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segunda-feira, 30 de julho de 2007

PRÁTICAS E RITUAIS PARTE I

Você que chegou até esse ponto, certamente pode estar pensando que estou tentando inovar, confundir ou até mesmo ditar regras comportamentais para uma Seita ou Religião que já existe desde 1908 e é praticada por um sem número de adeptos e outros não tão adeptos, como é o caso dos que se dizem católicos, crentes, etc, que freqüentam os Terreiros e, ao terem de assumir sua religião frente a qualquer situação de vida ou acontecimento social, jamais se diriam serem Espíritas, quanto mais Umbandistas.
Confundir, talvez. Não se esqueça que é do Caos que vem a Luz.
Ditar regras jamais! Se em algum momento lhe pareceu ter esse sentido qualquer dos textos deste Blog, esqueça. Regras foram feitas para as coisas que não evoluem ou só evoluem sob o controle de uns poucos (vide regras de futebol, vôlei etc). Umbanda que é UMBANDA evolui, e muito, com o passar do tempo e as experiências que vão sendo adquiridas.
A esse respeito, há alguns anos atrás, uma senhora de nome Olga pertencente aos cultos afros (Olga de Alaketu) já dizia que Umbanda não tinha fundamento, basicamente por que se apoiava nos fundamentos de rituais africanos, sendo por conseguinte uma filha destes.
Se ela se referia à Umbanda, pensando ser as Umbandomblés que se espalham, ela tinha razão total, embora essa apreciação seja muito própria da ignorância (no bom sentido) daqueles que por exemplo assistem aos shows de Candomblé que se faz na Bahia para turistas e acredita que já pode falar dele como um "expert".
Talvez, se antes de tecer seu comentário para uma revista chamada PLANETA, ela tivesse procurado saber realmente o que é UMBANDA, ela não teria feito essa afirmação.
Quanto a inovar... Talvez para muitos "pseudos experts" e certamente para muitos iniciantes, os conceitos aqui difundidos sejam inovadores, mesmo que pautados sobre lógicas e ensinamentos seculares.
Derrubar véus sim ! Esse é meu principal objetivo embora saiba de antemão que nem todos os véus podem ser retirados sob pena de "curto-circuito" geral em muitos desavisados. Na verdade certos véus só podem ser retirados para os que realmente se aprofundarem nos estudos esotéricos (e não exotéricos) da Umbanda. Esses véus são retirados pelas entidades que já atingiram a condição de GUIAS (verdadeiros - não todas as entidades às quais nos acostumamos a chamar de guias e que nem sempre são), para seus afetos, e na medida em que consideram estarem eles prontos para compreenderem.
Os véus que pretendo ir retirando são aqueles que enraízam o progresso mental dos praticantes em pseudo ERÓS (segredos) que, à luz do estudo e da lógica, tornam-se simples e podem ajudar na compreensão de um sem número de outros "segredos".
Por que se mantém segredos sobre o que estamos aos poucos revelando?
Vários podem ser os motivos e entre eles podemos destacar:
Ignorância (ainda aqui no bom sentido): O dirigente que não tem conhecimento suficiente, ao ser interpelado por um adepto apela logo para o tal "ERÓ", ou a "MIRONGA".
Necessidade de se fazer segredo de certos conceitos para manter o adepto ligado (quase sempre por medo) ao "pai no santo" (essa é uma prática comum e de valor muito duvidoso). Essa prática é empregada há milênios por sacerdotes de quase todas as religiões e seitas que, para não darem as explicações necessárias, põem a culpa no ERÓ, no DOGMA e outros "nomezinhos" que por certo inventam por aí.
Às vezes porque a explicação de um acontecimento que parece simples aos olhos comuns envolve a necessidade de tantas outras explicações anteriores que é melhor mesmo dizer que é mironga, eró, dogma etc, etc, etc.
Tudo isso posto, vamos ao que interessa, começando por falar de práticas e rituais de um modo geral para tentarmos chegar à conclusão de quem tem os rituais e práticas mais acertados.
Será a Umbanda? Será a Umbandomblé?
Será o Candomblé? Será a Universal do Reino de Deus?
Será a Igreja Católica? Será O Kardecismo?
Quem estará certo afinal?
Quem é o Deus verdadeiro?
Será Olorun? Zambi? Jeová? Alá?
Você que é estudioso e não se mantém preso a idéias pré-concebidas sobre religião alguma (e por isso mesmo chegou até aqui), já deve ter percebido que as práticas e rituais das diversas seitas e religiões são diferentes de Centro para Centro, de Terreiro para Terreiro, e até de Igrejas para Igrejas que seguem uma única doutrina (segundo eles).
Já se perguntou por que? Já percebeu que por mais que tentem sempre há diversificação de práticas e rituais nas mais variadas religiões ?
Vamos começar por explicar o que é religião pelo estudo da palavra que vem do latim "RELIGARE" (RELIGAR).
Baseado na raiz da palavra e seu significado concluímos que religião quer dizer "RELIGAÇÃO". Com o que? Ora, com o que...
