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domingo, 11 de dezembro de 2011

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE EXUS (continuação)

CONTINUANDO ...


29- No Terreiro que frequento o chefe espiritual é o exu (.....) e sinto-me muito bem lá. Pelo que já li de suas postagens você diz que não seria um Terreiro de Umbanda. Pode reforçar o porquê de não poder ser?
R: Vejo que você acompanha o Blog. Então, para simplificar e eu não ter que escrever novamente tudo o que já escrevi, tente imaginar um Preto Velho dirigindo um Catimbó ou Roça de Candomblé.
Tente também imaginar um Caboclo ou Criança dirigindo as Sessões de Mesa de um Grupo Kardecista ou um desses Espíritos que se apresentam como "doutores" chefiando uma gira de Umbanda ou Quimbanda.
O que acha? As possibilidades são exatamente as mesmas.
Se o Espírito chefe do Terreiro é um exu DE FATO, o Terreiro é de QUIMBANDA e não de Umbanda, por mais que a "plaquinha" indique o contrário. Simples assim!


30- Mas eu me sinto muito bem lá!
R: E por que não poderia se sentir?
Cada um de nós traz, impressas em nossa alma, vibrações energéticas de diversos padrões. De acordo com o que vamos vivenciando ou vivenciamos em vidas anteriores e o grau de atuação que esses padrões energéticos exercem em nosso comportamento psíquico e físico, sentimo-nos mais quedados (em termos de escolha religiosa e outras) ou atraídos por este ou aquele culto que acaba sendo aquele com que mais nos sintonizamos, espiritual e energeticamente.
O fato de você (assim como outros mais) sentir-se bem numa Quimbanda, não deixa de ser fruto dessas interações energéticas que existem em você e se harmonizam com as energias que atuam nesses grupamentos de culto.


31- Fui numa palestra em que o exu (....) nos deu verdadeiras aulas sobre espiritualidade, comportamentos que os médiuns devem assumir dentro e fora dos terreiros, nos falando, inclusive, de passagens bíblicas que nos levavam a repensar DEUS.
Qual a sua análise sobre este fato?
R: A minha análise é simples, embora ela envolva algumas complicações a serem avaliadas para que seja bem compreendida.


Adiantando, o resultado da análise cairia numa dessas possibilidades:


a) Não era um espírito Exu quem estava fazendo a palestra;
b) O médium estava se aproveitando de uma pseudo incorporação para distribuir conceitos que tenha aprendido por suas leituras ou pelo "ouvir falar";
c) Algum espírito estava se valendo do médium, suas crenças e conhecimentos, "alimentando-os", ao mesmo tempo em que inseria conceitos seus, visando alcançar objetivos a serem avaliados;


Explicando:
a) Espíritos exu de fato não são dados a fazerem palestras, principalmente de cunho doutrinário, em qualquer sentido - ISTO NÃO ESTÁ EM SUAS NATUREZAS! 
Se um espírito que se diga Exu for espírito mesmo e começar a palestrar sobre temas dos tipos citados, ele não é um Exu de fato, podendo sim, ser até um espírito que se passa por Exu para trazer doutrina aos seus seguidores, normalmente os mais ávidos pela "sabedoria de exu".
Perceba: Se é a exu que os ouvintes gostam de dar ouvidos, então como exu ele se apresentaráE como mais de 90% dos encarnados sequer pretendem "ver o que há por detrás das caracterizações", como exu o compreendem e saúdam.
A parte ruim disto é que outros médiuns, seja por inveja, seja por outros envolvimentos, acabam achando que isto é "muito natural" para os exus e logo a seguir estarão eles mesmos "recebendo exus palestrantes" - mais um exemplo das muitas imitações que percebemos nas "mediunidades", a começar pela compreensão de que os exus de nome "X" têm sempre os mesmos gostos e procedimentos, bem assim como Caboclos de nome "Y", etc.


b) Existem, e conheci muitos médiuns, que de certa forma, escondendo-se por detrás da caracterização de uma entidade espiritual, passam mensagens de seus interesses pessoais, sejam eles de cunho doutrinário geral ou até mesmo pessoal.
De modo exagerado, pode-se ler aqui mesmo no Blog, na parte dos COMENTÁRIOS da postagem sob título PERGUNTAS E RESPOSTAS, o caso de uma pessoa (Leandro) que passou por uma experiência vergonhosa com a família de sua namorada pelo fato de seus familiares, que não gostavam dele, "terem recebido seus protetores(sic) " e terem-no, literalmente, AGREDIDO "em nome de um suposto Tranca Ruas e um Omolu que, pasme, "já colocava de castigo o irmão da noiva do Leandro desde criança". (Clique aqui e leia a seqüência de comentários)
Da mesma forma que alguns "médiuns" se valem de pseudo incorporações para agredirem física ou psicologicamente a alguém, outros fazem-no também numa forma de VALIDAR SEUS PRÓPRIOS CONCEITOS e APRENDIZAGENS frutificadas de leituras de fontes às vezes altamente discutíveis, naquela ideia de que "se foi a entidade que falou, não se discute"!
E isto me fez lembrar também, de um desses debates que mantive certa vez com uma certa pessoa no orkut, pois, com o fito de validar sua "tese(?)" ela dizia que "UMA ENTIDADE RECONHECIDAMENTE INCORPORADA" lhe ensinara que "o Candomblé teria nascido na África", o que é a maior besteira que se possa dizer em relação a este culto brasileiríssimo.


c) Existem casos em que alguns espíritos, com objetivos a serem avaliados particularmente, se valem das crenças e aprendizagens dos médiuns que lhes "dão passagem" e, retirando de seus mentais algumas linhas de pensamento já solidificadas, trazem-nas à tona da consciência como se mensagens suas fossem, nas quais acabam dando uma guaribada aqui ou ali, inserindo mais isto ou aquilo, desde que, ao final, a mensagem esteja de acordo com esses objetivos SEUS a serem estudados particularmente porque, ao mesmo tempo em que as intenções possam ser boas e as mensagens idem, também podem ter valor puramente de insuflação de egos para esses médiuns, na medida em que possam vir a entender que "sempre estiveram certos no que achavam", 
O que quero deixar bem claro é que tanto espíritos positivos podem se valer desses conhecimentos prévios dos médiuns desde que eles não os atrapalhem em seus objetivos, quanto KIUMBAS ENVOLVENTES também podem, usando-os, não só para insuflarem os egos de seus médiuns como já disse, mas também para envolverem a platéia em sonhos e fantasias, através dos quais farão ou manterão seus "reinados" e reconhecimento público de "grandes sabedorias". E às vezes isso chega a tal ponto, que "qualquer coisa que o kiumba não reconhecido como tal transmita, vira LEI", por mais frágil que seja frente a uma análise fria (vide o caso do "Candomblé nascido na África", apenas como um pequeno exemplo).


32- Mas um exu não teria capacidade para fazer uma palestra?
R: Como sempre venho dizendo, nos planos vibratórios em que existem os espíritos exus podem existir sim, espíritos de alto conhecimento sobre o mais diversos assuntos, inclusive de cunho doutrinário, bíblico, muçulmano, etc, que podem até ter sido sacerdotes de alguns cultos e/ou religiões quando de suas passagens aqui pela Mãe Terra. Só que se nesses planos vibracionais ainda estão é porque NÃO ACREDITAVAM NO QUE PREGAVAM e por isto nem mesmo praticavam o que pregavam - uma das razões que, na continuidade de sua existência, os mantém nesses planos densos, incluída, é claro, em suas compreensões primitivas ou ausentes sobre maiores horizontes na espiritualidade, o que os faz manterem-se presos, por preferência, a esses planos bem vizinhos ao nosso, o físico.
Será que eles passaram a acreditar conscientemente, praticar conscientemente e por isto pregar conscientemente só agora, depois que "estão mortos"?
E mesmo que assim fosse, não seria como exus que se apresentariam (desconheço esta categoria de exus pregadores), a não ser (e isto deve ser compreendido como EXCEÇÃO) que a intenção fosse a já citada na explicação (A): Espíritos não exus se apresentando como exus por causa do tipo de expectadores que têm para ouvi-los.


