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ESSE É UM BLOG PARA QUEM PRETENDE LER E APRENDER RACIOCINANDO, SOBRE TEMAS COMO UMBANDA, MEDIUNIDADE EM GERAL E AUTO-AJUDA. SE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI, ACREDITE, NÃO FOI POR ACASO. TALVEZ AS RESPOSTAS PARA ALGUMAS DE SUAS DÚVIDAS ESTEJAM EM ALGUNS DOS TEXTOS POSTADOS.

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terça-feira, 24 de junho de 2008

PROCESSOS OBSESSIVOS I


AUTO-OBSESSÃO

Pois muito bem. Já falamos mais de uma vez sobre obsessões e, aprofundaremos um pouco mais ainda do que foi exposto no Capítulo V de Umbanda Sem Medo Vol I - Obsessões e Obsessores - que seria até bom ser consultado ainda antes que se lesse esta parte, ou lessem no Blog Umbanda Sem Medo os tópicos constantes dos seguintes endereços:
http://umbandasemmedo.blogspot.com/2007/05/ao-das-obsesses-e-o-combate-que-exigem.html - Ação das Obsessões e o Combate que Exigem
http://umbandasemmedo.blogspot.com/2007/07/obsesses-e-obsessores-parte-i.html - OBSESSÕES E OBSESSORES - PARTE I
http://umbandasemmedo.blogspot.com/2007/07/obsesses-e-obsessores-parte-ii.html - OBSESSÕES E OBSESSORES - PARTE II


Ainda antes de iniciarmos esta parte e para ficar melhor explicado, vamos ter que considerar MÉDIUM aquele ou aquela que consegue, de uma forma ou outra, comunicar-se com Espíritos e, sendo por eles utilizados, funcionarem como INTERMEDIÁRIOS entre esses Espíritos e Encarnados das mais diversas formas (incorporação, psicografia, xenoglossia, etc).

De outra forma, entenderemos SENSITIVO como aquele ou aquela que consegue perceber ou até ver os Espíritos e o universo paralelo que os cerca, pode sentir influências positivas ou negativas advindas de outros planos existenciais, sentir influências até mesmo de encarnados, mas que, não necessariamente ou obrigatoriamente, sirvam ou possam vir a servir de INTERMEDIÁRIOS entre ESPÍRITOS E ENCARNADOS.

Isto posto, percebemos logo de início, que todo VERDADEIRO MÉDIUM é, antes de mais nada, um SENSITIVO (inclinando-se cada um para um ou mais tipos de SENSIBILIDADES), mas nem todo SENSITIVO tem que vir a ser MÉDIUM - servir de intermediário entre Espíritos e Encarnados.

E já que para se poder vir a ser um BOM INTERMEDIÁRIO (MÉDIUM) precisamos treinar essa sensibilidade paranormal (além da normal) que todo SENSITIVO possui, para efeito de compreensão também, focalizaremos mais especificamente o SENSITIVO neste texto, desde já considerando que MÉDIUNS, se não bem treinados e informados, podem caminhar pela mesma estrada e até com piores conseqüências, se forem daqueles que acham que, por terem Espíritos Protetores e mesmo os chamados "orixás" aos seus lados, nada têm a temer - estes conseguem "emburacar-se" muito mais e de formas bastante complicadas, já que, garantindo-se nesses escudos, podem acabar exagerando e enfiando a mão em cumbucas apertadas de onde pra tirar ...

Uma característica comum, tanto a SENSITIVOS quanto a MÉDIUNS é a de terem enlaces energéticos menos rudes com a matéria, o que determina a possibilidade de sofrerem (por assim dizer) maiores influências dos mundos paralelos, diferentemente dos mais enraizados energeticamente, pois as influências de fora sobre estes, quase não existe (são como que fortalezas neste sentido), ou melhor, NÃO É PERCEBIDA pelos próprios, ainda que em muitas vezes lhes afetem as vidas truculentamente.

Entre os mais SENSITIVOS (conscientes ou não disso) encontramos uma grande parte que, exatamente por terem enlaces energéticos mais frágeis com a matéria, também possuem um sistema nervoso relativamente ou bastante frágil (sensível) e, observando-se pelo lado psíquico, costumam até ter comportamentos não muito compreensíveis para os "normais".

