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terça-feira, 26 de junho de 2007

SAL GROSSO - O ETERNO DILEMA

Escolhi entrar por esse tema pelo fato de vê-lo, até com muita freqüência, ser discutido nos mais diversos grupamentos, na internet, sobre Umbanda, e com diversas opiniões, sendo umas embasadas em "tradicionalismos" outras em crenças totalmente sem fundamentos, algumas em usos próprios e outras ainda em medos também infundados.
Como sempre tento passar a quem lê meus textos, mais do que nunca a Umbanda tem que ir se livrando de certas crenças baseadas em "historinhas" e lendas que não suportam a mais leve avaliação séria, pelo tanto de lirismo (sonhos) e tentativas de imposição de idéias que trazem em seus âmagos.
O velho jargão que dizia :"Filho de fé não tem querer" tem de ser repensado sim, a não ser que todos pretendam permanecer na obscuridade de muitos "fundamentos" sem fundamentos que correm de boca em boca (tradição oral, lembram-se?) criados pelas mais diferentes mentes e suas fantasias.
Isso posto, vamos ao tema central.
Quando vemos debates em relação ao uso do Sal Grosso ou marinho em substituição aos banhos de ervas EXCLUSIVAMENTE COMO DESCARGA, percebemos, logo de frente, opiniões formadas por simples cópias de opiniões alheias - aliás, em se tratando de internet, o que mais se vê em alguns sites é o uso das teclas Crtl+C e depois a Crtl+V (cópia e cola) sem que nem mesmo os copiadores se dêem conta de que podem estar copiando algo totalmente divergente de suas próprias crenças, como o caso de um site que se pretende africanista (existe mesmo), que afirma não serem os Exus diabos mas copia de um outro os "possíveis nomes verdadeiros" de cada Exu batizando-os com os nomes dos demônios bíblicos, aliás, da Torah.
O que se diz, então, do SAL GROSSO?
Diz-se que ele é apenas sal, que não tem as mesmas qualidades da água do mar, que é perigoso ... e por aí vai.
Pois muito bem. Vamos por parte.
O que é certo?
É certo que o sal grosso, USADO COMO DESCARGA, não assenta energia alguma e é apenas um elemento de descarga por arraste e, desse modo, não é que ele descarregue tanto o positivo quanto o negativo ele descarrega qualquer excesso de energia e, por isso mesmo, se o médium não tem treinamento mental pra se imantar, logo após, com energias que pode muito bem capturar mentalmente para si, deverá tomar um outro banho que traga em si, não o poder de descarrego, mas de carrego ou imantação, sendo que, para que isso aconteça, o sumo das ervas deverão ficar no corpo o maior tempo possível para que a Aura absorva essas energias. Se tomarem o segundo banho e não deixarem o sumo no corpo ele também vai funcionar como descarrego, apenas.
Para exemplificar, lembremo-nos dos AMACIS:
O que se faz depois da lavagem de cabeça? As ervas ou o sumo ficam na cabeça e, para alguns até cerca de três dias, não é? Isso nos mostra que, para assentarmos as vibrações das ervas elas precisam ficar em contato com o corpo físico, o maior tempo possível, e só assim poderão ir passando, aos poucos, para o corpo físico, suas propriedades energéticas.
Um outro exemplo: Um abian, quando raspa e fica recolhido, em sua cabeça é colocado o oxu que é uma mistura de ervas, sangue do(s) animal(is) sacrificados, bem assim como suas visceras e, REPARE BEM, esse oxu fica em contato com o Ori e é renovado várias vezes durante o tempo de recolhimento. Por que isso? Porque a energia contida no Oxu, TEM QUE FICAR EM CONTATO COM O ORI, POIS SÓ ASSIM A ENERGIA É REPASSADA PARA ESTE.
Quando conhecemos os fundamentos, OS PORQUÊS ASSIM PROCEDEM, fica mais fácil entendermos que: PARA QUE UM BANHO RECARREGUE MESMO (IMANTE) UM MÉDIUM, ELE NÃO PODE SER RETIRADO LOGO APÓS.
Visto isso e observando pelo outro lado do prisma, veremos também que: SE O MÉDIUM TOMA QUALQUER BANHO, DE QUALQUER ERVA E NÃO O DEIXA NO CORPO, ESTARÁ RECARREGANDO NADA.
Vamos analisar agora, se o banho deve ou não deve ser tomado na cabeça.
Voltando ao raciocínio anterior e observando que PARA QUE A ENERGIA "ENTRE" o banho tem que permanecer no corpo (cabeça inclusive) e que, quando tomamos banho de descarga isso não acontece e, além disso, nosso CENTRO MEDIÚNICO MÁXIMO está justamente NA CABEÇA, então vamos chegar à conclusão de que, se tomamos banho de descarga do pescoço para baixo, DEIXAMOS DE DESCARREGAR EXATAMENTE NOSSOS CENTROS MEDIÚNICOS MAIS IMPORTANTES, que são os chakras FRONTAL E CORONÁRIO.
Aí eu pergunto: De que adianta você descarregar do pescoço para baixo e deixar os plexos principais tomados por energias negativas, principalmente se sabemos que banho de descarga não fixa vibração alguma JÁ QUE É RETIRADO LOGO APÓS?
E uma reflexão ainda: Sabendo-se, pelo que já expliquei, que banho de descarga, mesmo os de ervas, não fixam energia porque não permanecem em contato com o corpo, então podemos chegar à conclusão de que o sal grosso, que é apenas um elemento ligado à Mãe Terra ( e por isso mesmo a represente em quase todos os rituais de magia) pode muito bem ser usado no corpo inteiro, desde que não permaneça e seja retirado logo depois.
Perceba que é nossa mente que determina o que um elemento físico vai representar para nós e, se o médium estiver imbuído da idéia que "se usar uma erva tal vai se danar ou se usar sal grosso também", ENTÃO É MELHOR NÃO USAR MESMO PORQUE VAI ACABAR FAZENDO MAL.
Mas se a cabecinha dele não tiver esse tipo de raciocínio e deixar o elemento (sal ou ervas) agir por si, então ele vai poder desfrutar de seus benefícios.
Se, aliado aos benefícios normais, a mente estiver dirigida para objetivos positivos (ao contrário da primeira suposição) enquanto executa os banhos aí, com certeza, eles terão muito mais eficácia.
Nossa mente, tanto pode nos auxiliar como nos destruir. Um exemplo clássico é o do largo uso de "placebos" (remédios que não contém princípio ativo algum) que são ministrados em certos doentes, fazendo-lhes antes, crer que são remédios maravilhosos. Se o paciente se convencer mesmo disto, acaba se curando. Em outros casos, o simples fato de alguém alardear que um remédio tal ou mesmo um alimento está matando, é suficiente para que vários outros passem a se sentir mal, sem terem motivos.
Eu, por exemplo, tomo banhos de sal grosso e sempre da cabeça aos pés e sempre que acho necessário, fazendo recarga com banhos de ervas muito raramente e nunca tive qualquer quizila com Guias, Protetores ou Orixás por causa disso.
