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segunda-feira, 13 de agosto de 2007

PRÁTICAS E RITUAIS PARTE III

CONTINUAÇÃO ... Por favor, não deixe de ler as duas partes anteriores se ainda não o fez.

Se um grupo não é disciplinado e principalmente não sabe ou não quer passar aos assistentes a necessidade da disciplina, fatalmente correrá o risco de, amanhã, estar envolvido com os mesmos problemas dos que hoje os procuram para pedir ajuda.
Para a participação efetiva em qualquer RITUAL é preciso que o conceito de DISCIPLINA esteja vivo na consciência de todos, sem o que, É MELHOR QUE NEM TENTEM ABRIR TERREIROS sob pena de se arrependerem após um certo tempo.
Você sabe o que quer dizer: "Quem não pode com mandinga não carrega patuá"? Pois é!
Também poderia ser: "Quem não tem competência não se estabeleça".
Desculpe se você achar um tanto rudes nossas apreciações, mas essa questão é altamente importante para a própria sobrevivência da Umbanda e até mesmo dos Candomblés, Grupos Kardecistas e outros mais, meu irmão ! Veja bem o que está acontecendo nos dias de hoje !
Quantos PSEUDO PAIS NO SANTO, PSEUDO OGÃS, PSEUDO MÉDIUNS saem de Terreiros e outros Centros Espiritas e Esotéricos dizendo que enquanto lá estiveram "foram os mais infelizes do mundo", "fizeram cabeça", "deitaram para o santo", "ajudaram a todo mundo" e acabaram cercados de "DIABOS" em suas vidas?
Ninguém assume as besteiras que faz não, meu irmão!
Comete-se um mundo de insanidades em nome "da religião" (aquela que eles pregaram) e depois saem pondo a culpa nela.
É infinitamente importante que se separe o joio do trigo e você, se é uma pessoa consciente e de bons princípios, como Umbandista, ou praticante de qualquer outra corrente espiritualista, tem a obrigação de ser pelo menos HONESTO aos seus princípios, ainda que para isso seja necessário desmascarar esses PSEUDO TUDO que andam por aí.
E se você está pensando que estou querendo combater essa ou aquela religião, também está enganado, amigo !
Não é com combate a grupos religiosos que se vai fazer da Umbanda ou qualquer outra religião um exemplo a ser seguido. Muito pelo contrário!
Se Umbandistas, Kardecistas, militantes do Candomblé e outros pretendem ver seus "santuários e doutrinas" respeitadas, devem começar por eles mesmos estudando, praticando honestamente e principalmente respeitando suas próprias doutrinas.
A grande variedade de religiões e Seitas que existem no Brasil e no mundo, são frutos das diversas correntes filosóficas espirituais que existem também no Mundo Astral e se formam na Terra em virtude da maior ou menor aceitação dos seres encarnados que a elas vão se achegando de acordo com o que julgam ser melhor para eles (ainda aqui vale a Lei das Afinidades), e não seria de forma alguma combatendo grupos e doutrinas que se faria vigorar nossa doutrina como a dona da verdade, já que nenhuma o é na totalidade.
É preciso que se veja, em cada uma, o que há de realmente positivo, sem antepormos às análises os filtros viciados pelo fanatismo e pela hipocrisia. E para u'a melhor análise, é necessário que comecemos por "arrumar a própria casa" sem nos preocuparmos com ataques dos PSEUDO....
Quem achar que deve debandar para outros grupos, deve fazê-lo o quanto antes. O pior que um ser pode estar fazendo a si e às vezes até aos seus achegados mais íntimos, é perseguir uma religião ou Seita na qual não consegue se encontrar. E isso deve lhes ser dito, não com aquele ar de raiva ou de quem fala apostando em seu retorno, mas torcendo até para que o dissidente (no bom sentido) encontre seu verdadeiro caminho, seja ele qual for, afinal de contas, NINGUÉM É DONO DE TODAS AS VERDADES e o principal objetivo das religiões e Seitas, como já foi dito, é a EVOLUÇÃO do Ser Encarnado, independentemente do caminho que ele escolher.
Não vou expor ou analisar aqui os rituais que devem ou deveriam ser seguidos pela Verdadeira Umbanda. Isso ficará para um próximo volume, até porque, na essência, já explicamos que sejam eles quais forem, se conseguirem sintonizar médiuns e demais participantes com as vibrações (energias) positivas que devem energizar os trabalhos, (qualquer tipo de), eles estarão trilhando o caminho certo. Falaremos sim, e analisaremos algumas práticas Umbandistas e outras que, embora muitos afirmem serem, não passam de crendices que ficaram enraizadas no inconsciente coletivo criando TABUS e LENDAS que chegam a desfigurar a Umbanda, quer como Seita, quer como Religião.
Para começar é preciso que fique claro que:

