energia vital de um deles, pode muito bem fazê-lo com o bicho vivo como fazem em caso de obsessão a humanos encarnados. Dessa forma, sob a coordenação da entidade dirigente, o(s) elemental(is) envolvido(s) absorve(m) apenas a quantidade necessária de energia vital e quase sempre o animal continua vivo.
A uma primeira análise, poderá até parecer loucura o que eu disse acima, principalmente para aqueles que se enraizaram no que aprenderam "de boca em boca" e julgam não poderem mudar o que entendem como imutável. Para esses eu só tenho a dizer que em 30 anos de Umbanda (estamos e 1999), ainda que fosse para salvar vidas infestadas de elementais e larvas projetadas por certos quimbandeiros, eu jamais tive de executar um sacrifício animal.
Mesmo em rituais chamados por alguns de "troca de cabeça" (isso é para quem entende da coisa) execuções de animais nunca foram necessárias.
Como? Troca de cabeça é ritual específico dos rituais de nação?
Ledo engano, meu irmão!
Esse tipo de ritual já era utilizado por civilizações tão antigas que já foram até extintas e em muitos casos com sacrifício de vida humana para que as "divindades", em troca, lhes proporcionassem bens nas mais variadas situações de vida.
Os rituais de "troca de cabeça", como são conhecidos nos dias de hoje, são meras adaptações de rituais antigos onde, na síntese, se busca tirar de alguém um certo mal, através da transferência da atuação que essa pessoa sofre, para um animal de duas ou quatro patas que, segundo a regra, deve ser sacrificado à seguir para que sua energia vital possa ser absorvida pelos elementais ou elementares (nesse caso verdadeiros vampiros) que atuavam no ser humano como obsessores.
O ritual em si, é lógico que eu não ensinaria aqui e nem aconselho a qualquer iniciante ou mesmo pseudos pais no santo a tentarem meter a mão nessa "cumbuca".
Esse é um tipo de ritual perigosíssimo por colocar o médium em contato direto com as formas elementais do mais baixo grau, e que, por isso mesmo, só pode ser perfeitamente executado por quem tenha recebido ordenação dos Espíritos Guias Verdadeiros e não aqueles que tenham sido "coroados" por serem amigos do pai ou mãe no santo, sob pena de conseqüências nefastas.
Vamos parando por aí!

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segunda-feira, 20 de agosto de 2007