O Sal Grosso não é um composto sintético do tipo NaCl (CLORETO DE SÓDIO) que se prepara em laboratórios químicos, e sim um composto produzido através da reagregação dos elementos sólidos da água do mar pela ação do calor que faz evaporar apenas a parte líquida (água) que compõe as também compostas gotículas de água do mar.
Visto isso, percebemos que o SAL GROSSO possui em si, TODOS OS ELEMENTOS DA ÁGUA DO MAR (iodo e outros sais diversos, bem assim como também, MATÉRIA ORGÂNICA da mesma natureza que encontramos no mar), DESTITUIDO APENAS DE SUA PARTE LÍQUIDA (água = H20) que se evapora pela ação do calor. Portanto, SAL GROSSO NÃO É APENAS SAL!!
Muita gente demonstra pouco conhecimento sobre o que é O SAL GROSSO ou MARINHO que é gerado a partir da água do mar e é tão misturado com todos os outros elementos sólidos (orgânicos e inorgânicos) deste que, se buscarmos nas fontes, veremos milhares de microorganismos e outros não tão micro assim, cristalizados dentro das pedras que se formam. É por isso que, posteriormente, para uso culinário, ele é REFINADO.
Para ficar bem compreedido: podemos explicar o sal grosso como uma espécie de "SOLIDIFICAÇÃO DA ÁGUA DO MAR" sendo usado, inclusive, por outras tradições em banhos de imersão (quem não se lembra dos banhos de sais, coloridinhos, cheirosos, que não passam de pedras de sal grosso misturadas a essências perfumadas e anilinas coloridas?) para reequilíbrio do sistema nervoso.
Existe uma teoria de que o Sal Grosso "é uma substância que desagrega as energias deletérias, destruindo-as" ... O Sal Grosso não destrói. Ele as desagrega e arrasta para o chão, assim como também nos livra (não destrói) de ELETRICIDADE ESTÁTICA a partir do momento em que nos coloca "em curto" com a terra durante os banhos que são altamente condutores. E, para quem não sabe, o excesso de Eletricidade Estática também é altamente nocivo ao nosso organismo e sistema nervoso.
Uma excelente aplicação, também para a descarga com o sal grosso, é o seu uso como "tapete", quando a pessoa, por algum motivo, não pode estar em contato como o chão de terra (que seria o mais indicado em banhos deste tipo) e quer aumentar o poder de seu banho de descarga (de ervas ou de sal grosso mesmo). Nesse caso, coloca-se a pessoa sobre uma boa quantidade de sal grosso, numa banheira, bacia ou box e depois se lhe aplica o banho, de acordo com o ritual.
Nesse caso o sal grosso nos pés, ajuda na absorção das energias que, ou parte dele mesmo ou as ervas utilizadas vão retirar e logo depois deve ser despachado na água corrente para que essas energias não fiquem ali paradas e acabem sendo reabsorvidas.
Mas pode acontecer de alguém se sentir mal após tomar banho com sal grosso?
Pode sim, assim como também pode sentir-se mal ao tomar o banho com outra erva qualquer que possa vir a ser quizila (choque vibratório) para suas Vibrações Originais (orixás). No entanto, esses casos serão, certamente, excessões e não regras, pois o sal grosso, a exemplo da própria água do mar da qual é subproduto, pode ser considerado uma forma energética (lembra-se de que tudo é energia?) quase que universal.
Uma outra coisa que pode sim, causar incômodos, seja com o sal marinho, seja com qualquer erva que não esteja estritamente compatível com a energia padrão da pessoa, é o fato de os usarmos, teoricamente como elementos de descarrego (descarga) e acabarmos por deixá-los em contato com a pele mais que o necessário. Isso se explica pelo fato de que, quanto mais tempo esses elementos de descarga permanecem em contato, mais as suas próprias vibrações energéticas tendem a se agregar à pele e também à Aura, com suas possíveis conseqüências, e principalmente pelo fato de que, se houve uma descarga anterior, pode muito bem o corpo e/ou a Aura estar carente de energias, fato que os faria absorver a energia mais próxima. Deu para entender?
É preciso que se entenda, de uma vez por todas, que tanto banho de ervas, quanto de sal grosso e até mesmo banhos com pipocas e outros, se usados como DESCARGA, não podem permanecer em contato após terem sido jogados pelo corpo. Há casos até em que os tomamos dentro de buracos cavados na areia ou terra para que depois os restos (até as roupas) sejam tapados e esgotados pela terra, nao é mesmo? Vai dizer que não sabia disso?
Mas e nos casos em que precisamos manter a energia dos elementos utilizados no corpo? Podemos usar as mesmas ervas da descarga?
Veja bem, porque nem precisamos "gastar muito os miolos" para entender isso.
Se lhe foi recomendada uma ou algumas ervas específicas para o seu caso e elas, vibratoriamente, fazem parte das energias que compõem a sua Coroa (estou considerando médiuns iniciantes e sabedores de suas ervas próprias) então, o mais óbvio é que se tome esse banho em dois estágios:
O primeiro como descarga, livrando-se tanto do sumo (com uma chuveirada ou de qualquer outra forma), como das ervas (caso passem pelo corpo) e depois, um outro banho, com as mesmas ervas que ficarão, aí sim, secando no corpo, por assim dizer.
Podemos também, em alguns casos, tomar o primeiro banho apenas com o sal grosso, descarregá-lo (livrar-se dele) e por fim, um novo banho com as ervas específicas ao nosso caso.
Vou fazer apenas mais uma correlação, através da qual espero estar explicada de uma vez por todas essa diferença entre BANHOS DE DESCARGA e BANHOS DE IMANTAÇÃO OU DE RECARGA.
Nossa correlação envolve exatamente uma coisa que fazemos todos os dias (eu acho) - tomar banho !
Como fazemos para retirar a sujeira (podemos correlacioná-la as cargas)?
Primeiro nos molhamos para que o sabão ou sabonete seja aplicado - considere o sabonete o ELEMENTO DE DESCARGA (sal ou ervas) - e logo depois de nos esfregarmos retiramos o sabonete e a sujeira que o sabonete amoleceu, juntos. O fato é que, SE NÃO RETIRARMOS BEM o sabonete com a água, vamos ficar com ele e a sujeira grudadas, não é?
Pois é! Não retirar a erva ou o sal de descarga logo após, pode ter o mesmo efeito.
E depois? E se a gente pretende ficar "cheirosinho(a)" (IMANTADOS COM OUTRO ODOR)?
Aí sim, podemos usar uma loção ou perfume que é o que vai permanecer em contato com o corpo sem ser retirado. Esse perfume ou loção é o que pode ser considerado o BANHO DE RECARGA, OU IMANTAÇÃO, pois é ele que vai ficar por mais tempo irradiando através e a partir de nosso corpo, imantando-o e também, à Aura!
Você que está lendo, nem precisa acreditar piamente no que leu, mas se tiver coragem de QUEBRAR TABUS e resolver experimentar SEM MEDOS (isso é muito importante), com certeza vai se beneficiar sobremaneira.