A palavra religião está diretamente envolvida com a religação daqueles que forem seus adeptos ao que se compreende como DEUS (resumidamente explicando).
Mas que DEUS?
A Igreja Católica diz que a seu (Deus)!
Os judeus dizem que ao seu (Jeová)!
Os evangélicos dizem que ao seu (que não se sabe bem se é o mesmo Deus Católico ou o Jeová do Antigo Testamento).
Os muçulmanos não aceitam outro que não seja Alá.
Para agradar a "gregos e troianos" há aqueles que dizem ser vários nomes de um mesmo Ser Superior o que fatalmente não é aceito pelos diversos adeptos até mesmo porque, se você se dedicar a estudar as doutrinas de cada uma dessas religiões (teoricamente ditadas pelo Ser Superior que as intuiu) verá que são tão diferentes...
Na verdade, se não fossem, não haveria espaço para tantas religiões. Bastaria que todos rezassem pela mesma cartilha. Ou será que o único Ser Superior ditou doutrinas diferentes em regiões diferentes apenas para causar essa diferença entre religiões...?
Pelo texto se conhece o escritor.
Pela pintura pode se conhecer a alma de um pintor.
Pela doutrina se percebe as intenções do Ser que a ditou! E se essas doutrinas são diferentes, é de se supor que não foram ditada pelo mesmo SER.
Vou adotar como nome desse Ser Superior a palavra DEUS (com todas as maiúsculas) que é a mais conhecida mesmo nos meios Umbandistas.
Supor-se que não tenha havido uma causa primeira geradora de todas as coisas (até mesmo do chamado BIG BANG) e que essas coisas (todo o universo criado) tenham surgido do NADA sem que para isso concorresse alguma força superior (que os Maçons chamam de Grande Arquiteto do Universo), é um tanto sem sentido. Consideremos então que a Energia criadora chama-se DEUS.
Religião nesse caso seria a religação do ser encarnado com suas raízes criadoras e portanto a esse DEUS, pouco importa por que caminhos sejam. Nesse caso, desde que um grupo qualquer, em qualquer lugar do mundo, esteja trabalhando sobre si para alcançar novos níveis de conhecimentos e práticas que os leve na direção do CRIADOR, seguindo a doutrina que escolher, ele estará praticando RELIGIÃO.
Por outro lado, se as práticas e rituais do grupo visam muito mais a busca dos valores materiais a despeito dos espirituais, a prática deixa de ser de RELIGIÃO, pois não procura a religação do ente encarnado com seu CRIADOR e sim com a matéria.
Visto por esse lado do prisma, todas as reuniões Espíritas, sejam de Umbanda, Kardecistas e também os Candomblés, bem assim como Cultos Evangélicos, Católicos, Muçulmanos etc, podem ser consideradas RELIGIÃO desde que cumpram o objetivo de tentar religar seus adeptos ao Poder Criador, ao DEUS UNIVERSAL.
Na busca pelo DEUS UNIVERSAL, várias são as doutrinas ou cartilhas que podem ser adotadas, mas sejam elas quais forem deverão sempre ensinar ao homem como crescer espiritualmente para mais facilmente encontrar o seu caminho.
A função da RELIGIÃO é dar conhecimento de práticas e rituais que elevem o ser a níveis superiores de consciência. Somente através da elevação da consciência do ser encarnado ele estará a caminho de encontrar-se com seu CRIADOR.
Vê-se bem, por essa seqüência lógica, que não basta estar reunido e falando de Deus, ou Jeová, ou Olorun, etc, que se está fazendo religião. Há algo muito mais profundo no sentido dessa palavra que infelizmente é esquecido por muitos.
Estaremos fazendo religião sempre que nos predispusermos a "sair de dentro da casca" e abrirmos nosso coração para o mundo buscando, por seja lá por que práticas, nossa elevação, e se possível, a de outros seres com menos compreensão. Daí porque pregam tanto a chamada caridade que na sua essência não deixa de ser uma prática em que a pessoa se esquece de seu "mundinho" por alguns instantes que seja, no sentido de fazer um bem a outrem. Só o fato do encarnado se desprender de suas atribulações e agir com amor por alguns instantes já faz com que naqueles breves momentos seu EU esteja se religando.
É importante que se diga no entanto que, se a caridade não for feita de boa vontade, com a verdadeira intenção de auxílio e com o conseqüente desprendimento de si mesmo, ela não estará funcionando como religação ou religião. É o caso daqueles que acham que, por darem esmolas nas ruas comprarão o afeto de DEUS. Na maioria das vezes estarão é acostumando o ser ali presente ao dinheiro fácil. Caridade faria se o levasse, lhe desse bons tratos e orientação para que buscasse seu caminho na vida.
A verdadeira caridade é aquela que faz com que o ser dê a vara de pescar e, com amor, ensine seu uso. Dar o peixe saciaria a fome momentaneamente. O aprendizado do uso da vara de pesca dá ao aflito a condição de conseguir após, muitos outros peixes com o que se alimentará ou negociará.
Considero religião explicado. Daqui para a frente, quando me referir à religião, estarei me referindo à verdadeira religação.