1- Para se considerar Dirigente de um Grupo Umbandista é necessário que o/a pessoa receba ensinamentos adequados (tanto Exotéricos quanto Esotéricos) e principalmente os aprenda e os ponha em prática.

2- De "boas intenções", vaidosos e pretensiosos o inferno está cheio.

3- Quando uma pessoa se predispõe a assumir a responsabilidade de ser dirigente, orientadora, pai ou mãe no santo de alguém, deve ter em mente que, ainda que não pretenda ou perceba, cria laços energéticos às vezes de difícil dissolução, principalmente se se meter a fazer a Iniciação com as bases Esotéricas mais profundas, o que inclui a necessidade de conhecer profundamente as práticas que vai utilizar, bem assim como seus possíveis efeitos colaterais, de forma a que possa sempre ter uma saída para uma possível demanda com o Baixo-Astral.

4- Entidades Espirituais não são obrigatoriamente conhecedoras de todas as "mirongas" necessárias para todos os trabalhos, principalmente as que chegam amiúde nos Terreiros, Mesas, etc. e por isso mesmo trabalham em falanges como já vimos. Mas ainda assim, se os médiuns não lhes derem chance de se expressarem perfeitamente, pouco poderão ensinar de proveitoso de vez que médiuns não preparados corretamente, não raramente "brecam" mensagens quando sentem que não estão de acordo com o que eles pensam ou aprenderam pela boca de outros.