PRÁTICAS E RITUAIS PARTE IV

CONTINUAÇÃO: Assegure-se de ter lido as três partes anteriores para efeito de bom acompanhamento da leitura e acuidade de raciocínio.
OBSERVAÇÃO: Por se tratar de um capítulo bastante grande e merecedor de melhores avaliações, para também melhores e não apressadas conclusões, este capítulo foi dividido em CINCO partes, sendo esta a QUARTA.
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Pois muito bem! Vou contar o fato e tentar explicar baseado em princípios físicos que acabam se refletindo nas esferas espirituais também.
Todos sabemos que nas passagens de ano (REVEILLON) todo mundo procura usar roupas claras, de preferência brancas, achando que essa prática lhes beneficiará de alguma forma (será?).
Na passagem de um certo ano para outro, tomei coragem e, sem que houvesse qualquer determinação espiritual resolvi me vestir de preto.
Coloquei uma calça preta, uma camisa preta e uma sandália preta.
Gosto de ver aquelas sessões quase sempre folclóricas, que acontecem nas praias da cidade onde, em grande parte das vezes o que se vê é um show de demonstrações (verdade para quem quer verdade) com "incorporações" inexistentes (basta ter um pouquinho de vidência ou sensibilidade), embora sempre me causem certa tristeza de ver rituais e práticas serem assim expostos. Na verdade vou assistir mesmo como se fosse um SHOW.
Todo de preto como estava, é lógico que fui observado por muitos "passantes" e freqüentadores dos terreiros, sempre com um ar de, senão curiosidade, até mesmo de receio.
Alguns amigos que encontrava e me perguntavam sobre o por-que do "pretume", respondia apenas que tinha sentido vontade.
No primeiro dia do ano, para não ficar diferente, preto total eram as minhas roupas.
Fui à casa de uma senhora amiga, preocupado com sua filha que poderia, como era de meu conhecimento, ter embarcado naquele "Bateau Mouche da Morte" (foi exatamente nessa passagem de ano). Lá chegando, deparei-me com outra senhora que vinha a ser a Ialorixá do Terreiro que minha amiga freqüentava que, ao me ver todo de preto não podia ter ficado calada...
Tentar explicar a uma pessoa de certa idade, principalmente com "fartos conhecimentos no santo" de que era um teste e que eu tinha o direito de executá-lo a despeito da crença dela de que era altamente negativo, você há de convir que "não é mole"...
Tentei por algumas frases, fui contestado e até repreendido de certa forma, por ser eu um espírita e ter feito aquela "asneira".
FOI UM DOS MELHORES ANOS QUE PASSEI EM TODOS OS SENTIDOS.
A explicação mais detalhada me veio muito depois e se você acompanhar o raciocínio poderá entender porque o preto, que tantos temem pode ser tão positivo em certas ocasiões.
Vou procurar ser o menos complexo possível.
Todos que estudaram física na escola sabem que os objetos que vemos coloridos, assim são porque refletem a cor proveniente do espectro solar.
A luz solar é, na verdade, uma mistura de um punhado de cores. Dessa forma, se incidir sobre um objeto que reflita a luz vermelha, nós o veremos como um objeto vermelho. Se incidir sobre um outro que reflita o azul, nós o veremos como um objeto azul. Anote isso !
Sabemos pela física também que a LUZ É UMA FORMA DE ENERGIA (anote isso também !). Nesse caso, a luz é uma forma de energia que podemos ver refletida em todos os objetos que enxergamos.
Agora preste atenção!
Se você veste uma roupa vermelha, isso quer dizer que você está usando um objeto que reflete (manda de volta) a energia vermelha, o que faz com que você não a absorva ou absorva apenas parte dela, ou seja, de uma certa forma essa roupa funciona como um escudo para a energia que se traduz visualmente pela cor vermelha. Tudo bem até aí?
Se considerarmos ainda aqui os conceitos dados pela física para a cor branca e a preta veremos que a branca é uma cor que reflete todas as cores do espectro (ou seja: manda de volta todas as energias do espectro luminoso) e a negra significa ausência total de cor e por isso mesmo funciona como elemento de atração para todas as cores e energias.
Isso é inclusive provado na física pelos efeitos de absorção do que lá é chamado de "corpo negro".
Todos os objetos negros absorvem, por exemplo calor (que é uma outra forma de energia), muito mais facilmente que os brancos e infinitamente melhor que os polidos que as refletem muito mais. Se você duvidar, experimente sair de preto em um dia de bastante calor. Depois troque a roupa para a cor branca e sinta a diferença.
Se você conseguiu acompanhar até aqui, agora vai ser fácil entender.
Objetos negros absorvem energias com muito mais facilidade que os de qualquer outra cor.
Alegria é energia!
Bons pensamentos e desejos sinceros de sucesso geram formas pensamento condizentes que são energias!
Todas aquelas festas e comemorações pela passagem do ano e fé num ano que se inicia, cria nos ambientes egrégoras favoráveis que são pura energia.
Aconteceu que, ao vestir preto, enquanto a maioria refletia as cores brancas e portanto mandava de volta uma vasta gama de energias, eu as absorvia, ou seja, o preto as absorvia e, por estar em contato com minha pele, eu era o beneficiado.
A cor preta jamais deverá ser usada, pelo que expliquei acima, em ambientes de dor (enterros, hospitais etc), porque seu usuário fatalmente seria atuado pelas energias negativas desses locais. Em ambientes festivos no entanto, ela pode ser usada perfeitamente por qualquer pessoa, inclusive e até sabiamente (porque não?), por pessoas espiritualizadas.
Você duvida? Ainda tem medo?
Você acha que o que já foi provado pela física não tem nada a ver com as energias cósmicas e espirituais?
Você já ouviu falar em CROMOTERAPIA ?
O que você acha que aquelas "lampadazinhas" coloridas fazem além de iluminar com cores o corpo do paciente?
Por termos falado muito e certamente ainda termos muito a falar sobre energia, é preciso que você entenda de uma vez por todas que TUDO É ENERGIA e que nós, seres energéticos (espiritualmente e materialmente) estamos sempre cercados de uma infinidade de outras energias que podemos absorver ou refletir, sempre de acordo com nossa vontade, através da força de nossa mente. A grande sabedoria está em se aprender a captar e absorver as energias das quais necessitamos. Entenda quem puder.
Uma outra particularidade da cor negra é que ela absorve melhor energias menos densas (nem por isso mais positivas ou mais negativas: isso depende do ambiente e da cabeça de quem usa) no período da noite, quando muitas energias mais densas (como o próprio calor) diminuem seus efeitos.
Outras práticas que vemos em Terreiros ditos de Umbanda e que quero colocar sob análise ainda nesse texto são:
A- O uso de roupas de soldados romanos, cocares, coroas etc, por entidades incorporadas.
B- O uso de oferendas com comidas e/ou matanças também feitos nos Terreiros ditos de Umbanda.