Continua ...


Texto extraído do Livro Umbanda Sem Medo Vol I do autor deste Blog

quinta-feira, 19 de julho de 2007

MEDIUNIDADE "ESPONJA" PARTE II (FINAL)

CONTINUAÇÃO.
Meus Caros e Prezados maninhos.
Antes mesmo de darmos continuidade ao assunto: Mediunidade "Esponja", gostaria de, mais uma vez, realçar a necessidade de estarmos sempre e sempre, o máximo possível, buscado nossos verdadeiros caminhos em direção à nossa Paz Interior e, consequentemente, à nossa Evolução Espiritual. Para tal, reforço a necessidade de pesquisarmos, compararmos informações, colocarmos em prática sempre que possível e conosco mesmo, possíveis ensinamentos que não venham a nos prejudicar em relação às práticas ritualísticas que escolhemos como religião, sejam elas quais forem.
É preciso que entendamos, lá dentro de nós, que MEDIUNIDADE não é coisa RELIGIOSA, não depende de RELIGIÃO e, embora possa ser orientada através delas, pode e deve ser estudada à parte por todos os que se preocupam com esse dom que, MUITO LONGE DE SER UMA PRAGA, pode ser, para os que a vêem com olhos e mentes equilibradas, um caminho para o auto-conhecimento e, consequentemente para um auto-equilíbrio, mormente quando chegamos a compreender que, através dela, temos a condição de nos conectar a outros planos de existência e chegarmos à conclusão final, lá bem dentro de nós, de que a MORTE não é MORTE.
Faço esse aparte porque, também não raramente, vejo entre nós mesmos, os que se dizem espíritas, espiritualístas etc, um terror incrível dessa tal de MORTE e também, quando não é o próprio caso, a revolta com a "MORTE" de entes queridos nossos que, às vezes, mesmo sofrendo em vida com males incuráveis por enquanto pelo menos, são mantidos "artificialmente vivos" numa ânsia de que, um dia, sei lá quando, possam reviver na própria matéria já "apodrecida", desde que isso não lhes interrompa a vida atual. Seria isso mesmo uma atitude divina? Prender na matéria doentia espíritos que poderiam estar livres para poderem reecarnar mais sadiamente?
Deixo isso para que todos pensem com muito amor a respeito e possamos debater futuramente, sem hipocrisias.
Isso bem compreendido, vamos então à nossa conclusão.
Ficamos, desde o início do assunto, com as seguintes colocações:
- "Mas o que fazer nessas situações?" - perguntariam.
- "Como me defender ou me livrar dessas sensações, já que possuo esse tipo de mediunidade?"
- "Isso acontece comigo e acabo ficando dias abalada(o) e até sem vontade de viver"...
- "Mas já que a pessoa fica melhor, isso também não é uma forma de CARIDADE? Então, se for é válida, não?"
- "Consigo menos com meus entes queridos porque tenho mais medo de errar com eles?"
Vamos partir do princípio de que você tenha a mediunidade esponja e, como já vimos, passa pelas sensações já descritas.
Sabendo de antemão, que essas sensações são fruto da canalização energética entre seu Chakra Solar e o das pessoas, e que esse SEU Chakra é ativado pelas SUAS EMOÇÕES, então o primeiro passo a ser seguido é: CONTROLE SUAS EMOÇÕES E PROCURE NUNCA SE SENSIBILIZAR COM OS PROBLEMAS ALHEIOS.
- "Ah, mas isso seria falta de caridade. Como não me sensibilizar com um problema que está me sendo levado por uma pessoa necessitada?" - diriam logo alguns.
Não se sensibilizar, não quer dizer, de forma alguma, NÃO AJUDAR, muito pelo contrário - você ajuda muito mais na medida em que NÃO PARTICIPA DAS MESMAS EMOÇÕES DAS PESSOAS, ou seja, consegue se manter isolado(a) dessas emoções e RACIONALMENTE EQUILIBRADO(A) para buscar as medidas certas a serem tomadas em cada situação.
Quando você se envolve emocionalmente com o problema ou os problemas alheios, acaba por se ver evolvido(a) nele e, pelo fato de haver trocas energéticas, nesse caso desordenadamente, descontroladamente, acaba também enfraquecido(a) pelas energias que recebe dele(s). Nesse caso, a possível "caridade", acaba por se tornar um verdadeiro inferno para quem tenta executá-la.
Cada um dos que possuem esse tipo de mediunidade, também o possuem em maior ou menor grau, exatamente como no caso das outras e, dessa forma, uns são mais afetados e outros menos. Há casos, como já foi dito, em que a sensibilidade é tanta que o médium, além de sentir o efeito das energias (dores, mal estar, etc.) que se traduzem em doenças, por exemplo, também ACABA FICANDO DOENTE, da mesma doença que a pessoa sofre - exatamente porque absorveu e não conseguiu se livrar das cargas energéticas doentias (verdadeiros miasmas).
Percebam que isso acontece muito em casos de mães e filhos. Quem já não ouviu falar ou mesmo passou pela experiência de ter um(a) filho(a) sofrendo de um mal e a mãe sentir todas as dores por ele(a)?
Eu mesmo tive nefrite e pielite (inflamação e pus nos rins) quando criança e quem sentia as dores nos rins, que eu deveria sentir, era minha mãe que já tinha mediunidade na época mas sequer pensava em tratá-la. Isso era TABU em nossa família.
Ainda pelo lado do abalo energético por que a pessoa passa pelo fato de ter recebido da outra um excesso de cargas negativas, devo explicar que esse fato acaba por induzir no médium um certo grau de INSTABILIDADE EMOCIONAL (fora o resto) com conseqüente INSEGURANÇA que, por sua vez, acaba aumentando ainda mais sua instabilidade emocional e por aí vai. Já deu pra perceber que, se isso continua, aonde vai parar esse médium, não?
Bem compreendido o primeiro passo, vamos então ao segundo:
Sabendo-se portador desse tipo de sensibilidade e querendo realmente ajudar sem ser afetado(a), antes de entrar em contato com pessoas com grandes problemas, CRIE MENTALMENTE UMA BARREIRA ENERGÉTICA ENTRE VOCÊ E ELAS.
Sua mente, mesmo que você não queira crer, pode comandar as energias que o(a) circundam de forma a auxiliá-lo(a) ou não. Perceba que, se você está sendo atuado através de seu Chakra Solar, isto só está acontecedo porque sua mente se deixa envolver pelos problemas dos outros, o que faz com que o Chakra emocional se abra e receba o que não deve. Ora, se isto acontece assim, por que não acontecer de forma diferente? Se sua mente pode abrir o Chakra, porque não pode fechá-lo?