33- Mas se o espírito diz que é um exu, como é que você diz que não é?
R: Vê se dá pra entender.
DIZER, qualquer espírito pode dizer o que bem quiser, bem entender ou que ache que irá causar bem-estar ou empolgação entre os que o ouvem, porque, para chamar a atenção para si ele precisa se colocar numa situação que lhe confira esta condição. Lembre-se de que para ser um palestrante ou pregador ele terá, antes de mais nada, que se tornar o CENTRO DAS ATENÇÕES de toda a platéia. Desta forma, numa situação destas, se a platéia espera e vibra por "mensagens de exus", será como exu que o espírito pregador ou palestrante se apresentará. Se "o povão" espera a mensagem de um "doutor do espaço", não tenha dúvidas de que assim se apresentará o "espírito palestrante", claro, se tiver condições e conhecimentos (o que não envolve necessidade de evolução espiritual) para tal.
Como já disse antes, se ele DIZ isso ou aquilo com boas intenções ... VIVA!!!
Só que ele também pode DIZER com intenções além das momentâneas, como também já foi citado e, dessa forma, PRINCIPALMENTE QUANDO UM ESPÍRITO ESTÁ DIZENDO ALGO EM QUE ACREDITAMOS OU EM QUE QUEREMOS ACREDITAR, as guardas caem por terra e o "VIGIAI" deixa de existir, ficando muito mais fácil, tanto no caso de kiumbas espertos mal intencionados, quanto no caso dos bem intencionados, fazerem valer como"verdade os seus ditos", acontecendo isto principalmente também, como já disse antes, pelo fato de que a grande maioria de nós costuma se deixar envolver pelo que ouve ou vê através dos sentidos físicos e nem se dá conta do que se pode ver e ouvir através dos sentidos anímicos ou espirituais, o que poderia evitar muitos dos casos que vimos e vemos por aí de pessoas envultadas "por lindas palavras" que chegaram ao suicídio em massa, simplesmente porque acreditaram sem barreiras, sem fronteiras, sem avaliações, mas apenas PELO CONTEÚDO DAS "LINDAS E BELAS PALAVRAS" DE ALGUNS PREGADORES que "AFIRMAVAM FALAREM COM DEUS"!
Um espírito dizer que é um exu e sair fazendo pregações, até que não é um dos grandes males (embora seja incorreto), desde que essas pregações não sejam incoerentes, contradicentes, fantasiosas, ilusórias, auto elogiantes, etc, porque em casos de pregações e/ou palestras, pouco importa QUEM os está proferindo, mas sim o teor e desenvolvimento dos temas que devem ser analisados sem paixões, durante ou após, para que se os compreendam como de bom, médio ou mau conteúdo, antes ainda de os tornar públicos, se for o caso.
Quando um EXU que é EXU de verdade, tenta fazer pregações e palestras, vamos escutar ou ler posteriormente, as coisas desastrosas que se pode ler em alguns textos espalhados pela NET em que, normalmente, ELES PRÓPRIOS são o TEMA CENTRAL DAS PREGAÇÕES e se apresentam como seres dotados de "imensos poderes" capazes de mudarem o mundo... 
Exu de verdade está lá se importando se vão achá-lo vaidoso, presunçoso, prepotente, etc? Claro que não! Ele é naturalmente AMORAL e além disto sabe que sempre vai encontrar pessoas que com ele se afinem nestes qualitativos e o exaltem.


34- "Sem Exu não se faz nada". Não é esta uma afirmativa indiscutível na Umbanda?
R: Será mesmo? O que dizer então de tantas Umbandas que não fazem giras específicas de exus e outras que nem dão passagem para exus? Elas fazem nada? 
É bem verdade que esta crença, nascida nos meios africanistas atrelada à crença do "Exu Orixá" - o mensageiro e intermediário entre os homens e as  divindades - acabou se inserindo nas Umbandas como conseqüência de se passarem a chamar os ekuruns de exus e, paralelamente, se tentar dar a esses "ekuruns exus" os mesmos privilégios do "Exu Orixá".
Como uma coisa nada tem a ver com a outra verdadeiramente, então não procede esta afirmação, a não ser para aqueles que a têm como crença imutável e até fanática. 
Se assim fosse, NENHUM TERREIRO OU CENTRO QUE LIDASSE COM ESPÍRITOS, (fosse da linhagem espiritual que fosse), PODERIA EXISTIR SEM EXUS, o que também não procede, não é verdade!
Em síntese: Esta pode ser uma "verdade imutável" para os Terreiros que assim pregam, mas está longe de ser uma VERDADE UNIVERSAL em vista de tantos outros que a contradizem.


35- O que é que você tem contra os exus?
R: Eu? Absolutamente NADA! Algo que eu tenha escrito lhe sugeriu esta ideia? Que tal um pouco mais de cuidado na leitura e interpretação ...?
Pelo contrário, sou amigo e os tenho como tal, "guardando-os" em minha crença dentro do máximo respeito e posso até dizer que CARINHO.
O que eu não sou é maníaco por exus (exumaníaco) ou um adorador contumaz, cego pelas "maravilhas estrondosas e extraordinárias" que hoje pregam por aí, que não são muito diferentes das que já eram pregadas há muitos anos atrás (a não ser na intensidade e divulgação que eram menores) e que levaram muitos e muitos a virarem "EX" por tantas crenças infundadas, lendas criadas, ilusões não concretizadas.
O que eu não sou é daqueles que "perdem o chão" e, sem raciocinarem, seguem o que lhes falam ou mandam, tal qual PEIXINHOS DE CARDUME que acabam caindo na rede dos pescadores porque, em suas cegueiras, delegam as direções de suas vidas a outros e apenas seguem os líderes, seja lá para onde forem.


36- Há pouco tempo atrás, em respeito a um "pai-de-santo" amigo meu, firmei exu no chão e na cumieira de meu Terreiro porque eram muitas as demandas que tínhamos que enfrentar. Estou certo, não estou?
R: Bem, se em seu Terreiro o culto é de QUIMBANDA, deve (e eu disse DEVE) estar certo sim. Se for ou se disser de UMBANDA, claro que está totalmente errado.
Além de outras coisas, você "virou de cabeça para baixo" o vórtice energético que gira como egrégora em seu Terreiro e como conseqüência mais modesta disto, a tendência natural será a de que, se ainda não aconteceu, sua Banda e você mesmo sejam, aos poucos, levados para os lados da Quimbanda, inclusive com o aparecimento maior de entidades desta banda através dos médiuns da Casa passando a ser "mais natural", mais constante.
O que você fez, em resumo e sem tocar em muitos fundamentos, foi delegar a Exu o patronato de sua Banda, de forma que tudo o que ocorrer debaixo desta cumieira deverá estar de acordo com a vontade do exu que você firmou. Como Exu é Quimbanda em sua origem, seu Terreiro passa a ser de Quimbanda a partir daí.
Por outro lado, se isto estará certo PARA VOCÊ particularmente, eu não posso opinar porque talvez fosse esta mesma a rota, a trajetória de sua estrada e você esteve na Umbanda o quanto pôde e agora deva seguir novos caminhos. Se no entanto não for esta a sua verdade e você fez o que fez porque achou que isto seria apenas para dar mais proteção à sua Banda ... cuide-se porque sendo ou não sua verdade, ela estará se consolidando em sua vida e em seu Terreiro a partir deste evento.


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Outras perguntas e respostas poderão ser agregadas, futuramente, a este tema.