Vamos começar pelo primeiro item, sempre procurando uma análise lógica e fugindo do que já é estabelecido como "necessidade", "verdade" etc. e para isso peço sua especial atenção.
Por que em alguns Terreiros certas "entidades" teimam em se paramentar conforme "o que teriam sido" em uma encarnação passada?

POSSIBILIDADES:
I - Por se manterem ainda enraizadas aos costumes de sua época, o que já mostraria um certo atraso no seu nível de evolução;
II - Porque elas ou seu aparelhos mediúnicos (cavalos) acham que assim podem causar melhor impressão.


Em ambos os casos a prática provém, ou de uma vaidade ou da vontade de aparentarem algo que não são. A entidade pode até ter sido, mas certamente já não é mais. Isso também nos mostra o nível não muito alto de evolução da entidade ou, se for coisa do médium, a vaidade e a pouca compreensão do que está ali por fazer. Vaidade do médium até se entende, embora não deva ser cultivada. Vaidade numa entidade que pretenda ser evoluída ... dá o que pensar... ou não?
Esses costumes já se tornaram tão importantes para alguns grupos que, ainda que se lhes mostre todo o contexto dentro de uma lógica, fica difícil de ser entendido e quase impossível de ser modificado.
Todo estudante de espiritismo, espiritualismo, ocultismo etc, sabe perfeitamente que, quanto mais evoluída uma entidade astral, menos presa a coisas e hábitos materiais elas são. Essa observação não há como refutar.
Como já disse antes, não estou tentando ditar regras de nada. Apenas procuro passar elementos para que você passe a compreender melhor com que tipo de entidades estará lidando quando freqüentar grupos que tenham os hábitos acima citados, até para que não seja enganado pensando estar falando com um iluminado quando na realidade está de frente com um espírito que pode ser tão evoluído quanto você e às vezes até menos.
Também não estou querendo dizer que esses espíritos devem ser menosprezados por seus modismos. Não devemos nos esquecer de que, se estão ali com boas intenções (e isso é importante analisar) podem e devem ser respeitados por estarem, de alguma forma, tentando cumprir suas missões. O que não podemos deixar de dizer é que eles (como eu e você provavelmente) têm carências que os ligam ainda ao Plano Terra e portanto não podem ser considerados GUIAS DE FATO - PROTETORES sim.
Quanto aos modismos ditados por dirigentes e/ou apenas médiuns, devem ser combatidos seriamente sob pena da vaidade proliferar e provocar conseqüências muito negativas.
Ainda em relação à caracterização pedida pela entidade, deve o dirigente honesto aos seus propósitos ir, aos poucos, convencendo-as de que não há mais necessidade daquelas coroas, capas, espadas e por aí vai...
Quanto às guias que às vezes vemos amontoadas no pescoço de alguns médiuns, é importante que se diga que jamais deveriam ser usadas como objetos de ostentação, como se fossem sinais de que, por terem bastante guias penduradas, têm também "maior poder" ou mais proteção de suas entidades como percebemos em diversos locais.
A bem da verdade, todos sabemos que, se as guias estiverem realmente consagradas, energizadas com as vibrações das diversas entidades, o amontoamento delas num só pescoço cria uma diversificação tão grande de energias presentes que pode provocar até sensações bastante desagradáveis para os mais sensitivos.
Se uma entidade vier à terra (incorporar) com seu "cavalo" cheio de guias, só poderá acontecer que durante a incorporação ou logo após (se houver incorporação), ela trate de se livrar dos enfeites. Normalmente uma confusão tão grande de vibrações dificulta a incorporação de uma entidade de fato.
Se a entidade, após a incorporação, não se livrar do cacho de guias, você pode ter certeza de que: ou não há entidade alguma ali ou as guias são mesmo apenas enfeites sem nenhum valor energético e por conseguinte, apenas objetos da vaidade do(a) médium.
Guias têm como principal função facilitar o contato entre médium e entidade em qualquer situação em que estiverem sendo usadas. Para isso são devidamente preparadas, imantadas, energizadas pelas vibrações das entidades às quais pertencem e as vibrações do médiuns que as vão usar. Entendeu bem ? Se durante o processo de preparação de uma guia, as energias do médium que dela vai fazer uso não forem envolvidas, seu efeito poderá ser nenhum para este.
É lógico que o envolvimento das energias do encarnado podem entrar posteriormente no caso da guia servir como um amuleto para fins de escudo ou proteção apenas, mas quando se trata de criar um elo entre médium e entidade, ambos têm que estar presentes no momento da confecção da guia, o que vale dizer que uma guia que tenha sido preparada para um médium pelo seu orientador espiritual em rituais em que o médium não esteja presente, pode vir a ser um problema para esse médium, de vez que as energias envolvidas no momento serão as da(s) entidade(s) e as do orientador e não as do médium. Se houver confiança mútua no entanto...
Já entrei demais no esotérico (oculto) da coisa. Vou parando por aqui, por enquanto.
Vamos para o item "b" que é sobre as oferendas com comidas e matanças usadas em alguns Terreiros que se dizem de Umbanda Pura e também pelos Candomblés.