NÃO PODE SE VOCÊ NÃO CRER NISTO!
Através da força de sua mente você pode criar uma espécie de parede energética que será tão forte quanto sua vontade e crença de que a está construindo (É PRATICAR PARA VER SE É VERDADE OU NÃO!) e, com isso, manter-se isolado(a) para que possa raciocinar equilibradamente com o fim de, aí sim, AJUDAR SEM SER AFETADO(A).
Ajudar sendo afetado(a) é o mesmo que DESPIR UM SANTO PARA VESTIR O OUTRO. Você não precisa ficar mal para que outros fiquem bem! Entenda isso, pelo amor de Deus. Isso não é caridade, é ingenuidade!
Ah, mas então eu também posso fazer minha firmeza antes e pedir proteção dos meus Guias, certo?
Pode sim! Claro que pode. Mas será que você vai poder sempre ter esse tempinho para fazer sua firmeza, acender suas velas, arrumar o Gongá, etc.? Será que uma situação como esta não poderá acontecer na rua, numa casa que você esteja vistando em que morem até mesmo pessoas que não comunguem com sua crença? Pois é! Pode sim, certo? E aí?
Vou deixar bem claro, e espero que você entenda, senão hoje, mas pelo menos algum dia que, Protetores e Guias NÃO SÃO CABIDES nos quais devamos nos pendurar eternamente sempre que algum perigo nos rondar. O Pai ou Mãe maior (depende de sua crença) nos presenteou com nossos próprios meios de subsistência nesse campo. O que precisamos é aprender a usar nosso potencial, nossa FÉ e, para isso, temos que:
1) Perder os medos;
2) Acreditar em nós mesmos, em nossos potenciais (não confunda com prepotência);
3) Ativar a Força que temos em nossa mente;
4) Usar essa coisa que todos acham muito bonito falar (a Fé) e quase ninguém a põe em prática e, com isso;
5) Colaborar positiva e eficazmente com esses nossos Protetores e Guias, guardando-os apenas para situações incontestáveis.
Mas digamos que mesmo criando sua barreira você ainda foi afetado(a) pelos problemas do(a) necessitado(a). O que fazer então?
Primeiro passo: Trabalhe em sua mente, atuando em sua Aura, para que ela se liberte dessas energias. Isto pode ser feito através de mentalizações durante as quais você deverá concentrar seu pensamento de forma a criar uma imagem mental (uma forma-pensamento, lembra-se?) na qual essa energia que o(a) incomoda começa a se deslocar pelas mãos e pés, por exemplo, abandonando seu corpo. Você pode, se achar melhor, fazer isso até debaixo do chuveiro imaginando que essa energia se esvai ralo abaixo (e isso funciona, pode ter certeza!). Pode mesmo fazer uso da ajuda de banhos específicos de acordo com a ritualística que você segue, desde que sua mente esteja firmemente direcionada para os objetivos a serem alcançados - se livrar da(s) energia(s) que o(a) incomoda.
Na medida em que você conseguir um controle maior sobre sua mente, muitas vezes nem vai precisar de rituais específicos de liberação, mas enquanto isso não é possível, vá por exemplo à beira do mar e entregue a Yemanjá essas energias que o(a) estão acompanhando. Ou pare numa encruzilhada, peça licença e chame seu Exu Guardião pedindo-lhe que o(a) ajude a se livrar daquele "carrego". Mas o mais importante em qualquer um desses casos, é que SUA MENTE, a mesma que abre ou fecha seus canais de comunicação com essas energias, ESTEJA DISPOSTA A LIBERÁ-LAS. Dá para entender?
Uma outra coisa bem importante é que: DESCARREGUE-SE O QUANTO ANTES - quanto mais tempo essas energias permanecerem em sua Aura, mais se agregarão a ela e, ato contínuo, acabarão por trazer sérios incovenientes para você além, é claro, do fato de que, QUANTO MAIS AGREGADAS, MAIS DIFÍCEIS DE SEREM RETIRADAS.
Se você começar a pensar assim, indiferentemente do fato de ser Umbandista, Candomblecista, Kardecista, etc, verá sérias modificações, para melhor, em sua vida mediúnica, desde que creia e fortaleça cada vez mais sua mente nesse sentido.
Esse problema do ENVOLVIMENTO EMOCIONAL é de tanta importância que em Candomblés e Umbandomblés existe, a rigor, a proibição de, por exemplo, o marido tratar ou mesmo mexer nos apetrechos ritualísticos de sua esposa, bem assim como de seus filhos etc. Meter a mão na cabeça, nem em sonhos!
Mas se você leu com atenção sobre o que um envolvimento emocional pode causar no médium, poderá muito bem entender o PORQUÊ DESSA PROIBIÇÃO, embora muitos que a propalam, só o façam por questões de TRADICIONALISMO, sem nem bem entender os motivos reais.
Uma outra coisa que vou aproveitar PARA QUE PESQUISEM EM SUAS EXPERIÊNCIIAS PESSOAIS é o seguinte:
Os médiuns que estão mais propensos a esse tipo de mediunidade "esponja" são os que têm Omulu ou Obaluaiê até o terceiro santo e Oxum até o quarto. Também os filhos de Ogum (com menor propensão) se a coroa é de Ogum Megê (ou Mêge, como preferem alguns).
Nas Umbandomblés, Iansã do Bale preferencialmente como primeiro ou segundo santo e também os filhos de Oxalá Alufan ou Oxalufan costumam ter esse tipo de mediunidade mais aflorada.
Você acha que me arrisquei dizendo isso? Pesquise então! Observe pessoas com essas configurações de coroa e pergunte-lhes se isso acontece com eles ou não. Se não mentirem ...
Você verá, com o tempo, padrões energéticos bastante semelhantes entre todos.
Vou mais a fundo ainda. Um médium que tenha na coroa Oxum e Omolu (ou Obaluaiê) como primeiros santos, sendo qualquer um dos dois o primeiro, se não tiver um Ogum ou Oxossi no terceiro, com certeza tenderá a ser "esponja", ou seja, terá mais aflorado esse tipo de sensibilidade.
É muito importante, no entanto, que você entenda que a presença desse tipo de sensibilidade muito aflorada nesses médiuns NÃO É OBRIGATÓRIA. Costuma acontecer MAIS com eles por razões que não cabem aqui, no momento, discutirmos.
Espero ter podido colaborar um pouco mais e positivamete com o conhecimento de todos. Quaisquer dúvidas sobre o texto ou mesmo novas que tenham decorrido dele, estou pronto a esclarecer.
Recebam todos um Sincero e Fraterno Abraço e votos de que OXALÁ nos guie sempre pelos caminhos da verdadeira LUZ.