Paz e Luz em Oxalá para todos!

sexta-feira, 22 de junho de 2007

EGRÉGORA PARTE II

Quando se "imanta" um otá ou itá (a pedra de assentamento), o que se está fazendo é envolvê-la com a energia do orixá para que ela a absorva e se torne um foco de atração para mais energia que se sintonize com a que ali "assentamos" e dessa forma possa servir como um elo de ligação entre o dono e a energia para a qual foi dirigida. Pelo amor de Deus não entenda, como muitos supostos "entendidos no santo" que ao assentarmos um orixá estamos colocando-o ali sentado, disposto a atender a todos os nossos anseios ! Tá rindo? Esse pensamento existe "mô fio"!

Se você é pai no santo ou médium freqüentador de algum terreiro, já deve ter pelo menos ouvido alguém dizer:


-"Olha a corrente, gente ! Vamos concentrar"!
Você sabe realmente o que isso quer dizer? Muita gente (até as que falam) não sabe!
O que é essa tal de "corrente"? Será uma corrente de ferro ou de fibras que se forma no invisível? Será uma corrente que vai prender os espíritos? Será? Será?


Na verdade, quando um dirigente (quando bem preparado) chama a atenção para a "corrente" é porque ele sentiu uma queda ou diminuição na energia ambiental (EGRÉGORA) que deve ser mantida pelos médiuns em um potencial elevado, de forma a manter os trabalhos em nível adequado, até mesmo por uma questão de auto-preservação.

Essa questão da "corrente" ou egrégora é tão importante que vamos nos aprofundar um pouco mais no assunto para que você possa perceber, se orientar e orientar a outros.

Vou tomar como exemplo uma gira de Umbanda, mas advirto que você pode adaptar minhas explicações para entender práticas espirituais, inclusive das Igrejas Evangélicas que fazem curas etc.


Vamos considerar um grupo de 10 pessoas e partir do princípio de que TODAS ESTÃO UNIDAS POR UM MESMO IDEAL. Isso é a base de tudo !