CONTINUA.


Texto retirado do Livro UMBANDA SEM MEDO do autor deste Blog.

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segunda-feira, 13 de agosto de 2007

PRÁTICAS E RITUAIS PARTE III

CONTINUAÇÃO ... Por favor, não deixe de ler as duas partes anteriores se ainda não o fez.

Se um grupo não é disciplinado e principalmente não sabe ou não quer passar aos assistentes a necessidade da disciplina, fatalmente correrá o risco de, amanhã, estar envolvido com os mesmos problemas dos que hoje os procuram para pedir ajuda.
Para a participação efetiva em qualquer RITUAL é preciso que o conceito de DISCIPLINA esteja vivo na consciência de todos, sem o que, É MELHOR QUE NEM TENTEM ABRIR TERREIROS sob pena de se arrependerem após um certo tempo.
Você sabe o que quer dizer: "Quem não pode com mandinga não carrega patuá"? Pois é!
Também poderia ser: "Quem não tem competência não se estabeleça".
Desculpe se você achar um tanto rudes nossas apreciações, mas essa questão é altamente importante para a própria sobrevivência da Umbanda e até mesmo dos Candomblés, Grupos Kardecistas e outros mais, meu irmão ! Veja bem o que está acontecendo nos dias de hoje !
Quantos PSEUDO PAIS NO SANTO, PSEUDO OGÃS, PSEUDO MÉDIUNS saem de Terreiros e outros Centros Espiritas e Esotéricos dizendo que enquanto lá estiveram "foram os mais infelizes do mundo", "fizeram cabeça", "deitaram para o santo", "ajudaram a todo mundo" e acabaram cercados de "DIABOS" em suas vidas?
Ninguém assume as besteiras que faz não, meu irmão!
Comete-se um mundo de insanidades em nome "da religião" (aquela que eles pregaram) e depois saem pondo a culpa nela.
É infinitamente importante que se separe o joio do trigo e você, se é uma pessoa consciente e de bons princípios, como Umbandista, ou praticante de qualquer outra corrente espiritualista, tem a obrigação de ser pelo menos HONESTO aos seus princípios, ainda que para isso seja necessário desmascarar esses PSEUDO TUDO que andam por aí.
E se você está pensando que estou querendo combater essa ou aquela religião, também está enganado, amigo !
Não é com combate a grupos religiosos que se vai fazer da Umbanda ou qualquer outra religião um exemplo a ser seguido. Muito pelo contrário!
Se Umbandistas, Kardecistas, militantes do Candomblé e outros pretendem ver seus "santuários e doutrinas" respeitadas, devem começar por eles mesmos estudando, praticando honestamente e principalmente respeitando suas próprias doutrinas.
A grande variedade de religiões e Seitas que existem no Brasil e no mundo, são frutos das diversas correntes filosóficas espirituais que existem também no Mundo Astral e se formam na Terra em virtude da maior ou menor aceitação dos seres encarnados que a elas vão se achegando de acordo com o que julgam ser melhor para eles (ainda aqui vale a Lei das Afinidades), e não seria de forma alguma combatendo grupos e doutrinas que se faria vigorar nossa doutrina como a dona da verdade, já que nenhuma o é na totalidade.
É preciso que se veja, em cada uma, o que há de realmente positivo, sem antepormos às análises os filtros viciados pelo fanatismo e pela hipocrisia. E para u'a melhor análise, é necessário que comecemos por "arrumar a própria casa" sem nos preocuparmos com ataques dos PSEUDO....
Quem achar que deve debandar para outros grupos, deve fazê-lo o quanto antes. O pior que um ser pode estar fazendo a si e às vezes até aos seus achegados mais íntimos, é perseguir uma religião ou Seita na qual não consegue se encontrar. E isso deve lhes ser dito, não com aquele ar de raiva ou de quem fala apostando em seu retorno, mas torcendo até para que o dissidente (no bom sentido) encontre seu verdadeiro caminho, seja ele qual for, afinal de contas, NINGUÉM É DONO DE TODAS AS VERDADES e o principal objetivo das religiões e Seitas, como já foi dito, é a EVOLUÇÃO do Ser Encarnado, independentemente do caminho que ele escolher.
Não vou expor ou analisar aqui os rituais que devem ou deveriam ser seguidos pela Verdadeira Umbanda. Isso ficará para um próximo volume, até porque, na essência, já explicamos que sejam eles quais forem, se conseguirem sintonizar médiuns e demais participantes com as vibrações (energias) positivas que devem energizar os trabalhos, (qualquer tipo de), eles estarão trilhando o caminho certo. Falaremos sim, e analisaremos algumas práticas Umbandistas e outras que, embora muitos afirmem serem, não passam de crendices que ficaram enraizadas no inconsciente coletivo criando TABUS e LENDAS que chegam a desfigurar a Umbanda, quer como Seita, quer como Religião.
Para começar é preciso que fique claro que:

1- Para se considerar Dirigente de um Grupo Umbandista é necessário que o/a pessoa receba ensinamentos adequados (tanto Exotéricos quanto Esotéricos) e principalmente os aprenda e os ponha em prática.

2- De "boas intenções", vaidosos e pretensiosos o inferno está cheio.

3- Quando uma pessoa se predispõe a assumir a responsabilidade de ser dirigente, orientadora, pai ou mãe no santo de alguém, deve ter em mente que, ainda que não pretenda ou perceba, cria laços energéticos às vezes de difícil dissolução, principalmente se se meter a fazer a Iniciação com as bases Esotéricas mais profundas, o que inclui a necessidade de conhecer profundamente as práticas que vai utilizar, bem assim como seus possíveis efeitos colaterais, de forma a que possa sempre ter uma saída para uma possível demanda com o Baixo-Astral.

4- Entidades Espirituais não são obrigatoriamente conhecedoras de todas as "mirongas" necessárias para todos os trabalhos, principalmente as que chegam amiúde nos Terreiros, Mesas, etc. e por isso mesmo trabalham em falanges como já vimos. Mas ainda assim, se os médiuns não lhes derem chance de se expressarem perfeitamente, pouco poderão ensinar de proveitoso de vez que médiuns não preparados corretamente, não raramente "brecam" mensagens quando sentem que não estão de acordo com o que eles pensam ou aprenderam pela boca de outros.