sábado, 19 de novembro de 2011

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE EXUS

Como esse assunto Exu sempre gera incompreensões devido ao tanto de MITO que se criou e ainda se criam sobre este "personagem" (na verdade essa Linha Espiritual com suas diversas falanges), resolvi trazer para um novo tema as perguntas que acabam por acontecer devido às dúvidas e "certezas" que muitos dos mais novos, impressionados com os contos de fadas, quer dizer, contos de exus, que se espalham mais fortemente agora que a internet  passou a ser um grande, senão o maior meio de comunicação para assuntos deste tipo.
Antes de qualquer pergunta ou resposta, vi-me na obrigatoriedade de explicar sobre o termo AMORAL que foi usado desde a primeira postagem da série "EXU na Umbanda o Grande Mistério. Um Mistério?" porque parece que ainda há no meio umbandista um desconhecimento sobre o real significado desta palavra.
O vocábulo AMORAL, quando utilizado para qualificar uma pessoa ou mito, pretende informar que o qualificado é moralmente NEUTRO - nem é moral e nem é imoral, ou seja, age de acordo com sua própria consciência, quase nunca, ou nunca presa a conceitos de moralidade segundo o que prega a sociedade ou religiões.
Por esta explicação entendemos que um sujeito AMORAL, pode ser, por exemplo, aquele que resolve ficar nu em público para chamar para si as atenções com alguma finalidade que creia ser importante, soltar uns palavrões quando achar que é necessário, chutar o traseiro de alguém também por alguma necessidade momentânea, ao mesmo tempo em que é capaz de produzir momentos de extremo carinho, criticar um outro que tenha ficado nu sem ter tido motivo para isto ou ter usado de palavrões que em seu entender não coubessem no contexto.
Um AMORAL não está ligado aos padrões de moralidade conforme os padronizamos e conhecemos, de forma que muito do que possa fazer pode até parecer IMORAL para alguns, não o sendo no entanto para ele mesmo, que pode sequer ter conhecimentos sobre esses padrões que temos como norteadores de nossa moral.
Veja você que os indígenas, por não usarem roupas, segundo nossos padrões de moralidade cristã ou pseudo-cristã podem nos parecer IMORAIS. No entanto, o que são é AMORAIS por esse costume natural para eles a partir do momento em que sequer conhecem este nosso padrão de moralidade pelo qual nossos órgãos sexuais  não devam ser mostrados.
Inclua, para sua reflexão, o fato de que, para uma grande maioria dos povos mais antigos, o eliminar das crianças que tivessem nascido com defeitos físicos e não teriam por isto a condição de viverem futuramente por seus próprios potenciais, era para eles uma ATITUDE NORMAL, enquanto que para nós que estamos presos a padrões da moral cristã parece barbárie, imoralidade, etc.
Só que nossos padrões de moral e bons costumes não levam em conta as dificuldades de vida na antiguidade, entre povos nômades principalmente, assim como também nas selvas, além dos poucos recursos para correções de defeitos ou doenças que para eles são, além de incuráveis, estorvos, obstáculos para o crescimento e multiplicação de suas próprias espécies.
Na segunda lenda (itan) incluída no primeiro texto da série, vimos que Exu agiu por seus próprios princípios, sem se ater a qualquer princípio de moral cristâ ao criar, por sua atitude, aquele clima de guerra entre os amigos, "apenas porque eles não lhe teriam feito o agrado".
Então repare bem: Para os que seguem u'a moral cristã, este ato de exu pode ter parecido imoral. Só que para quem não conhece esta moral cristã e age de acordo com seus próprios princípios, necessidades e objetivos, não há nada de anti-natural ou imoral no fato de "se vingar" por ter sido esquecido. Se você for honesto ou honesta e fizer uma repescagem em todos os atos e pensamentos que teve em sua vida, provavelmente se verá em muitas vezes com esta mesma vontade - a de se vingar de alguém pelo fato desse alguém não ter correspondido às suas expectativas, seja em que área da vida for, inclusive na sentimental.
- Ah, mas embora tivesse tido vontade não me vinguei, diriam alguns.
Não o fez pelos freios dos ensinamentos morais aos quais foi acostumado(a), pelos quais foi norteada sua educação, que foram suficientes para brecar seus atos, explicaria eu. Mas o faria, sem dúvida e como muitos fazem, se esses freios não fossem conhecidos ou se fossem fracos o suficiente para deixá-lo(a) livre de possíveis arrependimentos.
Aproveite agora e faça também uma breve análise sobre os comportamentos de grande parte de nossos jovens na atualidade, quase todos criados em meios sociais(?) nos quais a liberdade de ações (leia-se INDISCIPLINA) foi fator mais importante do que o domínio de seus ímpetos e instintos .
Você acha que os torcedores dos diversos clubes de futebol são imorais quando se enfrentam nas ruas, inclusive com combates marcados previamente pela Net, ou que os agressores de homossexuais têm real conhecimento das conseqüências de seus atos, para nós inumanos?
Não. Não são imorais e não têm consciência das possíveis conseqüências!
O que eles são nestes momentos é AMORAIS pois você pode ter certeza de que a maioria deles sequer recebeu de seus pais informações sobre civilidade e outros até foram incentivados, por estes mesmos "pais" a estes comportamentos de "machos selvagens". Por isto mesmo, se forem abordados para perguntas do tipo: "Por que você faz isto?" Terão respostas do tipo: "É o maior barato!"; "Todo mundo faz!"; "Os cara é nosso inimigu!"; "Viado é coisa nojenta!" E até mesmo para este último caso, alguns usam o apelo de uma "sustentação bíblica(?)" que os faz entender que: "Deus criou homem e mulher. Então, viado é criação do Demonho!"
Perceba que, ou não receberam as ORIENTAÇÕES FAMILIARES devidas durante a fase em que suas personalidades estavam sendo construídas tendo absorvido por isto as  "orientações" dos meios pseudo-sociais em que viveram, ou até mesmo foram incentivados ao "livre pensamento das ruas", tornando-se, por conseguinte, produtos destes meios e portanto, AMORAIS e inconseqüentes por extensão.
Você pensa que as pessoas que usam drogas proibidas são imorais?
Claro que não todas! São em sua maioria AMORAIS porque não costumam ter o mínimo de senso sobre o quanto estão fazendo de mal a si e talvez a outros que os sigam como exemplo. Buscam nas drogas "objetivos maiores" que em seus entenderes se revelam como relaxamento para alguns casos e até coragem e "poderes" para outros.
Serão IMORAIS se estiverem criando essa situação tendo plenos conhecimentos anteriores de suas conseqüências e apenas para, como dizem alguns, agredirem a sociedade de uma forma geral, pois aí já entra a maldade; a vontade de ser "do contra"; a vontade de chamar as atenções para si de forma negativa, apenas pela vontade de chamar a atenção para si ou até mesmo para tomarem coragem para outras atitudes mais imorais ainda (assaltos e outros). Para esses ... "dane-se o mundo às suas voltas"!
Entenda então que uma pessoa AMORAL, pode usar de atitudes que para os "civilizados" podem parecer IMORAIS porque vê um objetivo maior e não negativo nessas suas atitudes e porque elas, em si, não lhe parecem nada anormais de acordo com o que aprendeu ao longo de sua vida; enquanto o IMORAL, tendo conhecimento da anormalidade de seus atos frente aos padrões sociais em que vive ou finge viver, bem assim como suas conseqüências, lança mão de atos que da mesma forma nos parecem IMORAIS, só que de propósito e quase nunca com objetivos outros que não sejam exibicionistas e/ou destrutivos.

Não sei se consegui mas tentei, pelo menos, deixar bem claro esse papo de AMORALIDADE e IMORALIDADE.

Vamos às perguntas, então.

1- Por que você diz que exu é amoral?
R: Porque essa é, praticamente, a qualidade que define a "divindade" africana - a amoralidade - e que, por semelhança comportamental, gerou este apelido para os ekuruns/catiços que povoam os cultos espiritualistas de uma forma geral, dentre eles a Umbanda.

2- Quer dizer que todo exu é amoral?
R: Se o Espírito exu for uma entidade que se assemelhe em comportamentos ao Exu africano, sim. Se não se assemelhar, nem deve mais ser chamado de EXU porque este apelido não lhe cabe mais.

3- Trabalho com o senhor Tronqueira e ele não age mais amoralmente. Pelo contrário, está sempre a dar bons conselhos para as pessoas que a ele se achegam. Isso quer dizer que ele não é mais exu?
R: Esta entidade ou espírito que se apresenta como Tronqueira por sua mediunidade, se não está deixando você falar por ela nesses momentos (eis aí um problema que pode ocorrer e que a muitos confunde) e se não for uma "entidade anímica" (uma projeção ao consciente de uma de suas próprias personalidades anteriores ou atuais) , já não deveria mais ser chamada de exu. Em outras palavras, não deveria mais ter este apelido pelo que você me relata de seu comportamento.
Passe a chamá-lo de amigo, guardião, protetor e deixe o termo exu de lado. Mas lembre-se sempre de que isto se aplicará a esta entidade especifica desta imensa falange de Tronqueiras na qual existirão outras entidades que serão ainda amorais e portanto, EXUS.

4- Quer dizer então que Tranca Ruas, Sete Encruzilhadas, etc, não são mais exus?
R: Nada disto! Estes nomes estão atrelados a FALANGES DE EXUS e a maioria das entidades que dão esses nomes são exus de fato. Apenas algumas entidades que ainda fazem parte dessas falanges alcançam ou alcançaram conhecimentos necessários para deixarem de agir amoralmente em todas as situações, normalmente por suas experiências e vivências com médiuns, espíritos e terreiros que primam por ensinar-lhes novos comportamentos, já dentro do que reza a doutrina de Umbanda. Se eles não receberem esses ensinamentos e, pior ainda, não os aceitarem, continuarão tão exus como originalmente se fizeram.
Perceba aqui a responsabilidade do próprio médium, dos espíritos que compõem o Corpo Espiritual do terreiro e dos dirigentes do terreiro na orientação espiritual das entidades mais terra a terra para que evoluam.
Lembra-se do que já dizia o Caboclo das Sete Encruzilhadas?
"Vamos aprender com os que sabem mais e ensinar aos que sabem menos."
Agora ... se se inverterem a ordem ...

5- Por que você diz que o senhor Zé Pelintra é exu?
R: Esta falange (assim com a das Marias Padilhas) é, originalmente, proveniente dos Catimbós onde são considerados Mestres. Como Mestres do Catimbó eles são originalmente AMORAIS e não se importam em fazer um bem a alguém ao mesmo tempo em que estão fazendo um mal a outrem, ou seja, comportamento semelhante ao do Exu africano e portanto dignos de serem apelidados de exus também.
Aliás, o próprio nome da falange (pelintra=pilantra) já nos leva a estas considerações.

6- Mas este nome - Pelintra - não veio de um nome de família - Phelintra?
R: Sobre este personagem o que mais existem são estórias e estórias, cada um contando da maneira que ouviu, ora incluindo algo, ora excluindo algo ...
Em verdade mesmo, ninguém sabe quem foi este personagem. O que existe são suposições que acabam virando "verdades" para alguns que passam a espalhá-las como se outras "verdades" não existissem.
Já ouviu falar da DITADURA DAS SUPOSIÇÕES?
Ninguém sabe realmente se o Pelintra original se chamava Phelintra ou como dizem outros: "era conhecido como José de Aguiar, Chapéu de Couro, José de Santana.
Alguns juram que era José Emerenciano seu nome verdadeiro, outros que era José dos Anjos.
Quanto à sua morte então, poderemos encontrar referências a:
a) Morre calmamente no interior;
b) Morre  de emboscada;
c) Morre numa luta honesta.
Mas o pior é que para ser Mestre teria que ser Encantado, e um Encantado, pelo conceito que leva a palavra, "nunca morreu". Pelo contrário, precisaria ter desaparecido da face da Terra de uma forma sobrenatural.
Quanto à sua personalidade, para uns era mulherengo e brigão, para outros era proxeneta que vivia às custas das "meninas", para outros era trabalhador honesto do cais do porto ...
Como nada disto realmente é provado ou importa, mas sim o comportamento de cada entidade que por este "nome" se apresenta, importante é que se diga que  "seguro morreu de velho e prevenido está vivo até hoje".

7- O que você teria a dizer desses exus que falam palavrões, bebem litros de cachaça?
R: Tenho a dizer é que SÃO EXUS. E por serem-no agem de acordo com seus princípios e formas de ver a espiritualidade e, além disto, usam desses artifícios como formas de impressionarem suas platéias, em grande parte normalmente ávidas por esses fatos.
Tenho a dizer que, em termos de comportamento, esta é a essência dos espíritos que realmente merecem este apelido - EXU!