sábado, 14 de julho de 2007

MEDIUNIDADE "ESPONJA" PARTE I


Com esse nome "batizei" o tipo de mediunidade sobre o qual discorreremos abaixo.
Quantos de nós em começo de desenvolvimento ou mesmo muito depois, lidamos com esse fenômeno e não sabemos exatamente como ele ocorre e, principalmente, como lidarmos com ele sem que saiamos afetados mais ou menos seriamente?
Bem! Para quem ainda não sabe o que vem a ser a mediunidade "esponja", devo explicar que é um fenômeno através do qual o médium sente em seu próprio corpo as sensações que uma outra pessoa sente no seu, a ponto de até, às vezes, acusar em exames específicos, o mal que absorveu de outrem. É como no caso em que você recebe uma pessoa em sua casa, Terreiro, etc e, mesmo num "papo amigável" vão-lhe sendo contados os inúmeros problemas que a acompanham. No caso de você ter esse tipo de sensibilidade, não raramente acaba por sentir "em sua própria pele" todas as sensações que essa pessoa carrega consigo. Desse modo, se essa pessoa está extremamente triste, você passa a sentir uma tristeza que não sabe de onde vem; se ela têm um problema sério no pulmão, você passa a sentir os sintomas da doença que a acompanha e outras coisinhas mais.
É claro que, se isso não acontece com você, pelo menos já ouviu falar por outros.
Vamos tentar ser o menos "científicos" possível para deslindar de uma vez por todas os fatos que causam essas sensações e como lidar com elas no sentido até de salvaguardar sua própria saúde já que, com a continuidade, muitas vezes o que são apenas sensações podem se transformar em verdadeiros males físicos num futuro muito próximo.
Todos devem estar bem lembrados sobre o como chamamos sua atenção para a Aura e como ela pode ser afetada por energias externas, embora ela seja, em princípio, produto de eclosão de energias internas suas, certo?
Se você vem acompanhando os textos sobre mediunidade, Auras, Chakras, etc. aqui postados, com certeza já pode até ir deduzindo de que forma esse fenômeno já estudado pela parapsicologia pode estar acontecendo. Se não, acompanhe então o raciocínio atual que dá para chegar lá.
Partindo-se do princípio de que esse campo energético (Aura) que nos rodeia pode ser atuado por energias externas e, principalmente pelo fato de que nosso Chakra Solar (aquele que tem atuação direta e também atua diretamente sobre nossas emoções) pode nos ligar diretamete ao emocional de outrem, podemos deduzir daí que, ao nos aproximarmos de pessoas que tragam junto a si um excesso de cargas energéticas que se traduzem em doenças, por exemplo, desde que com elas compactuemos ou que por seus problemas nos interessemos sobremaneira (o que acaba nos sintonizado com o mal que a acompanha), automaticamente criamos um elo ou elos de ligação entre os Chakras emocionais delas e nosso, resultando daí uma canalização energética que faz com que energias delas passem direto para nós e vice-versa - este é, inclusive, um dos motivos que fazem com que, às vezes, essas pessoas se sintam muito melhor depois de estarem em nossa presença, compartilhando de nossas energias, mesmo sem que disso se apercebam.
Na verdade, e em outras palavras, quando nos ligamos, emocionalmente, ao problema de outrem ou de outrens, acabamos por criar pontes ou túneis de duas mãos, através dos quais energias circulam em trajetos de idas e vindas, Aura para Aura e, em casos como este, certamente acabamos abalados, uns mais, outros menos, pelas energias que acabamos por absorver.
Já perceberam, por exemplo, que não raramente, acontece de se ter mais inseguranças quando se trata de ajudar emocionalmente, mediunicamente ou em casos de doenças mais violentas, às pessoas que estão mais próximas a nós (marido, esposa, filho, tio, etc.) do que a um total desconhecido?
De onde vem essa insegurança? De onde vem esse medo de errar com eles já que não o temos com outros?
Já pensou sobre isso?
- "Mas o que fazer nessas situações?" - perguntariam.
- "Como me defender ou me livrar dessas sensações, já que possuo esse tipo de mediunidade?"
- "Isso acontece comigo e acabo ficando dias abalada(o) e até sem vontade de viver"...
- "Mas já que a pessoa fica melhor, isso também não é uma forma de CARIDADE? Então, se for é válida, não?"
- "Consigo menos com meus entes queridos porque tenho mais medo de errar com eles?"
Desse assunto trataremos em uma segunda parte.
Recebam todos um Sincero e Fraterno Abraço e votos de muita PAZ, HARMONIA E AMOR FRATERAL EM SUAS VIDAS.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

OBSESSÕES E OBSESSORES - PARTE II

OBSERVAÇÃO: Antes de ler essa parte do texto seria interessante que começasse por OBSESSÕES E OBSESSORES - PARTE I


Observe: Até agora falamos de obsessores sem termos passado pelos conhecidos "encostos" que não deixam de estar enquadrados nos processos obsessivos, só que em menor escala. Nessas situações, muito mais freqüentes nos casos de "trabalhos feitos" e até mesmo por pura fraqueza áurica, a entidade que "se encosta" normalmente não possui elos energéticos anteriores (como no caso de problemas mal resolvidos em encarnações passadas). Ou ela se aproxima de seu alvo por ter assumido dívida com outro encarnado (trabalho feito) ou simplesmente porque percebeu que ali poderá sugar fácil a energia de que julga necessitar. É lógico que um simples encosto poderá progredir para um processo obsessivo com o passar do tempo, mas como normalmente a entidade "que se encosta" começa logo a prejudicar o ser vivo, há sempre a possibilidade de ser percebido como algo nocivo e as medidas de afastamento serem acionadas a tempo.
Em um processo mais avançado, o obsessor pode chegar a ter domínio total sobre o ente encarnado. Neste caso o processo é classificado como possessão e é ainda mais complicado o seu tratamento.
Em qualquer dos casos acima citados, o tratamento pode variar de acordo com os rituais praticados pelos terreiros, mas em nenhum deles a cura será completa se o motivo que levou o encarnado àquela situação não for sanado. Seria como se retirássemos as formigas do mel mas não o limpássemos de sobre a mesa. Ele estaria ali sempre atraindo outras formigas e mais outras e mais outras. É por isso que afirmamos que de nada adiantam os supostos "milagres" se a pessoa socorrida não buscar em si as correções para que o sinistro não se repita.
O que é preciso então ?
O que é preciso nos terreiros de Umbanda (e qualquer Templo onde se queira realmente auxiliar aos que sofrem ataques do Baixo-Astral) é levar-lhes essa mensagem de modificação interna de comportamento. É fazer ver a todos que "o exorcismo" de seus males não termina no momento em que eles deixam de sentir seus sintomas e que o tratamento deve persistir com a mudança comportamental do "paciente" após isso.
É preciso que as pessoas entendam que processos de atuação negativa vindas do astral são como doenças. O Centro Espírita lhes determina os remédios para a cura imediata e a libertação dos agentes que as causam mas, se o paciente não se cuidar, a "doença" poderá voltar até de forma piorada.
Talvez agora você já possa entender quando afirmei no início que não se pode ajudar a quem não quer ser ajudado.
Você e seu grupo poderão até livrar esse tipo de pessoa, temporariamente, de um processo obsessivo, ou de puro encosto etc, sempre (nesse caso) com um desgaste energético muito grande "em nome da caridade". Acontece porém que, quando for a hora da participação ativa do paciente, ou seja, quando dependerem dele as ações que deverão ser executadas para que se proceda ao seu "isolamento", ou em outras palavras, para que permaneça protegido contra novos ataques, ele quase sempre vacilará e comprometerá todo o trabalho feito anteriormente e consequentemente, porá a perder todo o esforço do grupo que poderia ter sido feito em prol de outros que realmente estivessem a fim de se ajudarem.
Não é que eu seja contra a tentativa de auxílio, mas há que se convir que forçar o auxílio a pessoas desse tipo é querer até mesmo modificar seu Livre-Arbítrio.
Nesses casos, o mais indicado é que, após o devido atendimento espiritual, fale-se ao ex-atuado sobre sua real situação e suas necessidades doravante. Caso ele ou ela não aceite cumprir o necessário, fica caracterizada sua má vontade e desdenho pelo auto-progresso, o que, por conseqüência, deixará livre o grupo mediúnico e seu(s) dirigente(s) de qualquer responsabilidade futura.
De forma alguma pode um dirigente ou seu grupo querer impingir novos comportamentos e/ou práticas com as quais o paciente não concorde, da mesma maneira que, de forma alguma deve-se considerar não caridoso o(a) médium que se negar a atender novamente pessoas que, por não se esforçarem e não cumprirem todo um tratamento determinado anteriormente, retornam sempre com os mesmos "problemas" e não raramente com alguns outros mais.
Se você é participante ou dirigente ou mesmo freqüentador de Sessões Espirituais, já deve conhecer aquelas pessoas que vivem de problemas em problemas, casos após casos e nunca se dão por satisfeitas. Elas estão por aí em todos os terreiros, igrejas, templos etc. Têm sempre "casos sérios" a serem resolvidos e, à menor repreensão por parte de um dirigente e até entidades por conta da falta de esforço pessoal, acham-se "largadas", "desfeiteadas", "abandonadas" pela Religião e seus adeptos.