Isso posto, vamos começar explicando o que é Exotérico e o que é Esotérico.
Para início de conversa, tudo o que é ESOTÉRICO, ou seja, todos os conhecimentos, seja de que Seita ou Religião forem, é algo NÃO ACESSÍVEL AO DOMÍNIO PÚBLICO, ou seja, só é ensinado a quem atinge certos graus de Iniciação dentro dos caminhos que escolheu.
Para as práticas que chegam ao domínio público se dá o nome de EXOTÉRICAS, pois normalmente não passam do superficial, utilizável sem muitas conseqüências possivelmente nefastas.
O significado dessas duas expressões nem sempre é do conhecimento dos iniciantes de quaisquer grupos religiosos ou sectaristas e por isso mesmo, aqui vai um ALERTA aos menos avisados que vêem nas televisões, rádios e revistas, um sem número de "velas do amor". "gnominho da fortuna", "pedras da felicidade", e por aí vai.
Tudo isso é uma tremenda besteira criada em nome de um pretenso Esoterismo (que se fosse, já teria se tornado Exoterismo só pelo fato de ter vindo a público), mas que na verdade não passa de um "comércio rasgado" de fetiches e amuletos sem o menor valor prático, sendo que Esotérico muito menos.
Posso afiançar inclusive que o contato com seres da Natureza, da forma que se pretende estar fazendo, pode até trazer conseqüências bastante desagradáveis para o praticante que não tem conhecimento real sobre como lidar com esses seres, no caso deles lhes trazerem aborrecimentos, o que pode acontecer de uma hora para outra.
Na verdade, as pessoas são levadas a pensarem que o contato com Sílfos, Gnomos e outros pequenos seres, sempre lhes será positivo, quando isso é a mais deslavada MENTIRA.
São levadas a pensarem que o simples contato com pedras semi-preciosas pode lhes trazer felicidade, amor ou seja lá o que for, quando isso é MENTIRA.
São levadas a pensarem que se acenderem uma vela "especialmente preparada" (mentira, elas são feitas em série) serão capazes de alcançar a saúde, etc, quando os pseudo esotéricos sabem que é MENTIRA.
Qualquer Verdadeiro Esotérico sabe que seja qual for o amuleto, só funcionará como tal quando "energizado" por rituais de consagração especiais de forma a ligá-lo com a pessoa que dele fará uso e que nem de longe essas peças fabricadas em série teriam ou poderiam ter a força que a elas se atribui. Qualquer estudante do Verdadeiro Esoterismo, ainda que em seus primeiros passos, sabe que "se chegarem a funcionar" em qualquer situação, será tão somente pela FÉ daqueles que deles fazem uso e que, sendo pela FÉ, não têm que ser os amuletos indicados pelos tais pseudo esotéricos.
Na Umbanda, Umbandomblé e Candomblés, a despeito de tantos avisos feitos por vários bons pesquisadores, até os dias de hoje ainda vigoram as vendas das famosas "guias de ogun", "de oxossi", dos pós secretos do tipo "arrasa quarteirão" e outras bobagens mais, que na maioria das vezes não passa de Pó de Giz (e até mesmo o conhecido "pó de mico") embrulhado em saquinhos especialmente preparados para iludir os que estão sempre prontos para "fazerem das suas".
Anda-se por certas casas comerciais que vendem apetrechos para os cultos e encontra-se até "assentamentos" prontinhos para serem usados nos rituais e já endereçados a este ou aquele orixá.
Infelizmente tenho que ser rude e lembrar o dito popular: "O que seria dos espertos se não fossem os otários"?
Quer ver mais uma?
Por volta de 1984 havia uma colega professora, passando por problemas de ordem física e emocional que procurou um certo pai no santo na cidade do Rio de Janeiro para que seu sofrimento fosse aliviado.
Após as primeiras consultas, foi descoberto pelo "babalorixá" que a colega deveria - no linguajar dos ritos afros - dar um obí.
Feitos os preparativos, comprado o material e pago o serviço, marcou-se o dia e hora para o ritual.
Para desespero de minha colega, seus parentes do norte (ela era proveniente de lá) chegaram em visita um dia antes, fato que de certa forma a impediria de concretizar o ritual na data prevista até porque, como "toda boa usuária", ela não queria que a família soubesse que tinha recorrido a esse tipo de trabalhos.
O que fez minha colega? Telefonou para o "babalorixá" explicando sua situação.
Tudo estaria bem, se não fosse a resposta que recebeu pelo outro lado da linha. Segura essa, irmão!
"Não há problema algum. No dia e hora marcados deitarei uma filha de terreiro e farei o ritual em sua intenção".
Foi o primeiro ritual de obi feito na intenção de que ouvi falar!
Esse fato só se tornou de meu conhecimento porque, é lógico, o tal obí não surtiu efeito algum e essa colega resolveu comentar comigo sua situação e sobre os "trabalhos" que já fizera buscando soluções.
Até para mim, que sempre gostei de desafiar tabús, esse fato foi chocante. São coisas como essas e outras mais, feitas por indivíduos que visam o lucro a despeito dos resultados, que vão desacreditando as Seitas e Religiões.
Partindo para o lado da ironia, perguntei a ela se ele não poderia também "raspar, e coroar" seus orixás, ou seja, fazer logo um serviço completo através dessa filha de terreiro.
E daí? É culpa do Candomblé? É culpa de todos os praticantes ou seria da hipocrisia, da desonestidade desse pseudo babalorixá?
O caso dela foi apenas UM de que tomei conhecimento. Mas quantos "obis" para outras pessoas esse sujeito realizou dessa forma? Quantos mais foram iludidos dessa maneira?
Por falar em tabús, vou lhe contar uma "quebra" feita por mim que já pode ter sido até realizada por outros mas que certamente vai contra aquelas coisas que "se aprende como verdades absolutas" e que na verdade não têm qualquer embasamento, seja espiritual, seja físico, energético, etc, mas que se você for tentar explicar, muitos dirão que "é maluco".

CONTINUA ...

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

PRÁTICAS E RITUAIS PARTE II

CONTINUAÇÃO... (leia a parte I se ainda não o fez, por favor).