8- É verdade que Pomba Gira pode levar uma menina a virar prostituta?
R: A verdade é que exu e pomba gira, por suas formas de atuação, ativam plexos nervosos diretamente ligados à sexualidade e que isto pode levar a pessoa a um desequilíbrio para este lado SE ela já tiver esta tendência nata. Neste caso, se esta ativação for proposital por parte da entidade, cria-se um processo obsessivo como qualquer um outro que deve ser tratado com a atuação, não só sobre a entidade que está agindo erradamente mas também sobre o/a médium (ou o/a atuada) para que assuma maior controle sobre seus ímpetos.
Aprendíamos antes e era fato, que em casos como este se buscava tirar o exu ou pomba gira "da frente" (frente da guarda mediúnica) do médium, ao mesmo tempo em  que se buscava trazer para esta posição alguma outra entidade mais equilibrada, menos amoral, digamos assim. E chegavam a acontecer problemas quando o/a atuado/a sentia falta dos impulsos sexuais (e outros) a que estava acostumado/a antes porque isto voltava a sintonizá-lo/a melhor com o exu ou a pomba gira que, não raramente, voltava a assumir a chefia mediúnica. Em outras palavras, o/a próprio/a atuado/a "chamava para junto de si a entidade que lhe instigava os instintos.

9- Exu ou Pomba Gira podem ser donos de cabeça na Umbanda?
R: Na Umbanda NÃO!

10- Por que se diz que exu não pode ficar de frente na coroa?
R: Na UM-BAN-DA não pode mesmo porque exu é uma Linha Espiritual AUXILIAR, agregada e, como já visto antes, composta por falanges de espíritos em sua maioria amorais e de pouco conhecimento sobre princípios evolutivos, ou seja, de curta visão espiritual a despeito de muito conhecimento que possam ter sobre os princípios de vida material.
Se exu ou pomba gira estiverem à frente na coroa de um médium, o certo é (como nos foi ensinado desde muitos anos atrás) que se trabalhe no sentido de afastá-los desta posição para que ESPÍRITOS GUIA DE FATO possam assumí-la.
Já para outros cultos, aqueles que não se preocupam com evolução espiritual do médium e das entidades e que pretendem entender que "é assim porque deve ser ou porque sempre foi", aí a pregação é outra e exu vira até "orixá de coroa".

11- Mas por que exu toma a frente das cabeças de alguns?
R: Vários podem ser os motivos e dentre eles podemos citar as inclinações morais e comportamentais do indivíduo que acabam atraindo para si espíritos que com eles se assemelhem em idéias e gostos, incluindo-se aí até dívidas de vidas passadas que possam estar sendo cobradas nesta com o médium tendo que carregar consigo o espírito exu para que ambos evoluam juntos.

12- E por que, se não for um caso de cobrança, os outros espíritos não brigam pelo médium?
R: Pelo que se sabe os espíritos mais evoluídos não costumam "brigar" pelo médium, primeiro porque isto não está em suas naturezas e segundo porque estariam atuando sobre o livre-arbítrio deste que, pensando e agindo semelhantemente a exu, acaba se sintonizando melhor com esta banda ao mesmo tempo em que bloqueia a atuação natural de outras vibrações mais leves, digamos assim.
Lembra-se do seu radinho FM? Pois é! Depois que você acerta direitinho a freqüência de uma determinada estação, só entra ela e nenhuma outra mais consegue interferir em sua recepção, percebeu? E com um agravante para o caso de exus e pomba giras: eles existem nas faixas vibratórias mais fáceis de serem sintonizadas pela própria natureza humana. E como tendem a quase sempre estarem mais por perto ... passar por eles pode vir a ser até bem difícil para entidades menos densas, visto pelo lado do padrão energético em que vivem ou vibram.
Aliás é bom lembrar que essa crença de que o exu de Umbanda é tão intermediário ou mensageiro quanto o exu de nação, vem exatamente deste fato pois, como entidade mais ligada ao plano material (mais densa), pode até barrar, tanto as comunicações da matéria para o astral como de modo inverso se a ele forem dadas possibilidades de ação total.

13- Você tem certeza de que exu e pomba gira não esgotam os impulsos sexuais equilibrando o médium neste sentido?
R: Pelo que conheço desta banda posso lhe afirmar que não esgotam e sim ativam naturalmente os instintos. Aliás, não só instintos sexuais mas também outros que estejam em consonância entre ambos - entidade/médium - sejam eles da natureza que forem.
Essa é mais uma característica que aproxima ou assemelha o exu de Umbanda/Quimbanda ao próprio exu de nação que a traz em si também por se tratar de uma "divindade" ligada diretamente à sexualidade.
É importante que se entenda de uma vez por todas que qualquer entidade que INCORPORE VERDADEIRAMENTE um médium, deixa de si nele impressões energéticas que estejam em acordo com sua própria natureza em cada uma das vezes que vem à Terra. Desta forma, se o médium conseguir só incorporar entidades de luz verdadeiras, acabará sendo levado a agir, instintivamente, semelhantemente a essas entidades; se só der cabeça para entidades desequilibradas também ocorrerá nele este desequilíbrio mais cedo ou mais tarde, exatamente porque sempre lhe restarão, após as incorporações, os "sinais energéticos" de quem com ele mais criou vínculos.
Aliás, você nem precisa analisar pelo lado espiritual para entender o que lhe digo.
Numa analogia, repare que se duas pessoas encarnadas começarem a andar sempre juntas; a partilharem dos mesmos gostos e eventos; estando em grupo ou não, partilharem até das mesmas idéias, mais cedo ou mais tarde estarão tão parecidas (comportamentalmente) que uma parecerá o duplo da outra.
A que se deve isto?
Uma resposta está no campo da psicologia e outra no campo das interações energéticas. É neste segundo campo, principalmente, que as semelhanças comportamentais médium/espírito se dão.


14- Existe uma corrente de pensamentos que define exu como "nosso ancestral". O que você teria a dizer sobre?
R: Bem, se pensarmos que a palavra ancestral se refere a nossos antecessores, até podemos dizer que sim. Afinal, se estão "do outro lado da vida" é porque já viveram aqui antes, ou seja, NOS ANTECEDERAM neste planos em que vivemos. Mas se pretendermos dar a conotação de antepassados familiares a esse "ancestral", aí qualquer coisa que se diga será PURA HIPÓTESE, a não ser que se estude caso a caso e se chegue a esta conclusão em alguns deles. Alguns, veja bem, e nunca em todos necessariamente.


15- Por que alguns exus pedem menga (sangue) em alguns casos e outros quase sempre?
R: Como já tive a oportunidade de dizer aqui mesmo, os espíritos exu têm conhecimentos e compreensões relativos ao nível evolutivo espiritual em que se encontram. Se a certas entidades desta Linha não foi dada a chance de aprender a trabalhar diferente eles estarão sempre envolvidos com as mesmas técnicas ou táticas que aprenderam nos grupamentos em que se inseriram e, desta forma, dependendo do espírito que se apresente como exu, poderá pedir mais ou menos menga para resolver isto ou aquilo pelo fato de ser este o tipo de ensinamento que recebeu.


18- Não são kiumbas ou rabos de encruza por pedirem menga?
R: Se for para atazanarem a vida de alguém (ainda que isto possa ser colocado na conta da amoralidade como vimos no Itan em que exu cria a briga entre amigos) nem precisam pedir menga para serem considerados kiumbas ou rabos de encruza. No entanto, podem estar pedindo a menga para salvar uma vida já que esta é a técnica que conhecem para tal e, neste caso, não podemos considerá-los kiumbas.


19- Você cortaria um animal para salvar uma vida humana?
R: Se e somente SE isto fosse a única forma de fazê-lo, sim. No entanto, pelo que já vivi e tenho como experiência, o corte nunca é a única forma de se salvar uma vida, a não ser que o trabalho tenha sido entregue diretamente a um espírito exu que, como já disse, tem esta prática como tática padrão a ser executada para estes fins. Como para um caso como este nunca entrego diretamente a um exu, quando ele é "chamado ao palco" por necessidade, o é através de uma entidade de maior compreensão e visão espiritual à qual, esta sim, eu entrego o problema.
Como já tive a oportunidade de escrever aqui neste blog mesmo, nunca tive necessidade de matar qualquer animal em defesa da vida de qualquer um. Entregar na mata ou na encruza, sim. Mas, "vivinhos da silva".
E vou aproveitando a oportunidade para também explicar que nem sempre nos é dado o direito de "salvar uma vida" conforme entendemos (não somos deuses e nem representantes deles na Terra, lembre-se disto) e que nestes casos, se estivermos bem vinculados a entidades de maior visão espiritual, seremos avisados disto antes que qualquer "trabalhinho" seja ordenado neste sentido. Se prosseguirmos será por conta própria e assumindo todas as conseqüências dos pactos que viermos a fazer.