Criada a egrégora como já vimos antes (pela união dos pensamentos direcionadas aos mesmos fins), cada vez mais energias de mesma sintonia são atraídas para o ambiente. Essas energias somadas atuam imediatamente nas pessoas que ali estão e em alguns casos, se for bem forte já começam a operar alguns "milagres", desde que as pessoas estejam em estado de recepção (concentradas no ritual e ansiando por receberem um bem). As entidades (aí eu já estou falando de seres espirituais) afins penetram e até são atraídas para o interior. Entidades inferiores tendem a ser barradas por uma força invisível (a energia) que a princípio é incompatível com suas vibrações (isso se tudo estiver "correndo bem").

Se uma entidade inferior for atraída para dentro da egrégora, ela fica de certa forma subjugada pela força desta e desse modo se consegue lhes dar um melhor encaminhamento para outros planos espirituais.

As entidades afins usam parte dessa energia para auxiliar os que ali estão na medida de suas possibilidades.

A técnica usada nos terreiros de Umbanda e Candomblé para formar a egrégora inicial (quando os grupos são bem dirigidos) está baseada nos rituais de "abertura". Já nas Igrejas Evangélicas e outras, consiste basicamente nas pregações, que fazem com que os adeptos se concentrem ou dirijam seus pensamentos de acordo com a "pregação".

Se você for um estudioso e não carregar preconceitos, notará que nessas "pregações" há sempre um direcionamento do raciocínio dos ouvintes de forma a fazê-los pensar positivamente e acreditarem firmemente na possibilidade de alcançarem os bens que foram procurar. Nesse momento, embora nem saibam às vezes, estão gerando a egrégora.

Fazer com que a assistência participe ativamente, pensando positivamente, deve ser parte obrigatória de TODAS as giras de Umbanda. Essa no entanto é uma prática esquecida e o que vemos em muitos terreiros é uma assistência quase que sempre alheia, só participando em alguns momentos, de preferência quando vêm de encontro ao que lhes interessa.

Dessa egrégora, como já disse, são retiradas as energias para a realização dos trabalhos, o que vale dizer que se essa energia não for forte o suficiente, o mínimo que pode acontecer é acontecer nada.

Por outro lado, se a corrente ou egrégora das "giras" não for suficiente, várias complicações podem acontecer com o passar do tempo, sendo que, o(a) dirigente, por ser o centro maior das atenções e para quem convergem as maiores quantidades de energia ali geradas e mesmo as trazidas pelos assistentes, é quem sofre, por assim dizer, as maiores conseqüências dos trabalhos realizados sem a devida segurança.

Veja abaixo alguns tipos de complicações que podem ocorrer.

Complicações que podem ocorrer ainda dentro da sessão:

1) Médium dirigente e/ou médiuns auxiliares não conectados positivamente com suas entidades de guarda o que pode provocar de imediato incorporações insatisfatórias, e insegurança - ANIMISMO.
2) Perturbações por intromissão de entidades do Baixo Astral que encontram entrada fácil nesses casos.
3) Problemas com médiuns e/ou assistência com relação até mesmo à integridade física, pois não é raro em sessões dessa natureza, haverem manifestações turbulentas de entidades descontroladas e médiuns idem.
4) Cansaço físico de dirigente e médiuns ao final dos trabalhos pela perda energética sofrida. O normal é que quando se encerram os trabalhos, todo os médiuns se sintam em perfeitas condições físicas e, não se tratando de trabalhos de descarga e desobsessão, é normal até que saiam sentindo-se melhor do que quando chegaram, justamente porque conseguiram atrair uma grande quantidade de energia positiva da qual todos poderão desfrutar.
Observação: Existem mais situações que podem acontecer, mas vamos ficando por aqui pois só as citadas já darão como conseqüências as que vêm após.


Complicações que podem ocorrer com a continuidade dos problemas:

1)Enfraquecimento crescente dos contatos entidade/médium.
2) Corpo mediúnico cada vez mais inseguro.
3) Dificuldades crescentes para a realização de trabalhos.
4) Problemas começam a surgir na vida material de todos.
5) Discórdias entre o grupo começam a gerar desentendimentos maiores.
6) Formam-se grupos dentro do grupo dividindo a energia ao invés de somá-la.
7) Doenças e dificuldades começam a aparecer.
8) Como os contatos espírito/médium já não são tão positivos, torna-se difícil ou impossível a solução de problemas que antes eram nada (aí, não raramente começam a se consultar em outros lugares).
9) Para sintetizar: Todos serão altamente prejudicados por seus próprios atos e desunião e, como ocorre normalmente, ao final ELEGERÃO SEMPRE UM CULPADO - ou o dirigente ou a própria Umbanda (no nosso caso).


Ainda sobre a egrégora de terreiros de Umbanda, é preciso que se explique que ela, além de ser formada e nutrida com a energia gerada em cada reunião, também é favorecida pelas "firmezas" ou "assentamentos" que devem ser tratados, reforçados e respeitados.


Mais uma explicação.


Assentamento, como muitos podem crer, não é prática exclusiva das religiões Afro. Até mesmo elas "importaram" essa prática de Seitas e Religiões muito mais antigas.

Se os assentamentos estiverem bem "sintonizados" com as energias e entidades para os quais foram dirigidos, sabendo o/a dirigente acioná-los, eles serão de grande importância (caso contrário serão meros ocupantes de lugar) pois poderão trazer para o ambiente essas energias e entidades que beneficiarão sobremaneira a realização de trabalhos positivos.