Falaremos aqui de um problema que alguns conhecem, outros intuem e uma grande parte nem imagina e mesmo assim, muito pouco se comenta. Este problema enquadra-se na categoria da AUTO-OBSESSÃO que, em resumo, se dá por culpa do próprio obsidiado envolvendo necessidade de tratamento, não só espiritual, como também acompanhamento psicológico.

Talvez seja este o problema mais complicado entre os obsessivos já que, na maioria das vezes, é muito difícil (senão impossível) convencermos alguém de que é ele ou ela mesmo o(a) culpado(a) pela situação que está vivenciando. O pior disto é que este tipo de obsessão chega a constituir 60 a 70% dos casos de obsessão em geral, senão mais.

Problemas de auto-obsessão podem se dar por causas diversas. Provavelmente não conseguiremos enfocar todos eles, mas pelo menos as causas principais serão mencionadas.

Consideremos um SENSITIVO que, além das influências extra-corpóreas que recebe (e às vezes nem entende), ainda possua fraquezas de personalidade e até mesmo complexos do tipo de inferioridade.
Este problema que acompanha SENSITIVOS de uma forma geral (não todos, é claro), às vezes é difícil de ser detetado, mesmo por médiuns experimentados porque, numa primeira visita ao Terreiro, a pessoa é percebida, mesmo por entidades espirituais, como ACOMPANHADA ou por Espíritos obsessores ou mesmo por energias e larvas astrais. A partir do primeiro tratamento e consequente liberdade (nem sempre tão fácil) os AUTO-OBSEDÁVEIS, no caso de não terem recebido informações sobre necessidade de mudanças em suas vidas e até mesmo em suas maneiras de vê-la, continuarão a "fabricar encostos" e apresentarem "novos problemas", uns atrás dos outros.
Como assim? Analisando:

1- Pessoas auto-obsedáveis são normalmente aquelas que costumam trazer consigo problemas psíquicos provocados por traumas ou mesmo fragilidades emocionais cultivadas ao longo da vida e quem sabe, até mesmo advindos de outras encarnações;
2- Traumas e fragilidades emocionais, quando não controlados determinam, não raramente, APREENSÕES, MEDOS e até mesmo a já conhecida SÍNDROME DE PÂNICO em processos mais adiantados;
3- Traumas e fragilidades emocionais, por criarem APREENSÕES, MEDOS E PÂNICO, causam desequilíbrio, não só no SISTEMA NERVOSO CENTRAL (SNC), como também e principalmente no SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO (SNA), determinando com isto, por conseqüência, DESORDENS INTERNAS, já agora ao nível do mal funcionamento dos órgãos internos controlados pelo SNA - coração, fígado, rins, estômago, intestinos ...

Já por aí você pode perceber o que SIMPLES FRAGILIDADES EMOCIONAIS podem provocar em toda a parte interna do CORPO FÍSICO. Alguns exemplos no geral, podem ser desordens no Aparelho Digestivo, no Aparelho Circulatório, no Aparelho Gênito-Urinário, Respiratório, acarretando doenças dos tipos: Desequilíbrio de Pressão (ora alta, ora baixa), Taquicardias, Diabetes Nervosas, Labirintites, Descontrole Motor, Enxaquecas e outras mais, chegando às vezes até mesmo a afetar a própria pele com eritemas, feridas e manchas "inexplicáveis" que acabam se fixando como "patologias", sendo tratadas como tal sem que o motivo real que as faz existir seja, em muitas vezes, sequer tocado.

Em decorrência dessa "desordem geral" que vai se instalando, as INSEGURANÇAS e MEDOS vão crescendo e, neste ponto, também já se pode perceber que os fatores iniciais que geraram as desordens físicas acabam aumentando pelo agora, MEDO DAS PRÓPRIAS "DOENÇAS".

Vamos rever: SENSIBILDADE OU FRAGILIDADE PSÍQUICA => INSEGURANÇAS, MEDOS, PÂNICO => DESEQUILÍBRIO DO SNC e SNA => DESORDENS NO FUNCIONAMENTO DOS ÓRGÃOS INTERNOS => DOENÇAS DAÍ DECORRENTES.