20- E o que esses "pactos" podem trazer de conseqüências?
R: Nos casos em que somos avisados de que "não devemos meter a mão" porque esse é o destino do encarnado, ao tentarmos mudá-lo estaremos, em princípio, nos intrometendo em algum processo de efeito de alguma causa. Quando interferimos diretamente, seja numa cobrança espiritual validada pelos espíritos, seja num processo natural em que o espírito precisa se desprender da matéria, criam-se vínculos energéticos entre o moribundo e nós mesmos de tal monta que parte de seu destino relativo àquele momento é por nós absorvido.
Em outras palavras, ele receberá de nós energias que possivelmente o salvarão (por quanto tempo já que seu destino estaria traçado?) ao mesmo tempo em que nós receberemos dele parte das energias que o fazem esmorecer, seja qual for a tática utilizada para "salvá-lo", inclusive o uso de menga.
Ainda que não sintamos imediatamente a ação destas energias, elas não se desfazem  em nossas Auras e permanecem ali como doenças estacionárias que poderão eclodir de uma hora para outra, trazendo-nos doenças do tipo degenerativas (das que vão nos consumindo ao poucos) e em alguns casos até mesmo nos levando pelos mesmos caminhos dos que "salvamos da morte".
Um sinal claro disto você poderá observar se vier a conhecer alguns "sacerdotes" que muito lidaram com este tipo de ações sem dar ouvidos aos avisos de que não era  para se meterem. O que acaba acontecendo quase sempre é que vão adquirindo doenças, principalmente ósseas, nervosas (incluindo-se aí diabetes não congênitas ou por herança familiar) e outras que lhes vão consumindo pouco a pouco a vitalidade.
Observe que estou falando de doenças que o "médium salvador" nem deveria carregar consigo, ok?


21- Mas essas energias não podem ser retiradas pelos protetores do médium para que ele fique são?
R: Lembre-se de que estou dizendo que ele foi avisado e não deu ouvidos aos avisos assumindo de vontade própria as conseqüências de seus atos e absorvendo para si, como parte de seu carma, parte das doenças (energias conflitantes) que os "salvos" levavam consigo. Nestes casos houve o livre arbítrio ou, conscientemente ele assumiu e  "comprou" parte do carma ou dos carmas dos que ajudou a aliviar.
Em outras palavras ainda: Este foi o pacto que assumiu ao dar mais tempo na Terra a quem já deveria ter partido.
Você não precisa acreditar no que lhe digo, é claro. Mas se conhecer algum "salvador de almas moribundas", principalmente daqueles que alardeiam que "tudo podem", acompanhe sua trajetória e veja por si.


22- Mas o que fazer se alguém nos procura quase à morte, então?
R: Você tem espíritos que o acompanhem de fato? Não são criações de seu inconsciente? Pois então, entregue a eles a tarefa e deixe que tomem as medidas que forem possíveis e necessárias, envolvendo-se emocionalmente o mínimo possível com o caso porque o emocional é um dos caminhos pelos quais mais absorvemos os males de outros.
Se o paciente vier a falecer, não se culpe ou culpe aos espíritos porque, mesmo eles sabendo que nada poderão fazer (se for o caso), tendo-o avisado ou não, não deixarão de dar amparo psicológico e pelo menos tentarão fazer com que a passagem se dê de forma o mais amena possível, sendo este o verdadeiro trabalho de caridade para casos assim.
Avise antes aos familiares que espíritos e médiuns não são deuses milagrosos e fazem o que é possível, para que não arrumem depois uma forma de culpá-lo e aos espíritos pelas esperanças que possam lhes ter dado ou que entenderam estarem sendo dadas no momento em que aceitaram "dar cobertura" ao moribundo.
Pode ter certeza de que SE o destino do aparentemente moribundo não for a passagem para outros níveis, nas mãos de entidades amigas eles se restabelecerão.
Importante também é dizer aqui que em caso de restabelecimento, não tome para si os louros da vitória e passe a achar que poderá obtê-la em todos os casos possivelmente vindouros porque você poderá se prejudicar e muito com isto.


23- Por que exu é firmado na tronqueira e não no Congá como os outros "santos"?
R: Em princípio pela similitude que lhe deram com o Exu africano que além de mensageiro é guardião dos caminhos e entradas. Lembre-se de que desde que apareceram nas Macumbas, os exus espíritos eram tidos como Povo da Rua, das Encruzas, de forma que são firmados perto da rua também por causa desta compreensão.


24- Mas não é por segurança do Terreiro que assim se procede?
R: Não deixa de ser. Mas não vá atrás da hipótese "indiscutível" de que se houver tronqueira bem firmada kiumba não entra porque isto é apenas parte da verdade.


25- Minha filha de 15 anos tem estado com um comportamento estranho e, temendo algo mais sério, levei-a a um Terreiro onde fui informada de que "ela estava com a pomba gira de frente" e que deveria ser tratada para que não acontecesse algo pior. O que isto significa e o que pode acontecer?
R: Veja bem  de forma adulta e sem criar alardes.
Éramos ensinados e víamos amiúde que quando uma entidade verdadeiramente em terra dizia isto: "ela está com pomba gira de frente", já significava claramente que já não era mais virgem e que os instintos sexuais estavam exacerbados por seja lá o motivo que fosse.
Sabe o porquê disto?
Porque pomba gira (assim se aprendia) não se achegava a meninas virgens mas somente às que já teriam tido uma ou mais experiências sexuais e, por instinto, as procurassem mais ainda.
Naqueles tempos era "bater e valer"! A mamãe nem sabia mas a filhinha já tinha tido sua primeira experiência e, claro, não iria dizer em casa. E se a pomba gira já achegada se mantivesse "de frente", o menor mal que poderia acontecer seria uma gravidez indesejável pois, como já disse lá em cima, tanto pomba gira quanto exu ativam os instintos sexuais (se atuarem sozinhos, sem outros controles), principalmente se a pessoa já tiver tendência a responder facilmente a estes estímulos.
Repare, lembrando-se naturalmente e deixando de lado as autocríticas ou críticas ao alheio baseadas em princípios anti-sexuais com que o/a possam ter doutrinado, que todos nós, quando iniciamos nossas experiências sexuais lá na adolescência, tendo sido este início prazeroso (caso contrário esqueça), em princípio tendemos a querer repeti-las o mais amiúde possível - isto é instinto e faz parte do animal que todos somos em origem - sem nem mesmo nos preocuparmos com as conseqüências de um possível exagero. Este fato nos fazia, ou buscar mais sexo ou partirmos para o que chamavam de "sexo solitário", lembra-se? Aquelas práticas que diziam até que provocava inúmeras "doenças" e até "loucuras"?
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Espero estar me comunicando com pessoa adulta e sem medo de tocar em assuntos que para alguns ainda são tabus!
Pois muito bem, calminha aí com o que vai ler.
Pomba gira, em sua essência original, excetuando-se as que foram umbandizadas e já não estão nos mesmos planos das originais, "se nutrem" basicamente da energia desgastada em experiências sexuais e através delas se mantém em seus corpos densificados. Daí um dos porquês de incitarem os instintos sexuais em pessoas  menos guarnecidas e se encostarem nelas e muitas vezes neles.
Em resumo e para que eu não tenha que entrar em mais pormenores que hoje parecem ferir as suscetibilidades tão afloradas, se a entidade que lhe deu este diagnóstico é realmente uma entidade "firme em terra", atenda-a para seu próprio bem e, principalmente o de sua filha, sem crises neuróticas que façam com que sua filha acabe se afastando mais ainda de você. Essa entidade sabe muito bem o porquê de lhe ter dito isto e muito certamente saberá como conduzir o tratamento espiritual para o caso.


26- Eu, heim! Minha pomba gira nunca me incitou ao sexo!
R: Aleluia, minha irmãzinha, aleluia!! Vamos dar graças ao senhor, já que você tem certeza disto,  porque "sua" pomba gira (ou "seu" exu) já apareceu em sua banda (em seu carrego espiritual) de forma umbandizada, como chamo, e isto é muito bom!
Mas não vá atrás da ideia de que todas as outras são exatamente iguais à "sua" porque muitas delas, ao chegarem com seus médiuns aos terreiros de Umbanda, ainda que já se apresentem como protetoras, trazem consigo os instintos naturais que animam talvez ainda a maior parte dos espíritos que assim se apresentam. E não é só porque "baixam em terreiros de Umbanda" que já são todas umbandizadas não! "Baixar" num terreiro de Umbanda pode ser ainda o primeiro passo para que venham a se umbandizar um dia.


27- Mas o terreiro e seus guardiães deixam um médium frequentar suas giras sabendo-se que a pomba gira ou o exu desse médium não estão ao nível da Umbanda que se prega?
R: E por que não? Acaso os terreiros de Umbanda são palcos em que só desfilem baluartes da espiritualidade? Se você pensar sempre assim vai se arrepender ...
Fique sabendo que em um verdadeiro terreiro ou centro de Umbanda, desde que as intenções dos médiuns que lá se apresentem sejam aquilatadas pelas entidades guardiãs como boas, positivas, seus carregos espirituais, sejam de que origem forem, serão bem recebidos e receberão, se os médiuns não atrapalharem, ensinamentos que os igualem em conhecimentos e objetivos aos padrões da CASA.
Por que os terreiros deveriam marginalizar um exu ou pomba gira que ainda não tivessem alcançado níveis evolutivos, compreensões e conhecimentos adequados aos trabalhos que lá se desenvolvem? Onde estaria a caridade, neste ato, para com esses espíritos?
O que não pode e não vai acontecer é, logo de início, um espírito ainda desajustado dos padrões, sair dando consultas e impondo os seus princípios e "sabedorias" nada compatíveis com o todo, isto sim. E o que vai acontecer, em caso de UMBANDA DE FATO E DIREITO, é o fato desses espíritos ainda não ajustados irem recebendo informações e ensinamentos dos responsáveis pela chefia espiritual e se ajustando às formas de trabalho, doutrinas e conhecimentos em prol de uma verdadeira caridade, ou seja, irão se umbandizando, mesmo que aos poucos, até entrarem em sintonia total com a Banda onde se fixaram.