E casos de obsessão de encarnado sobre espíritos? Você conhece?
É isso mesmo !
Há encarnados tão "titubeantes", tão inseguros e quase sempre tão vaidosos que, ao conseguirem alcançar a boa vontade de certas entidades, tornam-se verdadeiros obsessores destas.
Há uns 15 anos atrás, conheci um casal, sobre quem se sabia, "era muito espiritualizado".
A senhora era dona de uma boa vidência e tinha como protetora uma cabocla que, não só nos momentos de consulta necessária, mas a qualquer momento do dia, era convocada a prestar socorro à dupla.
Contava-nos o senhor, "com ares de quem entende do negócio", que a cabocla de sua senhora era tão positiva que era capaz de informá-la quando "um trabalho estaria por ser feito" e que era figura importante na resolução dos problemas mais intrincados.
Contava-nos também que tudo o que estivessem por fazer submetiam antes ao critério da entidade que por sua vez determinava a melhor forma.
Numa determinada ocasião chegou a nos dizer que, quando estava por atravessar uma rua e o trânsito se encontrava muito problemático, não tinha dúvidas: Invocava a cabocla e o trânsito se descongestionava para que pudesse passar (nunca esqueci esta história!).
Que tal? Não era tudo o que você queria? Já pensou ter uma caboclinha disposta a executar todos os seus desejos? Isso é Espiritismo? Isso é Umbanda?
Partindo-se do princípio de que todas as histórias eram verdadeiras, só nos resta chegar à conclusão de que, se a cabocla não tinha "intenções outras" ao atender a todas essas reivindicações e servir de escrava para a dupla, sua bondade era tanta que não se apercebia de que a estavam fazendo de "gênia particular" o que nada acrescentava de valor aos seus padrões evolutivos atuais e ainda por cima diminuía a possibilidade da dupla "aprender a andar com seus próprios pés" e, consequentemente, evoluir.
Essa é só uma passagem que ilustra a obsessão de encarnado para desencarnado. Embora sempre haja facilidade maior do desencarnado se livrar do encarnado, certos laços afetivos que se formam em situações como essas ficam difíceis de serem dissolvidos.
O que eu disse antes não deve ser compreendido como se eu fosse rígido a ponto de nunca ter invocado uma entidade para me ajudar a resolver um ou outro problema em minha vida. Eu seria mais um HIPÓCRITA como tantos que por ai perambulam se quisesse fazer crer a alguém essa possibilidade. Embora muitos afirmem que ser médium é uma cruz, posso afirmar que, se for, é certamente a cruz mais leve que se carrega desde que se está encarnado, pois é justamente essa mediunidade (a possibilidade de se contatar com o invisível) que em muito facilita nossa estadia nesse Plano Físico, desde que sejamos, por merecimento e esforço próprio, acompanhados por entidades que realmente "valham a pena".
É lógico que eu e todos os demais, vez por outra, "quando a corda aperta", gritamos e vamos sempre gritar por nossos protetores, mas chamá-los para nos ajudar a atravessar a rua?...
Médiuns Umbandistas que volta e meia estão em contato com pessoas mal acompanhadas (seja encosto, obsessor, carga energética etc.), devem procurar sempre se resguardar dos resquícios que trabalhos deste tipo podem deixar em sua aura. Ainda que a entidade protetora assuma totalmente a direção do trabalho, é sempre importante que o médium se ajude posteriormente através dos rituais que certamente aprendeu com o dirigente de seu Terreiro, ou mesmo as próprias entidades com quem trabalha. Afastar uma entidade ou falange de um encarnado pode provocar problemas posteriores para o médium pois:
1- Entidades e falanges afastadas contra a vontade, poderão, se não forem devidamente encaminhadas, se voltar contra o médium que foi o instrumento de suas derrotas e, ainda que o médium pense que não, começar a promover aos poucos uma revolução na vida deste.
2- Demandas contra o Baixo-Astral, por mais que a entidade protetora promova a limpeza de seu "cavalo" quase sempre deixam miasmas (restos de energias negativas) no ambiente e na aura dos médiuns envolvidos, que se não forem expurgadas funcionarão como pontos de atração para mais energias negativas (nunca se esqueça de que os iguais se atraem).
3- O combate às entidades do Baixo-Astral e suas falanges sempre exige do médium, ainda que muito bem incorporado, um desgaste brutal de sua energia vital e conseqüente enfraquecimento de seu Escudo Áurico.
De posse dessas informações você poderia pensar : "Mas se tudo isso acontece, por que as entidades não falam sobre"?
Eu não sei qual o seu grau de conhecimento das práticas espirituais ou do grupo que você freqüenta, mas de qualquer modo fique sabendo que:
A) Se o dirigente de seu grupo tem realmente preparo espiritual para comandar sessões, ele obrigatoriamente aprendeu sobre isso, ainda que lhe tenha sido ensinado pela pessoa que o preparou, que por sua vez pode ter recebido o ensinamento de quem o preparou ou de entidades que tenham real conhecimento de práticas espirituais. De qualquer forma, o primeiro a tomar conhecimento o fez através de um ensinamento espiritual.
B) Que entidades verdadeiras, quando estão no comando ensinam sim, mesmo que em seu linguajar, diversas formas de limpeza astral traduzidas por banhos e defumações que visam a livrar consulentes e médiuns das energias espúrias e a retonificar suas auras (e muitas coisas mais no domínio do esotérico, quase sempre nas entrelinhas).
C) Que há muitas entidades e médiuns totalmente despreparados para a missão de dirigentes (Pais no Santo) nessas "umbandas" que se vê por aí. Há uma grande parte que acha que só porque "recebe uns espíritos" já pode montar Terreiros e orientar outros seres. Para esses "os espíritos sabem tudo e eles não precisam se preocupar".