Em relação às práticas e rituais utilizados pelos diferentes grupos ditos religiosos, podemos dizer que elas acontecem mais pela interpretação que os dirigentes de cada Templo, Igreja ou Terreiro dá aos ensinamentos que lhe foram passados (normalmente por quem lhes ensinou a doutrina que professam) e continuam sendo passados (intuitivamente) pelo acompanhamento espiritual de cada um.
É isso mesmo ! Não é porque o encarnado não é espírita que não recebe parte de seu aprendizado de entidades espirituais não!
É lógico que não admitem que sejam espíritos! Seria "dar muita canja" aos chamados espíritas. A esses ensinamentos dão às vezes o nome de "sopro divino", dizem que foi o "espírito santo" quem lhes soprou...
Mas deixa pra lá!
O que importa é sabermos que mesmo que leiam e preguem a mesma cartilha, você poderá observar variações nos cultos e missas de Templo para Templo de u'a mesma religião.
Ora, se eles que têm como livro de consulta padrão apenas "um livro" (que tem que ser o mesmo para todos) variam, como é que religiosos de outras linhas de evolução, que não têm um livro padrão por onde se guiarem poderiam executar rituais exatamente iguais? Levemos em conta ainda que, em se tratando de grupos espíritas, de contato efetivo com entidades astrais, os ensinamentos costumam vir com muito mais freqüência e normalmente adaptados à condição de cada Centro ou Grupo de Trabalho. E é exatamente essa adaptação que faz com que as práticas e os rituais sejam às vezes tão diferentes.
Mas o problema não está na diferença? Está em saber quem está mais certo?
Pois a resposta é: TODOS ESTARÃO CERTOS QUANDO SUAS PRÁTICAS E RITUAIS SE DIRECIONAREM PARA O QUE SE CHAMA RELIGAÇÃO OU RELIGIÃO.
Rituais em verdade, são protocolos, rotinas criadas pelos dirigentes ou intuídas por entidades que visam a colocar os adeptos e/ou assistentes em sintonia com o ambiente e consequentemente com a egrégora (olha ela aí outra vez) local. Dessa forma, você poderá observar que todos os Templos Espíritas ou não, têm essa rotina de "preparar o ambiente" só que de formas diferentes.
Para se fazer um batismo, seja na Umbanda, seja no Candomblé, seja na Igreja Católica, todos devem seguir uma rotina, mais rígida ou menos rígida, de acordo com a religião, de forma a trazer para o ambiente e o batizado, as vibrações mais elevadas que se puder.
Para se começar qualquer tipo de reunião religiosa, seja em que grupo for, sempre há, primeiramente, um ritual de preparação que pode ser desde uma simples palestra até os mais complexos, com envolvimento dos mais diversos artifícios como: "pontos cantados", defumações, "pregações", orações e por aí em diante. Se em qualquer dos casos o grupo conseguir fazer com que representantes e assistentes entrem em sintonia com as vibrações que se pretende buscar então o ritual cumpriu o seu papel e poderá ser considerado correto para aquele fim.
Veja bem ! Se você quiser classificar em níveis de correção um determinado ritual, ou seja, se você quiser saber se é mais certo ou menos certo, será preciso verificar o quanto esse ritual cumpriu seu objetivo, o que poderá ser percebido pela força da egrégora que vai se formando (isso só poderá ser percebido se você for um sensitivo treinado para tal), ou então, prestando atenção no nível de participação de todos os presentes, pois quando há respeito, atenção e participação ativa de todos, certamente a egrégora é forte e muito pode ser alcançado.
Encarando por esse ângulo, você poderá, até dentro de um mesmo grupo, classificar o ritual utilizado, ora como mais correto, ora como menos correto.
Em alguns casos, percebemos uma certa despreocupação com esses objetivos a serem alcançados pelos rituais, o que fatalmente acarreta em sobrecarga para o dirigente (sempre em maior quantidade) e médiuns participantes, ainda que não se apercebam disso no momento em que ocorre.
O que vemos normalmente?
Abrem-se os trabalhos com os rituais próprios de cada casa, pontos de defumação, defumação, às vezes algumas orações, pontos de chamada para as entidades dirigentes, etc, etc.. Até aí tudo bem !
Começam a chegar as entidades e, a partir daí é um "deus nos acuda".
A assistência vira platéia e quem antes estava atento (normalmente pela curiosidade) começa, ou a disputar melhor ângulo de visão ou a "bater papo" com o vizinho ressaltando esse ou aquele caso em que esteve envolvido, ou julgando os melhores e piores médiuns ali presentes, isso quando não podem sair do ambiente e ir lá para fora falar dos mais variados assuntos, nada relacionados aos trabalhos que estão sendo realizados.