Para resumir e ficar bem entendido, observe o seguinte:

1) Energia positiva atrai energia positiva (o oposto também vale).
2) Pensamentos (que geram energia) positivos atraem energias e fatos positivos (ou negativos...).
3) Medo, insegurança e discórdias quebram a rotina da criação e da ação de energias positivas.
4) Fé (certeza, convicção) provoca sempre a criação de energia e, quanto maior for, maior será a ação dessa energia.
5) Egrégoras são energias que podem ser geradas e fortalecidas a cada dia. Se elas serão positivas ou negativas, dependerá de quem as criará.
6) Egrégoras (se positivas) são de utilidade total em qualquer reunião para trabalhos mediúnicos. Quanto mais fortes, maior o auxílio que podem prestar.
7) Egrégoras formam-se até mesmo em sua casa, seu ambiente de trabalho etc. Só que nesses casos, como não costuma haver um direcionamento das energias que a formarão (a não ser em poucos casos) elas correm o risco de serem negativas.
8) Grupos desunidos, por mais forte que queira parecer o dirigente, estarão sempre a um passo da derrota em função de não conseguirem gerar o ambiente propício para a presença de Verdadeiros Espíritos Guias.


A disciplina e a união em torno de objetivos comuns são parte sólida da base que construirá o verdadeiro Templo - aquele onde comparecerão sempre os Verdadeiros Amigos Espirituais.


Texto Extraído do Livro Umbanda Sem Medo Vol I

Qualquer comentário, complementação, opinião, etc, para este ou qualquer outro texto aqui postado, pode ser colocado aqui mesmo, bastando para isso que cliquem em "comentário", ao final do texto.


segunda-feira, 18 de junho de 2007

EGRÉGORA - Parte I




Para que nossa "conversa" fique" melhor entendida daqui por diante, vamos falar mais especificamente sobre EGRÉGORA, adiantando desde já que não vou me prender às origens da palavra pois perderíamos muito tempo em explicações de menor importância. Importante é saber a que se dá esse nome, como se forma, para que serve, etc.
Sem medo das redundâncias: vamos começar do começo.
Nós não somos o que parecemos. Embora possamos nos tocar, nos ver, nos sentir, todos nós e tudo o que nos rodeia é energia. Tudo o que você vê e lhe parece sólido é na verdade uma forma de energia mais ou menos condensada.
Mas eu falei de energia e quem sabe você tenha alguma dúvida sobre o que é isto também? Vamos mais atrás ainda, embora essa afirmativa seja nenhuma novidade para quem é verdadeiro conhecedor das práticas espirituais, e até mesmo de pessoas comuns que acompanham apenas os progressos científicos !
A própria ciência já constatou que, por mais sólido que pareça um determinado corpo, se analisado através de instrumentos especiais mostrará que é formado por junção de partículas (células) que por sua vez também são formadas por junção de outras partículas (átomos) que por sua vez são formados por outras partículas etc., etc., etc. Isso nós aprendemos até um determinado ponto, nas próprias escolas.
Agora veja bem ! Quando você se expõe ao RAIO X por exemplo, o "raio" ultrapassa as camadas superficiais (e outras nem tão superficiais) de sua pele e choca-se com outras camadas de tecido no interior de seu corpo (justamente as que se revelam na chapa, como por exemplo os ossos). Uma parte desse "raio" atravessa seu corpo de um lado ao outro e tudo isso ocorre sem que você sinta nem uma pontinha de dor, sem que haja qualquer traumatismo. Como isso acontece? Como um "raio" pode atravessá-lo(a) e você nada sentir?
O que acontece, caro irmão, é que esse "raio" que não passa de uma forma de energia, consegue atravessar seus tecidos justamente pelos espaço que não vemos, mas que existem entre os átomos de suas células ( veja ilustração abaixo) e imprimir numa chapa fotográfica colocada do outro lado a forma dos tecidos que ele não conseguiu transpassar