Resultado? Um sem número de "terreiros e centros" que mais parecem grupos folclóricos com desfiles de roupas, colares e cores de dar inveja a qualquer Escola de Samba do segundo grupo. O fato de em algumas consultas, "as entidades" conseguirem desvendar segredos da vidas de alguns já é o bastante para acharem que estão cem por cento preparados. Esquecem-se de que por serem médiuns, e por isso mesmo sensitivos (pessoas que sentem, e nem por isso sempre compreendem, as emanações de outros) poderiam, se melhor treinados, desvendar esses segredos até mesmo sem a presença de entidade alguma, e isso não confirmaria que estivessem preparados para serem dirigentes de grupos espirituais (cegos guias de cegos) e principalmente entrarem em demanda com o Baixo-Astral que não é coisa com que se brinque.
Os rituais de desobsessão, expurgo, limpeza áurica e outros mais, variam de Terreiro para Terreiro e de Seita para Seita, mas eles existem e sempre deverão existir para o bem daqueles que se esforçam no sentido de levar auxílio espiritual a quem quer que seja, sob pena de serem eles amanhã, os necessitados da vez.
Por que eu disse que variam de Terreiro para Terreiro, de Seita para Seita? Será que não existe um padrão? Não teriam todos os Terreiros de Umbanda que ter os mesmos rituais? Se há tanta variação nos rituais, qual está certo e qual está errado?
Aguarde!
Certifique-se de que entendeu bem esse capítulo e as mensagens que ele traz.
Anote suas dúvidas porque futuramente trataremos desse assunto.
Entender profundamente sobre obsessões é fator primordial para quem se aventura na prática espiritual. Embora não nos tenhamos aprofundado tanto quanto pretendíamos a princípio, o que expusemos ao seu raciocínio já é um bom começo para compreender sobre ela muito mais do que muito "pai no santo" lhe poderia ensinar.

Texto extraído do livro UMBANDA SEM MEDO (distribuição gratuíta pela Internet) do autor deste Blog


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terça-feira, 3 de julho de 2007

OBSESSÕES E OBSESSORES - PARTE I

Este é um vasto assunto sobre o qual já tratamos parcialmente em textos anteriores e que trataremos um tanto mais profundamente de vez que consideramos hiper importante o dirigente espiritual ter conhecimento das "peças" que podem ser armadas pelo "Baixo Astral".
Antes porém de iniciarmos, é sempre bom relembrar que: Ninguém pode socorrer espiritualmente alguém que não quer ser socorrido.
Pode ser que você ache, assim que ler essa afirmação acima, que essa seria até uma atitude anti-cristã. Não se preocupe. Esse pensamento acorre logo às pessoas movidas pelo excesso de emoções como é o caso do ser humano considerado normal - aquele que reage ao que lhe ensinam baseado no que sempre ouviu como verdade.
Mas se você está preparado(a) para aprender novos conceitos, pode continuar sua leitura pois entraremos em maiores detalhes adiante. Caso contrário, pode parar por aqui mesmo!
Como já vimos antes, em se tratando de obsessão constatada, todo o cuidado é pouco.
Quando uma pessoa chega ao ponto de estar obsedada por uma entidade espiritual é sinal de que suas defesas espirituais e energéticas (aura) já foram vencidas e a própria vontade dessa pessoa já depende em maior ou menor grau, da vontade do obsessor. Qualquer tentativa de afastamento por meios descontrolados pode ser fatal, pois em não poucos casos, a presença do obsessor torna-se fator importante na vida do obsedado.
Vamos estudar como se pode chegar a uma obsessão passo a passo e para isso teremos que abordar alguns outros temas como aura, chakras, etc, sobre os quais falaremos neste texto, apenas o suficiente para permitir um melhor raciocínio, ou seja, partiremos do princípio de que você já aprendeu as bases desses conceitos e vamos ver como eles se aplicam.