Qual é a conseqüência disto no plano astral?
1- A egrégora, por mais bem feita que tenha sido no início, antes mesmo de conseguir atrair uma boa quantidade de energia de igual teor começa a se desmontar;
2- Se o corpo mediúnico permanecer em estado de concentração, a energia ou corrente de energia se centralizará sobre eles e se nutrirá das energias que eles gerarem (esse é um dos menores males).
3- Havendo pessoas realmente necessitadas na assistência, ao serem atendidas, servirão como "ralos" por onde se escoará a energia ambiental que por sua vez, para que se mantenha em um nível aceitável, deverá ser constantemente revitalizada pelo esforço desses mesmos médiuns (você já deve ter ouvido entidades e/ou dirigentes chamarem a atenção para a "corrente" não?);
4- O fato de no ambiente haver doadores de energia (médiuns) e muitas vezes um número de necessitados maior ( ou pessoas que necessitem de mais energia do que foi conseguido), faz com que a egrégora padrão não consiga atrair tanta energia quanto necessário e há vezes em que nem consegue atrair porque é "sugada" antes que possa fazê-lo. Nesse caso, são os médiuns e dirigentes sempre os mais prejudicados;
5- Não raramente pode-se observar, também no comportamento dos próprios médiuns, atitudes semelhantes às dos assistentes quando, estando ali incorporada a entidade chefe ou algumas entidades, os que não estão atuados acham-se no direito de conversarem entre si ou com a assistência, quando não ficam "de orelha em pé" para poderem escutar o que uma entidade está falando para um consulente. Nesse caso, o foco de energia ambiental diminui ainda mais em quantidade e qualidade sendo que o pouco que é gerado, o é apenas por aqueles que estão incorporados.
Preste atenção em seu grupo e veja se durante todo o tempo de reunião todos estão atentos e com suas mentes voltadas para o sucesso dos trabalhos. Não adianta ser hipócrita e "deixar a coisa rolar", porque certamente, mais cedo ou mais tarde, os problemas começam a acontecer em decorrência da sobrecarga.
Que problemas? Os mais diversos, sendo que quase sempre começam pelo abalo da saúde física e às vezes até mental de certos médiuns, passando pelas dificuldades financeiras, problemas famíliares e outros mais, sem que para isso tenha necessariamente havido ação de qualquer entidade malfeitora. Basta que haja por muito tempo um desequilíbrio entre o dar e receber energias positivas (já vimos que todos somos essencialmente seres energéticos) para que a absorção de energias de baixo teor se faça e atraia consigo os mais diversos tipos de problemas. Essa é uma das razões porque vemos alguns médiuns afirmarem que: quanto mais trabalham mais suas vidas ficam "de cabeça para baixo". Você duvida?
Voltamos a afirmar:
A lei mais importante que existe para quem lida com a movimentação de energias é A LEI DAS AFINIDADES que diz: "OS IGUAIS SE ATRAEM". A ela deve-se dar toda a atenção do mundo !
Fato agravante em casos como estes é que, ao se imantarem com energias negativas pelos trabalhos mal orientados, os médiuns passam a ser, cada vez mais, focos de atração também para Entidades de Baixo-Astral que se sintonizam bem com essas energias e vão logo "chegando junto" para aumentarem mais o sofrimento desses incautos que por sua vez acabam ficando ainda mais cegos frente à realidade.
Os protetores? Os Guias?
Eles deveriam fazer alguma coisa?
E quem disse que não fazem, ou pelo menos tentam fazer?
É preciso que se diga que processos de deterioração na vida dos médiuns e dirigentes não acontecem da noite para o dia e até que se estabeleçam, você pode ter certeza de que muitos avisos são dados (quando há entidades verdadeiramente positivas atuando junto ao grupo) nem que seja em sonhos. O problema surge quando o dirigente (e médiuns), ou não lhes dá ouvidos ou tem medo de perder seus médiuns e/ou assistência por tentar implantar disciplina em seu Terreiro.
Está aí a palavra chave: DISCIPLINA !



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CONTINUA ...
Enquanto isso, vá pensando sobre o que leu nessas duas partes e comparando com o que vê!
Comente abaixo se for de seu interesse.
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Texto extraído do Livro Umbanda Sem Medo Vol I do autor desse blog, que pode ser enviado gratuitamente (.PDF) por e-mail aos interessados.
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