Isso posto, vamos começar explicando o que é Exotérico e o que é Esotérico.
Para início de conversa, tudo o que é ESOTÉRICO, ou seja, todos os conhecimentos, seja de que Seita ou Religião forem, é algo NÃO ACESSÍVEL AO DOMÍNIO PÚBLICO, ou seja, só é ensinado a quem atinge certos graus de Iniciação dentro dos caminhos que escolheu.
Para as práticas que chegam ao domínio público se dá o nome de EXOTÉRICAS, pois normalmente não passam do superficial, utilizável sem muitas conseqüências possivelmente nefastas.
O significado dessas duas expressões nem sempre é do conhecimento dos iniciantes de quaisquer grupos religiosos ou sectaristas e por isso mesmo, aqui vai um ALERTA aos menos avisados que vêem nas televisões, rádios e revistas, um sem número de "velas do amor". "gnominho da fortuna", "pedras da felicidade", e por aí vai.
Tudo isso é uma tremenda besteira criada em nome de um pretenso Esoterismo (que se fosse, já teria se tornado Exoterismo só pelo fato de ter vindo a público), mas que na verdade não passa de um "comércio rasgado" de fetiches e amuletos sem o menor valor prático, sendo que Esotérico muito menos.
Posso afiançar inclusive que o contato com seres da Natureza, da forma que se pretende estar fazendo, pode até trazer conseqüências bastante desagradáveis para o praticante que não tem conhecimento real sobre como lidar com esses seres, no caso deles lhes trazerem aborrecimentos, o que pode acontecer de uma hora para outra.
Na verdade, as pessoas são levadas a pensarem que o contato com Sílfos, Gnomos e outros pequenos seres, sempre lhes será positivo, quando isso é a mais deslavada MENTIRA.
São levadas a pensarem que o simples contato com pedras semi-preciosas pode lhes trazer felicidade, amor ou seja lá o que for, quando isso é MENTIRA.
São levadas a pensarem que se acenderem uma vela "especialmente preparada" (mentira, elas são feitas em série) serão capazes de alcançar a saúde, etc, quando os pseudo esotéricos sabem que é MENTIRA.
Qualquer Verdadeiro Esotérico sabe que seja qual for o amuleto, só funcionará como tal quando "energizado" por rituais de consagração especiais de forma a ligá-lo com a pessoa que dele fará uso e que nem de longe essas peças fabricadas em série teriam ou poderiam ter a força que a elas se atribui. Qualquer estudante do Verdadeiro Esoterismo, ainda que em seus primeiros passos, sabe que "se chegarem a funcionar" em qualquer situação, será tão somente pela FÉ daqueles que deles fazem uso e que, sendo pela FÉ, não têm que ser os amuletos indicados pelos tais pseudo esotéricos.
Na Umbanda, Umbandomblé e Candomblés, a despeito de tantos avisos feitos por vários bons pesquisadores, até os dias de hoje ainda vigoram as vendas das famosas "guias de ogun", "de oxossi", dos pós secretos do tipo "arrasa quarteirão" e outras bobagens mais, que na maioria das vezes não passa de Pó de Giz (e até mesmo o conhecido "pó de mico") embrulhado em saquinhos especialmente preparados para iludir os que estão sempre prontos para "fazerem das suas".
Anda-se por certas casas comerciais que vendem apetrechos para os cultos e encontra-se até "assentamentos" prontinhos para serem usados nos rituais e já endereçados a este ou aquele orixá.
Infelizmente tenho que ser rude e lembrar o dito popular: "O que seria dos espertos se não fossem os otários"?
Quer ver mais uma?
Por volta de 1984 havia uma colega professora, passando por problemas de ordem física e emocional que procurou um certo pai no santo na cidade do Rio de Janeiro para que seu sofrimento fosse aliviado.
Após as primeiras consultas, foi descoberto pelo "babalorixá" que a colega deveria - no linguajar dos ritos afros - dar um obí.
Feitos os preparativos, comprado o material e pago o serviço, marcou-se o dia e hora para o ritual.
Para desespero de minha colega, seus parentes do norte (ela era proveniente de lá) chegaram em visita um dia antes, fato que de certa forma a impediria de concretizar o ritual na data prevista até porque, como "toda boa usuária", ela não queria que a família soubesse que tinha recorrido a esse tipo de trabalhos.
O que fez minha colega? Telefonou para o "babalorixá" explicando sua situação.
Tudo estaria bem, se não fosse a resposta que recebeu pelo outro lado da linha. Segura essa, irmão!
"Não há problema algum. No dia e hora marcados deitarei uma filha de terreiro e farei o ritual em sua intenção".
Foi o primeiro ritual de obi feito na intenção de que ouvi falar!
Esse fato só se tornou de meu conhecimento porque, é lógico, o tal obí não surtiu efeito algum e essa colega resolveu comentar comigo sua situação e sobre os "trabalhos" que já fizera buscando soluções.
Até para mim, que sempre gostei de desafiar tabús, esse fato foi chocante. São coisas como essas e outras mais, feitas por indivíduos que visam o lucro a despeito dos resultados, que vão desacreditando as Seitas e Religiões.
Partindo para o lado da ironia, perguntei a ela se ele não poderia também "raspar, e coroar" seus orixás, ou seja, fazer logo um serviço completo através dessa filha de terreiro.
E daí? É culpa do Candomblé? É culpa de todos os praticantes ou seria da hipocrisia, da desonestidade desse pseudo babalorixá?
O caso dela foi apenas UM de que tomei conhecimento. Mas quantos "obis" para outras pessoas esse sujeito realizou dessa forma? Quantos mais foram iludidos dessa maneira?
Por falar em tabús, vou lhe contar uma "quebra" feita por mim que já pode ter sido até realizada por outros mas que certamente vai contra aquelas coisas que "se aprende como verdades absolutas" e que na verdade não têm qualquer embasamento, seja espiritual, seja físico, energético, etc, mas que se você for tentar explicar, muitos dirão que "é maluco".

CONTINUA ...