28- E sobre esses terreiros que se dizem de Umbanda em que exus falam palavrões, cospem no chão, tratam as pessoas como cachorros ... O que você teria a dizer?
R: Complicado isto, viu?
Em primeiro lugar, exu falar palavrão, cuspir no chão e tratar pessoas como cachorros, em princípio não é nada anormal enquanto estivermos falando de VERDADEIROS EXUS ou aqueles que merecem o apelido de EXU, por serem estes amorais em suas origens como já se explicou, e para eles estes comportamentos serem compreendidos como perfeitamente normais. É a forma natural que eles conhecem de se comunicarem sem considerarmos as hipocrisias que retumbam em torno destes personagens.
Quanto a isto que você relata acontecer num terreiro de UMBANDA DE FATO, pode-se dizer que é extremamente difícil, quiçá impossível porque, como expliquei antes, as entidades exus, quando adentram a UMBANDA DE FATO, têm que receber orientações da chefia espiritual da Casa e só devem ter contato com o público DEPOIS que adquirirem um bom nível de sociabilidade, o que envolve o conhecimento de regras de moralidade que estarão obrigados a praticar.
Se você foi num lugar destes em que os exus assim agem, pode ter certeza de que este lugar pode praticar tudo menos UMBANDA, porque na Umbanda a caridade começa exatamente na socialização dos espíritos que, por suas origens, estão desconectados destes conceitos.


ENCERRANDO .... POR ENQUANTO!

domingo, 13 de novembro de 2011

EXU na Umbanda o Grande Mistério. Um Mistério? PARTE V



PEDINDO AGÔ, ANTES DE QUALQUER COISA, MAS, interessante a figura acima, não?
Não lhe dá uma sensação de coisa misteriosa, lúgubre, poderosa e até mesmo infernal?

Não lhe passa uma idéia de que possa representar uma entidade cheia de mistérios não desvendáveis ou apenas desvendável por quem a tem por companhia ou foi capaz de tal feito?

No entanto posso lhe afirmar que é apenas uma representação criada e montada por mim a partir de uma figura que roda na Net e a superposição de um gif animado para criar a sensação de que a "entidade" está no meio do fogo ou "possui plenos poderes sobre este elemento". Enfim, é apenas uma figura que se cria e se espalha e que muitas vezes passa a infestar a mente de muito humanos como se ela fosse a própria realidade.

Não o fiz, mas se tivesse dado um nome a essa "entidade", como por exemplo Exu Pinga Fogo (pra sair das mesmices atuais), não tenho a menor dúvida de que, se repetida em vários sites, ela passaria a representar o já meio esquecido Exu Pinga Fogo (maleime). E também não tenho a menor dúvida de que, com o passar dos tempos, o reforço e a continuidade desta crença sem constatações, haveria até quem discutisse defendendo a ferro e fogo a tese de que o senhor Pinga Fogo se apresenta exatamente assim como na figura.

Se a partir desta figura eu criar uma ou algumas lendas sobre seus "poderes incontestáveis", sobre alguns de seus "milagres constatados" (por quem não importa), sua capacidade de ser amigo de quem é seu amigo e inimigo de quem é seu inimigo ... não tenha a menor dúvida de que o senhor Pinga Fogo sairia do ostracismo (não total) em que se encontra e iria disputar com Tranca Ruas e Tata Caveira (hoje em dia os mais falados), o posto de Exu principal na "cabala umbandista", quiçá "quimbandista".

Em outras palavras, íamos  começar a ver muito mais "médiuns" dando cabeça para Pinga Fogo do que vemos hoje.

Esta é uma das formas de se criarem MITOS e esses se enraizarem no psiquismo grupal a ponto de se criarem fanáticos defensores de causas e teses que não conhecem a fundo mas apenas por ouvirem falar!

Assim como criei uma imagem para exaltar uma entidade ou falange, criar mitos e lendas não é nada difícil. Difícil mesmo é conscientizar a muitos que esses mitos e lendas (que quando sérios têm no máximo a intenção de exaltar algumas características conhecidas) não podem virar fundamentos para que mais mitos mistérios e lendas se criem em torno de, seja uma entidade, uma falange ou mesmo de uma Linha de trabalho, porque as pessoas começam a levar ao pé da letra cada palavra, cada imagem, cada conto, como se realidades fossem e, para se desfazer esta "realidade" depois ...

O pior desta situação é que é aí mesmo que "mora o perigo" ou parte dele.

Como os nomes Pinga fogo, Tranca Ruas, Sete Encruzilhadas, Barabô (ou Marabô), etc, são nomes de falanges (grupos, escuderias) e não de espíritos particularmente, assim como em todos os grupos que se reúnem na matéria, nunca se sabe profundamente como funciona a cabeça de cada um deles ou quem foram na realidade, como já vimos, e qualquer lenda ou "história" que se escreva sobre um dos que assumem esses nomes, ainda que possa ser verdade, será relativa a apenas UM MEMBRO DA FALANGE e nunca a todos os outros, de forma que se eu, por exemplo, tiver ao meu lado um espírito que tenha sido um mago tibetano e que se apresente hoje como Exu do Lodo, isto nunca vai querer dizer que todos os Espíritos Exus que se apresentem como Exu do Lodo tenham sido tibetanos ou sequer magos, inclusive.

Obter as características pessoais das entidades que se apresentem por você será sempre uma possibilidade que terá, ou não, de acordo com o bom entrosamento que haja entre você e elas e, principalmente delas quererem, ou não, lhas repassar.

Aliás, é sempre bom lembrar que quando uma entidade se enaltece muito, dá muitas "dicas" sobre quem foi, principalmente se colocando sob títulos pomposos, CUIDADOOOOO!

Não há caminho mais fácil para se  deixar um humano encarnado debaixo dos pés, se babando todo de vaidade, do que o método de fazê-lo crer que tem junto de si um rei, uma rainha, um "supermegablaster" destruidor de inimigos, um mago que deixaria Merlin ao nível de Madame Mim e até, por que não dizer, um deus que comande todos os exércitos da terra ...

Oh, como isto fascina!

Aliás, falando-se em fascinação, para não me dar muito trabalho de ter que explicar a importância do conhecimento sobre este aspecto, vou lançar mão de ensinamentos trazidos pelos espíritos a Alan Kardec que, mesmo tendo sido passados no século 19, nunca foram observações tão atuais e dignas de serem ensinadas aos mais novos na Umbanda LEAL e SINCERA!

Observe pelo texto e suas observações "em campo" (locais em que possa avaliar), como podem haver por aí médiuns se iludindo, com espíritos e "suas doutrinas" por conta do que vem abaixo:

Livro dos Médiuns CAPÍTULO XXIII, da Obsessão

"Fascinação

239. A fascinação tem conseqüências muito mais graves. É uma ilusão produzida pela ação direta do Espírito sobre o pensamento do médium e que, de certa maneira, lhe paralisa o raciocínio, relativamente às comunicações. O médium fascinado não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste e de compreender o absurdo do que escreve, ainda quando esse absurdo salte aos olhos de toda gente. A ilusão pode mesmo ir até ao ponto de o fazer achar sublime a linguagem mais ridícula. Fora erro acreditar que a este gênero de obsessão só estão sujeitas as pessoas simples, ignorantes e baldas de senso. Dela não se acham isentos nem os homens de mais espírito, os mais instruídos e os mais inteligentes sob outros aspectos, o que prova que tal aberração é efeito de uma causa estranha, cuja influência eles sofrem.

Já dissemos que muito mais graves são as conseqüências da fascinação. Efetivamente, graças à ilusão que dela decorre, o Espírito conduz o indivíduo de quem ele chegou a apoderar-se, como faria com um cego, e pode levá-lo a aceitar as doutrinas mais estranhas, as teorias mais falsas, como se fossem a única expressão da verdade. Ainda mais, pode levá-lo a situações ridículas, comprometedoras e até perigosas.


Compreende-se facilmente toda a diferença que existe entre a obsessão simples e a fascinação; compreende-se também que os Espíritos que produzem esses dois efeitos devem diferir de caráter. Na primeira, o Espírito que se agarra à pessoa não passa de um importuno pela sua tenacidade e de quem aquela se impacienta por desembaraçar-se. Na segunda, a coisa é muito diversa. Para chegar a tais fins, preciso é que o Espírito seja destro, ardiloso e profundamente hipócrita, porquanto não pode operar a mudança e fazer-se acolhido, senão por meio da máscara que toma e de um falso aspecto de virtude. Os grandes termos - caridade, humildade, amor de Deus - lhe servem como que de carta de crédito, porém, através de tudo isso, deixa passar sinais de inferioridade, que só o fascinado é incapaz de perceber. Por isso mesmo, o que o fascinador mais teme são as pessoas que vêem claro. Daí o consistir a sua tática, quase sempre, em inspirar ao seu intérprete o afastamento de quem quer que lhe possa abrir os olhos. Por esse meio, evitando toda contradição, fica certo de ter razão sempre."