Este processo de deterioração interna provocado inicialmente por uma sensibilidade ou fragilidade psíquica, já constitui um processo auto-obsessivo ainda que para ele não haja interferência de qualquer Entidade Espiritual (kiumba ou mesmo algum espirito sofredor) e, pessoas muito FACILMENTE SUGESTIONÁVEIS, as que tenham COMPLEXO DE INFERIORIDADE, aqueles que estão sempre dizendo coisas como: "Estou doente"; "Sinto-me fraco"; "Nada consigo"; Tudo é difícil"; "Preciso de ajuda"; Ninguém me ama"; Ninguém me dá atenção"; ou mesmo aquelas que usam deste subterfúgio para atraírem as atenções alheias, estão no rol dos incluídos, ou pelo menos ameaçados de passarem por este problema.

Acontece porém, que estas mesmas pessoas, se forem SENSITIVAS (por menos que sejam) além de sofrerem as causas que eles mesmos produzem, ainda trazem o risco de sofrerem com a atuação de, aí sim, Entidades Espirituais que com elas se sintonizem em formas de pensar e agir, o que acaba por intensificar todas as síndromes antes relacionadas e outras mais, já que "fecham-se circuitos" entre eles, somando-se a uns os sintomas dos outros e criando-se aqueles "quadros clássicos" dos que se apresentam com sintomas de doenças que verdadeiramente não têm. Nestes casos, considerando-se o obsedado ainda um SENSITIVO, uma das hipóteses é a de que "alguém" (algum tipo de Espírito) que tenha atraído para si através da sintonia com suas FRAGILIDADES, sinta ou carregue consigo a impressão da doença que o acompanhava quando em vida, ou seja, além de "suas próprias doenças", ainda reflete uma ou várias que não condizem com seu REAL ESTADO FÍSICO.

Uma pessoa neste estado poderá ir a vários médicos e jamais descobrirá a causa de seu mal já que seu caso é psíquico e, por ser sensitivo, recebe também impressões de entidades que o possam estar acompanhando por se coadunarem com suas FRAGILIDADES, INSEGURANÇAS, MEDOS, PÂNICO, intensificando-os ainda mais!

Que fique claro aqui que, quanto maior for a SENSIBILIDADE para o lado Astral, maiores influências esta pessoa receberá daquele ou daqueles a quem atraiu, o que, por decorrência, poderá levar alguns ou até mesmo muitos, em caso de não serem atendidos convenientemente (organizando essa sensibilidade e aprendendo a trabalhar com ela) até a internações em manicômios.

Relembrar aqui que NEM TODO SENSITIVO é verdadeiramente MÉDIUM, mas sim em sentido inverso, nos leva à seguinte apreciação: Existem muitos SENSITIVOS que procuram Terreiros ou Centros Espíritas e são dados como MÉDIUNS, o que nem sempre é verdade e eles poderiam muito bem, ao invés de ficarem buscando ser INTERMEDIÁRIOS DE ESPÍRITOS, trabalharem com suas sensibilidades de outras formas. Além disto, como ter sensibilidade não significa SEMPRE SER MÉDIUM, muitos ficam anos e anos esperando os Espíritos incorporarem e acabam desiludindo-se pela NÃO NECESSIDADE (e até impossibilidade), em seus casos.

Um SENSITIVO que apareça no Terreiro acompanhado de obsessores, sofredores, "doentes", deveria, além do tratamento de "libertação", OBRIGATORIAMENTE ser orientado sobre suas maneiras de ser e ver a vida, porque, lembremo-nos: isto é a MOLA-MESTRA de todo o processo auto-obsessivo pelo qual está passando que, por sua vez, se não for modificado, fará com que todo o esforço mediúnico e espiritual seja apenas um PALIATIVO, de efeito temporário até que suas DESORDENS PSÍQUICAS acabem por atrair outras entidades semelhantes.

Qualquer esforço do tipo, sessões de desobsessão ou expurgo, "fechamento de corpo", uso de "contra-eguns", etc, terá o mesmo efeito TEMPORÁRIO.

Um outro agravante que também devemos levar em consideração é o fato do sensitivo ainda possuir, mesmo que inconscientemente (esses são os piores), FORTE PODER DE PENSAMENTO, situação que, descontrolada, pode levá-lo ainda mais rapidamente ao caos já que, pelo lado Astral, ainda estará criando suas FORMAS-PENSAMENTO e até mesmo elevando-as ao nível de ELEMENTAIS ARTIFICIAIS (ou FALSOS ELEMENTAIS) que nestes casos, agirão como verdadeiros VAMPIROS sobre quem os criou e provocarão, mais aceleradamente, todas os sintomas de esquizofrenia possíveis (Vejam abaixo possíveis sintomas).