No caso específico do chamado raio X, ele não consegue transpassar o tecido dos ossos porque ele é muito mais denso que os outros tecidos.
Quem já não ouviu falar também nos raios infra-vermelhos e nos ultra-violetas tão usados em curas de diversos males ? Eles também, embora mais densos que o raio X, atravessam as camadas superficiais de nossa pele e, justamente por serem mais densos atuam mais diretamente sobre os tecidos (pele, músculos etc.).
Citei esses exemplos apenas para mostrar que o que parece à primeira vista um corpo sólido, pode muito bem ser transpassado por alguma forma de energia menos densa (como os raios citados), pelo que se pode concluir não ser assim tão sólido. Na verdade, até o seu automóvel feito de chapas de aço pode ser atravessado por energias menos densas às quais a ciência dá nomes de RAIOS (gama, etc.).
Espiritualmente todos sabemos que somos seres com corpos muito menos densos que estes que usamos para habitar o Plano Terra e por isso, quando os abandonarmos por ocasião da "morte" não seremos mais notados pelos que ficam.
Essa matéria da qual nos utilizamos é verdadeiramente uma "capa energética" animada por uma energia muito menos densa (nós) capaz de mantê-la "viva" por um certo número de anos.
Por ocasião do "nascimento" o espírito, ainda que no Plano Astral pudesse ter pleno controle sobre seus pensamentos e atos, perde a consciência e, como quem cai num vazio e desmaia, perde total-mente o autocontrole energético por ficar restrito às capacidades físicas do cérebro animal que comanda mais diretamente as funções do corpo físico. Esse choque é tão grande que, mesmo depois de anos e anos de plena consciência na matéria atual, raríssimos são os que conseguem se lembrar de um passado antes do parto.
Os registros de seu passado no entanto, não deixam de existir. Na verdade ficam recolhidos em uma zona ainda pouco explorada da consciência ativa: uma zona chamada subconsciente que pode ser acessada por estados alterados provocados pela hipnose, por exemplo.
Em alguns encarnados os registros de suas vidas passadas começam a eclodir independente de sua vontade. Nesses casos podemos enquadrar as crianças que sentam à frente de um piano e, sem nunca terem recebido treinamento apropriado, tocam como mestres; ou aquelas que aprendem a ler e escrever sem que para isso tenham recebido instruções; sem contar com alguns casos já expostos pela mídia, de crianças que se lembraram de quem foram, quem eram seus familiares, o lugar onde viviam e, como os casos foram estudados "cientificamente", puderam ter comprovados esses dados através da visita aos locais indicados. São poucos os casos, infelizmente, mas já formam um bom começo para que futuramente se ponha fim total a essa idéia da inexistência da REENCARNAÇÃO.
Há que se observar dois fatos, embora não se possa dizer que são de regra geral, para se estudar casos como os acima expostos:
O enlace espírito/matéria não se configurou totalmente: Podemos reconhecer esse fato observando a saúde física dessas pessoas que costuma ser relativamente débil. Não raramente, indivíduos dessa natureza podem ter tendências neuróticas e/ou desajustadas - é como se sentissem que estão num lugar que não é o deles. Ainda pelo fato acima mencionado, podemos observar que a mente desses indivíduos costuma se mostrar superior à da média (justamente pelo fato da mente espiritual exercer um domínio maior sobre o cérebro animal), em compensação, a saúde física costuma ser mais frágil que a normal.
O espírito, por experiências adquiridas em vidas anteriores, consegue sublimar a mente carnal fazendo com que o subconsciente aflore e lhe traga experiências (ainda que ele não as identifique bem ) de vidas passadas: Poderíamos identificar esse caso, observando as tendências comportamentais desse indivíduo. Seres dessa categoria tendem normalmente ao equilíbrio, quase sempre são ávidos por novos conhecimentos e dão menos valor ao que há de material do que os seres considerados normais. Teoricamente esse espírito teria conseguido, pelo menos em parte, o domínio sobre as tendências rudes e animais da matéria em que habita. Nesse caso, por não ter havido "falha" no enlace, a saúde do indivíduo tende a ser normal.
Existem ainda situações patológicas que podem desencadear esse processo mas, sejam elas quais forem, terão quase sempre início, ou como causa primeira, o desequilíbrio entre espírito e matéria e consequentemente o desequilíbrio energético, o que pode provocar um sem número de doenças. Ao se instalarem, essas doenças podem fazer crer serem elas motivo e não apenas conseqüência de um processo energético desequilibrado que por sua vez, não tendo sido causado por qualquer agente físico (vírus, bactérias etc.), não deixa de ser também uma conseqüência de um enlace frágil.
Como energia que somos em essência, participamos ativa ou passivamente de todos os processos energéticos que compõem e/ou modificam o Universo, mas é claro, somos atuados mais fortemente pelas variações energéticas desse planeta ao qual estamos presos em matéria e até mesmo em espírito. O exemplo mais notável de que me lembro no momento é o da influência das FASES DA LUA nas marés, no ciclo menstrual feminino, no crescimento das plantas e até mesmo, como já se estuda, na alteração do comportamento de seres humanos.