Todo ser humano, como você poderá ver na extensa literatura a respeito, traz à volta de seu corpo material, ainda que invisível aos olhos normais, uma emanação energética que o envolve à qual se dá o nome de AURA. Essa aura em síntese, é uma massa energética proveniente do interior do próprio ser e é formada pelas energias que esse ser produz, ou gera.
Por ser uma energia basicamente produzida pelo ser, traz em si as impressões de tudo o que ocorre com esse ser, seja fisicamente, mentalmente ou espiritualmente, ou seja, ela reflete aquilo que acontece com o ser em diversos níveis e desse modo é capaz de apresentar variações se o indivíduo está doente (físico), se está calmo ou com raiva (mental), ou se está sofrendo ataques de nível espiritual.
Todas as doenças provocam impressões na aura e há ainda os casos de doenças que ainda não chegaram à matéria mas que já se mostram na aura por modificações dos tons de certas cores (energias). Esses são normalmente os casos em que certos órgãos, ainda que enfraquecidos, não chegaram ao ponto de provocarem as síndromes ou sintomas da doença que virá. O mais importante no nosso caso no entanto, é saber que essa aura, por estar envolvendo o ser, funciona também como uma barreira para a entrada de energias estranhas (no caso de estar equilibrada) como as ambientais (egrégoras), as enviadas por outras pessoas, e até mesmo contra a entrada de certas entidades que normalmente não deveriam ali se intrometer. A aura é nosso escudo natural.
Entidades e energias estranhas sempre procuram atuar positivamente ou negativamente na aura sabendo que o que ali se processa vai fatalmente se processar na matéria mais adiante. Isso acontece desde os chamados "passes" até os "trabalhos mandados" e não poderia deixar de acontecer nos casos de obsessão quando entidades visam, como primeiro passo, o enfraquecimento desse escudo natural para que suas vontades possam alcançar com mais facilidade os indivíduos alvo.
Vamos considerar agora uma pessoa normal, que tenha a sua aura equilibrada e façamos de contas que uma entidade resolveu assumir seu comando ou obsedá-la.
Os motivos para isso poderiam ser vários, mas podemos destacar assuntos mal resolvidos em encarnações passadas, um trabalho feito, etc.
Qualquer futuro obsessor, por mais imbecil que seja, jamais fará ataques violentos desde o primeiro encontro. Só fazem esses tipos de ataques entidades ou elementais que vêm para executar um trabalho e, tendo conseguido alcançar seus objetivos, saem à procura de novas vítimas. O futuro (ainda) obsessor, normalmente faz um estudo de sua vítima, sente quais são seus pontos fracos, (aqueles que causam o enfraquecimento da aura) e programa seus ataques com esse objetivo.
Suponhamos que a pessoa é muito vaidosa, adora ser elogiada, gosta de ganhar presentes e é médium praticante. O que fará o obsessor? Vai afastá-la dos "amigos"? Vai fazer com que perca tudo? Não ! É claro que não !
Vai arrumar um jeito de se apresentar como um de seus protetores, vai produzir trabalhos que provoquem os elogios dos clientes, vai incentivar o recebimento de presentes e outras adulações, tudo para que a pessoa cada vez mais, possa nele crer e com isso, cada vez mais, lhe abra a guarda (favoreça sua entrada na aura). Quanto mais puder ficar junto à pessoa, dirigindo-lhe os atos, mais os elos que os une se fortalecem, até porque, médiuns nessa situação costumam ficar cegos a qualquer tipo de aviso e não raramente dispensam a proteção e o trabalho com outras entidades que antes eram sempre presentes (sim, porque a essa altura elas já devem ter se afastado) pelo fato de não lhe trazerem tanta notoriedade.
Falar em deus ? Qualquer entidade pode falar e até dar conselhos, desde que isso seja o que a pessoa queira ouvir - não seria esse um obstáculo para quem tem um objetivo maior.
A coisa vai crescendo a um tal ponto que, quando se dá conta (se é que isso chega a acontecer), o obsedado não tem mais para onde correr. Os elos que criou com o obsessor foram tão grandes que ele é capaz de dirigir cada passo de sua vida e decidir o que deve ou não ser feito. O que pode advir daí...
Todos nós sabemos até por prática, que quanto mais se trabalha com uma determinada entidade, mais fácil fica o entrosamento entre médium e espírito. É como se as energias se entrelaçassem com mais facilidade e as incorporações ou mensagens transmitidas por outras formas se tornassem cada vez mais cristalinas. Se ao invés de uma entidade positiva esse trabalho se der com uma de não muito boas intenções....
O grande problema nesta forma de obsessão é que o espírito atuante só mostra seu real objetivo quando o médium está totalmente sob sua vontade.
São alvos fáceis para possíveis obsessores:

1- Pessoas inseguras ou que possuam complexo de inferioridade: Essas pessoas, se atuadas por uma entidade que lhes passe a sensação de poder de que tanto necessitam, entregam-se "de corpo e alma", na maioria das vezes sem nem mesmo fazerem um estudo sobre o que lhes está acontecendo;
2- Pessoas vaidosas: Principalmente aquelas que vêem nas práticas espirituais ou esotéricas uma forma de conseguirem a atenção de muitos. Aliás, a vaidade excessiva está muito ligada aos complexos de inferioridade;
3- Pessoas que possuam vícios por substâncias que alterem seus estados de consciência como álcool, maconha, cocaína etc: Essas drogas por si, já favorecem à aproximação de entidades interesseiras porque produzem expansão e um enfraquecimento cada vez maior da aura. Esse tipo de pessoas costuma até mesmo ser o alvo preferido, pois a eles sempre se achegam entidades que comunguem com esses hábitos e podem absorver, através das auras desses incautos, as substâncias nas quais eles são viciados.
Estranhou quando eu disse que elas podem absorver através da aura? Pois observe bem!
A aura normalmente irradia para fora as energias que o ser gera, como já disse antes. Essas energias são os produtos finais de vários processos inclusive os metabólicos, ou seja, aquilo que o indivíduo come ou bebe, reflete-se em sua aura, não como forma de alimento, mas como uma energia específica que se mistura a outras energias geradas. Acontece que, as energias produzidas por processos metabólicos, bem assim como as geradas por atividade hormonal, principalmente as que dizem respeito ao sexo, são as de mais baixo teor vibratório (não quero dizer com isso que são negativas) e por isso mesmo são procuradas por entidades (espíritos e elementais) que delas sabem fazer uso.
Quando um indivíduo bebe álcool ou faz uso de outras substâncias tóxicas que modificam seu estado de consciência, sua aura se expande, se abre, e se torna menos densa, provocando aquele estado de relaxamento e até torpor (esse é inclusive um processo utilizado por algumas entidades que pretendem "tirar a consciência de seus aparelhos") . A partir daí, qualquer entidade poderá penetrar na aura e absorver (sugar) a energia que pretender.


Observe: Até agora falamos de obsessores sem termos passado pelos conhecidos "encostos" que não deixam de estar enquadrados nos processos obsessivos, só que em menor escala. Nessas situações, muito mais freqüentes nos casos de "trabalhos feitos" e até mesmo por pura fraqueza áurica, a entidade que "se encosta" normalmente não possui elos energéticos anteriores (como no caso de problemas mal resolvidos em encarnações passadas). Ou ela se aproxima de seu alvo por ter assumido dívida com outro encarnado (trabalho feito) ou simplesmente porque percebeu que ali poderá sugar fácil a energia de que julga necessitar. É lógico que um simples encosto poderá progredir para um processo obsessivo com o passar do tempo, mas como normalmente a entidade "que se encosta" começa logo a prejudicar o ser vivo, há sempre a possibilidade de ser percebido como algo nocivo e as medidas de afastamento serem acionadas a tempo.

Continua ...