Pois é! Tente você explicar para um fascinado que ele está cego, inventando ou seguindo teorias sem base, criando deuses e divindades, mistérios onde não existem, dogmas para esconder o que não sabe explicar ... !


Simplesmente não dá. O máximo que se pode fazer é deixar as sementes plantadas e esperar que em algum dia elas tenham a capacidade de florescer em terras tão áridas, e rezar ao mesmo tempo para que essas mesmas sementes possam servir de alerta para os casos de outros que possam estar indo pelos mesmos caminhos, dando-lhes, desta forma, a oportunidade de repensarem sobre seus atos e possíveis "viagens mentais" que possam estar assumindo como "verdades".


Sobre os Espíritos Exus que, volto a dizer (a despeito de saber estar quebrando muitas fascinações), são Espíritos como quaisquer outros, com todos os acertos e defeitos de muitos de nós que ainda estamos aqui dentro da matéria, alguns buscando evolução, outros não, também como nós que aqui estamos, vou findando por aqui, deixando aberto, no entanto, o espaço para que qualquer um faça seu comentário, venha tirar outras dúvidas ou até mesmo complementar o já exposto por seus conhecimentos.


Só não me venham com essas "viagens" de que Exu manobra os átomos da criação, que é o "dono dos misteriosos mistérios da humanidade", controla o tempo através das eras, o ar, o fogo, a terra e a água porque além disto não proceder, fica claro que quem assim pensa não passa de mais um fascinado ou exumaníaco, com todo o respeito que devo e presto a esses amigos que desde há muito deveriam ser cognominados por outros vocábulos como GUARDIÃES, PROTETORES, AMIGOS DO PEITO e até mesmo por COMPADRES E COMADRES, como também já foram chamados, deixando-se o vocábulo EXU de lado, para uso apenas pelos manos dos cultos africanos.


Seria bom que você, se ainda não leu, acessasse este link : EXUMANIA e raciocinasse mais um pouco sobre  o que veio lendo até agora!


FIM DA MATÉRIA ... 

Mas até quando?

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Clique no título DIVULGAÇÃO DE TERREIROS e informe-se pela matéria sobre como fazer este tipo de CARIDADE.


Vamos! ANIME-SE!


MOSTRE QUE VOCÊ ACREDITA NO QUE FAZ E AJUDE A QUEM PRECISA!!!

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E veja também em PUBLICAÇÃO DOS LIVROS IMPRESSOS como poderá adquirir os Livros da Série UMBANDA SEM MEDO, agora também impressos pelo AGBOOK, se for de sua vontade.


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Os links para acesso direto aos livros em formato MP3 já estão disponíveis na coluna ao lado do texto tema.
Precisando baixá-los, é só ir clicando em cada link e depois seguir o que determinam as páginas do 4Shared.


Mais uma vez nossos agradecimentos ao senhor Marcos Fernandes que nos brindou com esta possibilidade!

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

EXU na Umbanda o Grande Mistério. Um Mistério? PARTE IV

Antes ainda de dar continuidade a este tema, abro aqui um parêntese para indicar que leiam (apenas os que são sedentos por aprendizagens de valor) as matérias destes dois links no Blog do amigo Edenison "UMBANDA APRECIE COM MODERAÇÃO"

LINK 1 - Puxada, ou quando a corda não precisa carregar caçamba extra - I

LINK 2 - Puxada, ou quando a corda não precisa carregar caçamba extra - II

Este tipo de trabalho que alguns chamam de "transporte", que é efetivo, de resultados quase que imediatos (imediatos em muitas ocasiões), inserido nas práticas auxiliares da UMBANDA e ao mesmo tempo tão temido por uma boa ala umbandista, está sendo exposto após debatido em Comunidade do Orkut  (Umbanda sem Medo) por vários membros ali citados, de uma forma bem acessível, com algumas explicações que certamente ajudarão, e muito, tanto aos iniciantes quanto aos mais antigos a entenderem um pouco mais do mecanismo utilizado, bem assim como sobre os cuidados a serem levados em conta para esta prática.

Leiam, comentem ou perguntem, lá mesmo, mais alguma coisa que pretendam saber sobre PUXADAS/TRANSPORTE.

Gostaria de dizer também que graças a um de nossos acompanhantes, o senhor MARCOS FERNANDES, que teve imensa paciência e vontade de colaborar, estão disponíveis para DOWNLOAD gravações de áudio dos três primeiros livros da série UMBANDA SEM MEDO nos LINKS QUE SE ENCONTRAM AO LADO DO TEXTO PRINCIPAL, bem abaixo do quadro de ACOMPANHANTES DO BLOG.


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Ao senhor Marcos Fernandes, meus sinceros agradecimentos e, tenho certeza, de todos aqueles que por algum motivo necessitarem ouvir os textos.

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CONTINUANDO ENTÃO ...

Infelizmente, creio eu, para alguns, Espíritos Exus (OS APELIDADOS DE) são, como todos os outros, apenas ES-PÍ-RI-TOS, podendo pertencer tanto ao gênero humano quanto ao elemental, mas espíritos e não deuses, orixás, senhores do sobrenatural, etc.

Como por seus apegos à matéria permanecem em planos vibracionais bastante densos, próximos ao Plano Físico, a matéria astral que compõe seus corpos tende a ser densa, condensada, e, por isto mesmo, a exemplo de outros mais densos ainda e de menor nível evolutivo espiritual, têm uma certa facilidade de acesso, de tangência à matéria física de que somos formados e, desta forma, no caso de não se tratarem de Espíritos Exus Coroados ou Batizados SOB O PONTO DE VISTA DA UMBANDA (ponto de vista este que não é de agora e sim de muitos e muitos anos atrás), sendo amorais portanto, costumavam (e costumam ainda, infelizmente, por uma certa casta de humanos tão ou mais amorais que eles) ser buscados para trabalhos de "baixo-espiritismo" com efeitos mais rápidos. Também por esta facilidade de acessar a matéria física são contatados mais facilmente pela mediunidade, bem assim como podem dominar seus médiuns mais facilmente quando em processo de incorporação.

Pelas afirmativas acima explica-se o porquê de ser tão mais fácil "dar-se passagem" a espíritos desta categoria, deste nível evolutivo, do que a "Medalhões do Astral" - os verdadeiros, porque o que tem de mistificador se passando por medalhão por aí, passando mensagens que não passam pelo menor crivo de razão e sendo "engolidos" pelo que apresentam de fachada e não pelo que são de verdade ...

A todos esses que julgam conhecerem profundamente quaisquer das personalidades que se apresentam como Exus ou mesmo que assim não se apresentem mas são Exus por seus comportamentos, ideais, objetivos, eu faria uma simples pergunta:

- Você tem certeza de que conhece profundamente seu ou sua filha? Seu marido? Sua esposa e até mesmo seu pai ou mãe?

Claro que não! Ninguém pode dizer, racionalmente, que conhece profundamente qualquer outro ser que esteja encarnado e que, inclusive, viva sob seu próprio teto diuturnamente. Se disser que sim está sendo, ou ingênuo demais ou hipócrita!

E se não podemos conhecer profundamente sequer os encarnados que podemos ver e tocar todos os dias, quem é que pode dizer que conhece perfeitamente "seu" Exu, Pomba Gira, que são difíceis de serem conhecidos e compreendidos a fundo como seres independentes que são, e também qualquer outra entidade espiritual que pense por si e aja de acordo com seus próprios princípios e idéias de realidade (livre arbítrio)?

Isso você até poderia apelar para dizer que é um mistério, só que não é "um mistério exu" mas sim um mistério da vida, embasado nos mais diversos tipos de personalidades que se formam ao longo da existência de cada um.

Como se aprofundar no conhecimento sobre um determinado ser?

Só mesmo o acompanhando nas mais diversas situações (quanto mais melhor), analisando o que fala, o que prega no dia a dia e, principalmente, se seus atos estão de acordo com o que fala e prega em todas as ocasiões ou se a pregação é uma e as atitudes são outras.

Será que se pode fazer isto em relação a qualquer entidade espiritual? Acho "um pouco meio muito difícil demais", se é que você me entende.

Vamos tratar a partir de agora de LINHA ESPIRITUAL ou só LINHA a todos esses grupamentos de Espíritos que se enquadram na categoria de EXUS que, da mesma forma que Caboclos e Pretos Velhos, trabalham em falanges com diversos nomes, atraídos que são por semelhanças e sintonias, da mesma forma que nós aqui, os encarnados, costumamos nos reunir em grupos que "tenham algo a ver conosco".

Você sabe como, em princípio, criam-se diversos grupos de espíritos (falanges)?

Por assemelhação de intenções, de idéias, de forma de agir e reagir, de entender isto ou aquilo pela forma que aprenderam, e, dessa forma, por essas semelhanças, se criarem as amizades que os fazem trabalhar em harmonia uns com os outros ...

É da mesma forma que se juntam aqui em grupos, pessoas de mesma religião, que torcem por um mesmo time, que costumam se reunir para aquela cervejinha todos os dias a uma determinada hora e num mesmo local e que, a partir dessas semelhanças e reuniões, passam a conviver mais profundamente uns com os outros e até mesmo a criarem objetivos para o grupo, como nos casos em que se formam clubes sociais de amigos, times de futebol (ou outro esporte qualquer) para disputas entre amigos, podendo acontecer também daí as formações de pequenas empresas, cultos e até quadrihas criminosas se o pessoal for "da pesada".