Como energia dotada de consciência que somos, temos o privilégio de podermos, à nossa vontade e fé, manipular consciente e até inconscientemente outros tipos de energia à nossa volta para o que, há a necessidade de uma vontade muito forte e uma fé inabalável, ou seja : crer totalmente naquilo que pensa ou está fazendo (isso também era uma lição de Jesus, lembra-se ?). Mas a bem da verdade, o que posso afirmar com total segurança é que, mesmo que não haja tanta fé assim, nossos pensamentos sempre geram, por menores que sejam, pequenos focos de energia. Esses focos de energia, dependendo de quanto o pensamento gerou, podem até ser vistos por videntes sob a forma de pequenas massas energéticas às vezes na forma de bolas, outras vezes como pequenas "nuvens" à volta das pessoas.
Esses "foquinhos" energéticos, aos quais damos o nome de energia-pensamento, podem, pela força desse mesmo pensamento, tomar forma de maneira que, se uma pessoa pensa firmemente em outra, pela vidência ou outro tipo de sensibilidade, a presença dessa outra pessoa pode ser captada (ainda que ela não esteja "morta"). Nesse segundo estágio, chamamos essa energia de forma-pensamento.
Já vimos que a mente é capaz de gerar energia e até de dar forma a essa energia. Poderíamos nos estender mais um pouco discriminando aqui os prós e contras desse processo mas... É importante, no entanto, tocarmos em uma conseqüência a título de aviso aos desprevenidos (outras conseqüências deixarei por sua conta alcançar) até porque, sem saber desse processo, uma grande parte das pessoas tem a mania de falar de doenças e desgraças e, ao falarem, deixam que suas emoções sejam perturbadas pelo assunto. Há até mesmo aquelas que só se encontram com a gente para desfiarem o rosário de problemas de suas vidas. O mal que essas pessoas fazem a si mesmas é tão grande que há casos em que elas passam a ser suas próprias obsessoras. Cada vez que desfiam seus rosários de lamúrias (fora as outras nas quais não está falando, mas das quais certamente está se lamentando intimamente) elas geram os focos de energia e formas-pensamento relativas àqueles fatos que têm como verdade. No começo essas formas-pensamento se desfazem por si só. Na continuidade do processo essas energias vão se tornando cada vez mais fortes e passam a agir de volta na aura das pessoas, de forma que, quanto mais falam ou se lamentam sobre uma doença por exemplo, maior é a ação desta sobre a matéria, chegando às vezes numa situação em que "não há doutor que dê jeito".
Percebeu a importância de cultivar em sua mente e até mesmo se esforçar para só ter pensamentos positivos e procurar sempre estar em meio a pessoas positivas?
Essa forma-pensamento que não deixa de ser uma forma energética gerada (mesmo que inconscientemente) pela força de nosso pensamento, quando unida às energias geradas por outras pessoas formam um foco ainda maior imantada pelos sentimentos e emoções (muito mais pelas emoções) daqueles que a geraram.
Vou dar um exemplo direto:
Digamos que uma pessoa treinada em concentração e mentalização consiga gerar à sua volta uma boa quantidade de energia direcionada a um determinado fim - saúde por exemplo. Se esta pessoa se unir a mais uma ou mais duas e todas dirigirem seus pensamentos para um mesmo alvo ou objetivo, a energia gerada pela três se somará e formará uma grande quantidade de energia cuja ação será de saúde.
Como as três conseguiram formar um foco de energia, pela Lei das Afinidades (os iguais se atraem) esse foco atrairá (do plano astral e até mesmo do plano material) mais energia direcionada à saúde que se somará a esse foco e agirá com maior vigor nos três indivíduos geradores ou nos alvos para os quais forem apontados através da força do pensamento.
Veja bem: Eu já estou falando de Egrégora!
Acontece que essa energia formada pela força do pensamento das três pessoas de nosso exemplo, somada à energia que eles conseguem atrair já é uma Egrégora.
Juntemos agora a esses três geradores mais uns vinte ou trinta e teremos uma energia tão grande que dela muitos poderão se beneficiar.
Se considerarmos um Terreiro, uma Igreja ou qualquer outro lugar onde pessoas se reunam para cultos, veremos que todos esses lugares, após um determinados tempo, absorvem parte dessa energia insistentemente (e na maior parte das vezes, inconscientemente) gera-das por seus freqüentadores e, nesse caso, adquirem sua própria Egrégora que poderá ser boa ou má, de acordo com a tônica das energias que por ali são geradas.
Se você estranhou quando eu disse que o ambiente absorve as energias, vai aí a explicação:
Na verdade o que absorve as energias são os próprios elementos físicos que compõem o Terreiro, a Igreja etc.
Que elementos físicos?
- Paredes, cortinas, bancos etc, etc, etc.
Está estranhando?
Você não sabia que qualquer coisa material pode absorver, umas mais outras menos, as energias que as envolvem? Pois fique sabendo que até o ato de "tornar bento" um santinho se baseia nessa certeza de que a medalha absorverá a energia e poderá através dela proteger seu usuário.
Você já deve ter visto, ou aconteceu com você mesmo de, através de uma roupa ou objeto de uso pessoal de uma pessoa, poder-se sentir os problemas que a acompanham e até ajudar enviando, através da mesma roupa, energias positivas. Em qualquer Terreiro e hoje até em certas igrejas, essa prática é utilizada.
Você já deve ter entrado em algum lugar em que moram pessoas negativas ou que sofrem influências negativas de outrem e se sentido desconfortável, não? Pois fique sabendo que, independente da presença ali de entidades negativas, o próprio ambiente (veja explicação anterior) pode estar contaminado pelas energias ali geradas ou para ali enviadas.
Baseado também nesse princípio estão os "assentamentos" que se prepara em Umbanda e Candomblé.