Uma coisa é certa e deve ser OBSERVADA ATENTAMENTE: Nenhum espírito vai se unir a uma falange e, PRINCIPALMENTE ASSUMIR O NOME DELA se não tiver algo em comum com a filosofia/doutrina padrão desta falange. Isto não teria a menor lógica.

Ou você se sentiria à vontade unindo-se a um grupo religioso, por exemplo, que não tenha algo em comum com o que você tem como religião? Ou time? Ou idéias políticas? Ou a grupos em que os padrões de moralidade sejam muito diferentes dos seus?

Parou? Pensou bem sobre isto? Então continuemos.

Se você ainda não entendeu porque eu enveredei por estes caminhos vai perceber agora.

Repare que no início a LINHA dos ekuruns apelidados de exus dividia-se em diversas falanges que assumiam nomes como:  Tranca Ruas, Sete Encruzilhadas, Marabô, Tronqueira, Sete Covas e outros mais, e os espíritos que se apresentavam davam como "nome próprio" O NOME DESSAS  FALANGES sem que nenhuma delas demarcasse claramente os aspectos da personalidade de cada um desses espíritos ou mesmo da filosofia central da falange em si. O que os punha como EXUS eram suas idéias e comportamentos que, estes sim, demonstravam o quanto se assemelhavam ao descrito como Exu africano.

De uns tempos para cá formaram-se falanges com nomes como MALANDROS, MALANDRINHOS, PELINTRAS (esta adotada dos Catimbós) que, claramente, pelo nome que assumem, já apresentam, de cara, o tipo de formação e filosofia que têm como central, ou seja: a malandragem, a pilantragem, porque não me venha dizer que um espírito passa a se chamar de pilantra ou malandro ou se unir a uma falange destas SE NÃO HOUVER ALGO EM COMUM entre ele e os demais, como já vimos acima, pois ninguém o faria de boa vontade.

Não vamos dar uma de "mães enganadas" que mesmo vendo seus "queridos filhinhos ou filhinhas" aparecerem em casa quase sempre com uma roupa novinha em folha, tenis da onda, chegam em casa em altas horas e sempre em estado alterado de consciência (leia-se bêbado ou drogado), sem estudar às vezes, ou trabalhar quase sempre, continua achando que "É MUITO NORMAL", é "COISA DA ADOLESCÊNCIA" e "quando ele crescer" vai mudar tudo isto!


Se acontecer é EXCEÇÃO e não REGRA; e que se agradeça muito a DEUS por esta exceção.


Já diziam os mais antigos, com muita sabedoria: "Diga-me com quem andas [ou o que fazes, complemento eu] que te direi quem és!"


Da mesma forma que as "mães enganadas" procuram sempre alguma coisa que não as leve a encarar a realidade e tentam justificar todos os atos desregrados de seus filhinhos pelo fato de que assim agindo entenderem erradamente que "os estão amando acima de qualquer coisa", há muitos entre nós que, mesmo estando de frente a um espírito que se auto-intitule MALANDRO, PELINTRA (pilantra), só pelo fato de os "amarem", normalmente por algum ou alguns êxitos que através deles conseguiram obter, passam a entender que eles não têm defeitos, que são divindades e até orixás, como já vi comentarem.

Desde quando um grupo de ESPÍRITOS DE LUZ, VER-DA-DEI-ROS, assumiriam como grupamento e nome, estes acima citados ou outros que poderiam criar como Zé TRAFICANTE, Joâo DOIDÃO DE PEDRA, Chico ASSALTANTE ... o que cairia mais ou menos no mesmo nível dos Malandros, Malandrinhos e Pilantras?

O que os levaria a assumir estes nomes que revelam categorias de comportamentos não adequados, que eu não compreendo?

Você, de sã consciência, se for alguém de caráter e personalidade reta, criaria ou se uniria a um grupo que tivesse o nome de "BANDIDOS DO ALÉM", por exemplo? Será?

Mas, como isso pode voltar a insuflar a Pelintromania principalmente, é sempre bom lembrar que existe evolução, mesmo dentro dessas falanges e que alguns espíritos podem, muito bem, crescer espiritualmente:

a) na medida em que adquirirem compreensão de suas condições atuais;

b) na medida em que deixarem de ser amorais;

c) na medida em que passarem a entender e praticar a filosofia da Umbanda por terem-na aprendido estando em contato com outros espíritos já BATIZADOS NA BANDA e com dirigentes e médiuns que saibam que trabalham com estes espíritos para os alavancarem para cima e não para baixo e que não se deixam enfeitiçar pelos fenômenos que eles podem produzir por suas situações de adensamento de matéria, como já explicamos antes, fenômenos estes que acabam criando DEVOTOS E FANÁTICOS deslumbrados que daí pra diante, seja o que lhes for "ensinado" por seus ídolos, passa a ser "verdade irrefutável".

Foi por isto que expliquei, ainda na PARTE III deste trabalho, que podemos encontrar até espíritos de uma certa boa condição evolutiva em falanges como estas, até porque É POR SINTONIA TAMBÉM, que os espíritos se achegam a nós para trabalharem e, dependendo do médium ...

O que não se pode é, por esses espíritos já "umbandizados", avaliarmos todos os da mesma falange que só pelo nome já nos traduz a que vieram, dizendo por conseguinte, que os demais, por seus comportamentos, ou não existem (são médiuns mistificando) ou são kiumbas disfarçados, porque "a coisa" não é bem por aí não e os que destoam disto são justamente os "umbandizados" (iniciados e aceitos como tal na Banda, pelo menos). Os demais continuam pensando e agindo de acordo com o padrão da falange que é AMORAL, lembre-se disto.

O que se sabe é que os espíritos, na medida em que se modificam interiormente e passam a aceitar e praticar a doutrina/filosofia da Umbanda, tendem a abandonar antigas falanges (grupamentos) e se acertar com novas outras. Neste caso, ou abandonam também seus médiuns (se eles permanecerem estáticos em suas crenças) ou passam a trabalhar como se outros espíritos fossem com estes mesmos médiuns, ou seja, dando outro nome, agora da falange a que se uniram, ocasião em que fica parecendo para os médiuns que "outros Espíritos apareceram em sua guarda"
E se abandonam os médiuns é, principalmente, porque nunca foram GUIAS DE FATO e sim PROTETORES enquanto com eles estiveram.

Vem daí, exatamente, o ensinamento de que o espírito Exu, ao evoluir e se desprender de sua falange, deixa de ser um Exu (isto fica muito claro pelo que já foi explicado sobre o porquê serem chamados de exus) e passa para outras falanges (outros grupos), podendo vir com outros nomes, novos comportamentos e ideais....

E que falanges poderiam ser estas para as quais passariam os antes Exus?

Da mesma forma que antes se uniam por semelhanças de idéias e ideais (aqueles antigos e em acordo com suas compreensões anteriores) às falanges antigas, serão aceitos (ou se unirão) agora, em vista de tudo o que aprenderam sobre suas situações de ESPÍRITOS e também dos NOVOS OBJETIVOS que entendam estar em harmonia com seus jeitos de serem, em falanges nas quais melhor se adaptarem.

Levando-se isto em consideração, vemos que poderão adentrar a uma falange de Pretos Velhos, de Caboclos, de Oguns, de Xangôs, etc., LINHAS ESTAS de ESPÍRITOS TRABALHADORES e não DE ORIXÁS, como somos levados a entender pelos nomes a elas dados.

O que podemos observar então, por estas apreciações?

Que as diversas LINHAS de trabalho que atuam na Umbanda, também compostas de INÚMERAS FALANGES DE ESPÍRITOS, mantém nessas falanges espíritos de diversas categorias (inclusive ETNIAS) sendo muitos deles antigos espíritos Exus que, por terem evoluído, deixado de ser amorais, terem assumido novos e mais retos comportamentos, já podem assumir os nomes das falanges a que vão se unir e desenvolver novas formas de trabalho com isto.

Mas esta é apenas uma faceta da "coisa", porque mesmo dentro de LINHAS como de Ogum, Xangô, Oxossi, etc., ESTAGIAM diversos espíritos ainda em condição de EXUS, como auxiliares diretos dos que são de fato merecedores de suas posições dentro dessas LINHAS e suas FALANGES.

A gente quase não os nota como Exus porque, ou atuam por fora (sem incorporarem) no auxílio direto a este ou aquele espírito Ogum confirmado, ou, mesmo que incorporem, já não agem mais como Exus (bebendo marafo, ou sendo amorais...). Agem sim, como mais um elemento da falange a que estão unidos, fazendo entender aos mais preocupados com as exteriorizações e menos com as vibrações energéticas, que são tão Oguns como qualquer outro, se bem que por observações sem idolatrias, podemos muito bem diferenciar um "Ogum Ogum", de um Ogum metá Exu ou Ogum Cruzado como os chamamos, valendo a mesma nomenclatura, tanto para Xangôs (metá Exu ou Cruzados), Pretos Velhos (idem), Caboclos (idem), etc.

Daí eu repetir aqui que o simples fato de se estar em frente a uma entidade que dê um determinado nome (que é o da falange e não o dela) não ser segurança total de que se está em frente a uma entidade da Lei (já totalmente enquadrada na filosofia/doutrina da Umbanda). Podemos muito bem estar em frente a um metá, um cruzado ou ainda quimbandeiro estagiário, sem que estejamos nos dando conta disto, pelo acima exposto.

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Continua brevemente.

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