Texto Extraído do livro Umbanda Sem Medo Vol I do autor desse blog

Continua brevemente

sexta-feira, 8 de junho de 2007

FANATISMO

No dicionário (Michaelis) encontramos os seguintes significados para essa palavra: excessivo zelo religioso, dedicação excessiva, adesão cega a uma doutrina ou sistema.
Enfocando, principalmente a última parte, vemos que "adesão cega", seja a que doutrina ou sistema religioso for, já caracteriza o FANATISMO.
Mas será que existe fanatismo apenas ligado aos sistemas religiosos?
Estou perguntando isso porque é sempre a primeira lembrança que nos acorre fazendo-nos esquecer que, seja em relação a uma religião, a uma idéia, seja até mesmo em relação a um time de futebol ou sistema político, em grande número percebemos os fanáticos, tendenciosos e até mesmo selvagens, nas pregações ou defesas de suas "verdades" às quais defendem cegamente, sem um mínimo de raciocínio sobre o quanto de mal possam estar fazendo a si próprios e/ou às pessoas à sua volta.

É verdade ou não é? São inconseqüentes por natureza!
Com esse padrão comportamental anormal, que na verdade não depende ou está realmente influenciado pelas idéias ou pontos de vista que dizem defender, mas muito mais do que isso - são reflexos de seus descontroles emocionais projetados em qualquer idéia que achem, ou lhes implantem nas mentes como "verdades", saem por aí pregando e gritando (sim, porque têm que gritar bem alto para se convencerem de que têm às "verdades" em suas mãos) regras, leis, comportamentos, fundamentos religiosos ... são doentes !
Politicamente, vemos "seres humanos" se digladiando em defesa de idéias preconcebidas, sobre os mesmos assuntos, mas com compreensões totalmente diferentes - isso se explica quando vemos também a diferença entre os níveis intelectivos (não necessariamente educacionais) dos que se propõem a "representar seus eleitores"(será?) e por eles são agraciados com seus votos, muitas vezes também fanáticos.
Futebolisticamente, vemos "seres humanos" se agredindo por causa de um time, ou um grupo de jogadores que, ainda que se matem os torcedores, continuarão a receber seus salários e "bichos", cada vez maiores (exatamente porque existem os torcedores fanáticos), e mais: seja GANHANDO OU PERDENDO, aquele Campeonato "tão importante"! Aliás, tão importante que, "possivelmente faria com que seus torcedores até mesmo tivessem seus salários melhorados"... eu acho! Ou melhor: Eles devem achar para justificarem tantas lutas, sofrimentos ...
Religiosamente, então, a coisa passa pela surpresa, alcança a comicidade e chega às raias da loucura total quando vemos até mesmo pessoas que chegam a se auto-flagelar ou matar (suicídio) porque um deus ou sei lá o que, "lhes disse que o mundo vai acabar no dia tal".
Permanecendo apenas nos primeiros dois níveis (surpresa e comicidade) já que o último seria o extremo, percebemos, também aqui, "seres humanos" que, "em nome de suas religiões" ou de "seus deuses" (será mesmo?) buscam vencer batalhas Quixotescas, criadas por suas mentes desatinadas e povoadas por deuses e demônios em uma batalha mortal e milenar, que muitas vezes não se importam de estarem "pagando o maior mico", desde que sejam ouvidos, desde que consigam passar suas idéias e palavras adiante.
Esse é o lado jocoso (engraçado) para não chegarmos ainda à tristeza dos fatos.
Mas não é só com esses que o fanatismo reside, não!
Há ainda, dentro das mesmas seitas religiosas, cismas e divisões que, em grande parte das vezes levam esses mesmos "humanos" a saírem de umas e entrarem em outras, com a mesma doutrina básica, mas com interpretações diferentes e depois, acabarem combatendo o que muitas vezes defenderam antes, com unhas e dentes. Percebeu?
E aqueles outros que mudam até de doutrina e fazem o mesmo - acabam "pichando" o que defendiam e praticavam antes?
Agora uma reflexão básica: Já pensou se os representantes e filhos de TODAS as seitas e religiões fossem para as ruas pregando sua "verdades" ao mesmo tempo? Já pensou no que se tornariam as ruas, bairros, cidades ...? E se levarmos em conta os dissidentes que aclamam umas e depois aclamam outras e atacam as de antes?
Onde quero chegar com isso tudo?
Você já tinha pensado sobre isso, e um montão de outros também?
Pois bem!
Quantas vezes ouvimos falar que a religião tal é fábrica de fanáticos? Quantas vezes nos antipatizamos com essa ou aquela "religião" por conta de seus adeptos que inclusive nos param nas ruas tentando nos enfiar goela a dentro as "verdades" que eles mesmos não conhecem - apenas pensam que conhecem? Quantas vezes, mesmo dentro da Umbanda ou Candomblé, vemos pessoas que, sem prática alguma, mas com idéias que lhes foram imputadas pela tal de "Tradição Oral" (aliás, base de muitas outras religiões e seitas), sem terem testado ou conhecido outras idéias, outros procedimentos, outros fundamentos, se põem a guerrear entre si, exatamente porque a tal "Tradição Oral" que lhes chegou aos ouvidos foi interpretada diferentemente por outro(s) que, por conseguinte, lhes deram novos encaminhamentos?
Antes de chegarmos a conclusões sobre o fanatismo religioso em si, vou lhes propor um joguinho de salão, de forma que possam avaliar o quanto essa tal de "Tradição Oral" (na verdade a transmissão boca a boca) pode ser prejudicial para quem nela enraíza suas crenças.
Se numa festa ou salão, houver 10 ou mais pessoas, proponha o jogo e escreva num pedacinho de papel uma pequena e mesmo inverídica situação, mas com o máximo de detalhes possível. Deixe o primeiro lê-la e faça esse texto passar de boca em boca, e sempre de forma a que ninguém mais ouça, a não ser aquele que estará ouvindo a mensagem no momento, cada um de uma vez.. O último participante deverá relatar, em voz alta, a história que lhe chegou aos ouvidos e, pasmem: em 100% dos casos, a história será quase que completamente diferente, se não for antagônica ou cheia de fantasias acrescidas durante as passagens do "boca a boca"! E veja que isso se deu em um pequeno espaço de tempo. Imagine essas histórias que se conta de séculos e séculos atrás, todas carreadas pela "Tradição Oral".
Por favor, não saia rebatendo antes de tentar o jogo que propus. Isso só vai mostrar que você também é um fanático e que não admite ser contradito! Teste por você mesmo, mas seja honesto na transmissão das mensagens - elas não podem vazar.
Voltando agora ao tema inicial, e por tudo o que já disse antes, precisamos entender que o fanatismo, tanto político, quanto futebolístico, quanto religioso, não é provocado pelas idéias que os fanáticos dizem defender e sim por algum tipo de doença psicológica (ou até mesmo encosto "brabo") de seus seguidores, o que os faz estar sempre nos extremos da cada situação. É uma doença psíquica e mereceria tratamento como o de qualquer outro vício, já que eles mesmos, se inquiridos e responderem honestamente, dirão que "não conseguem viver sem as "verdades" em que acreditam e pregam"!
Em outras palavras: ESTÃO DOENTES ... VICIADOS!