SINTOMAS DE ESQUIZOFRENIA


Abaixo estão enumeradas algumas dicas. Elas servem de parâmetro para observação e análise num possível conjunto em uma mesma pessoa:

- Dificuldade para dormir, alternância do dia pela noite, ficar andando pela casa à noite, ou mais raramente, dormir demais;
- Isolamento social, indiferença em relação aos sentimentos dos outros;
- Perda das relações sociais que mantinha;Períodos de hiperatividade e períodos de inatividade;
- Dificuldade de concentração chegando a impedir o prosseguimento nos estudos;
- Dificuldade de tomar decisões e de resolver problemas comuns;
- Preocupações não habituais com ocultismos, esoterismo e religião;
- Hostilidade, desconfiança e medos injustificáveis;
- Reações exageradas às reprovações dos parentes e amigos;
- Deterioração da higiene pessoal;
- Viagens ou desejo de viajar para lugares sem nenhuma ligação com a situação pessoal e sem propósitos específicos;
- Envolvimento com escrita excessiva ou desenhos infantis sem um objetivo definido;Reações emocionais não habituais ou características do indivíduo;
- Falta de expressões faciais (Rosto inexpressivo);
- Diminuição marcante do piscar de olhos ou piscar incessantemente;
- Sensibilidade excessiva a barulhos e luzes;
- Alteração da sensação do tato e do paladar;

- Uso estranho das palavras e da construção das frases;
- Afirmações irracionais;
- Comportamento estranho como recusa em tocar as pessoas, penteados esquisitos, ameaças de auto-mutilação e ferimentos provocados em si mesmo;
- Mudanças na personalidade;
- Abandono das atividades usuais;
- Incapacidade de expressar prazer, de chorar ou chorar demais injustificadamente, risos imotivados;Abuso de álcool ou drogas;
- Posturas estranhas...

Quem já lidou com obsedados de todos os tipos, vai perceber, de imediato, que esses sintomas costumam se apresentar em conjunto (mas não todos de uma vez) e intensamente também nestes, seja por influência externa (quando não existe SÓ auto-obsessão tendo esta vindo "de fora") ou interna (quando o agente é o próprio psiquismo).

Quando uma pessoa entra em um processo de agressividade, isolamento (às vezes) ou de virar "o coitadinho" , através da FORÇA DE SEU PRÓPRIO PENSAMENTO usada às avêssas (sempre enfatizando as derrotas e doenças), muito provavelmente já terá criado, ao nível astral, formas energéticas bem mais densas que as formas-pensamento iniciais, provenientes do acúmulo sucessivo de energias que desprendem de sua Aura e são moldadas pelos pensamentos negativos gerados por seu medos. Importante destacarmos ainda que quando essas formas-pensamento começam a se criar, principalmente nos momentos de crises iniciais ou não, elas já se tornam sinalizadores claros para entidades (espíritos e elementais ainda rudimentares) avisando-os de que "esse poderá ser um bom alvo" e, na medida em que forem se intensificando, mais claramente atraem esses tipos de entidades.

A Umbanda através dos trabalhos de Pretos Velhos e Caboclos, pode livrar o auto-obsedado de todas as influências EXTERNAS e, às vezes, quando na casa houver entidades ou encarnados preparadas para tal, fazer os aconselhamentos necessários para a também "auto-cura" que muitas vezes acontece apenas pelo fato do antes auto-obsedado passar a nutrir uma fé (confiança) bastante forte naqueles que o(a) ajudaram a sair do processo crítico em que se encontrava. Neste caso temos de considerar a chamada "cura pela fé" que, em síntese, faz com que o humano antes prejudicado, tendo encontrado alguém em quem possa confiar, abre-lhe os sentimentos e emoções, praticamente apoiando-se numa provável força de quem o(a) curou.

Enquanto sentir-se seguro pela "força das entidades" (ou até mesmo de uma divindade a quem tenha atribuído sua cura) estará, de certa forma, protegido(a). Em outras palavras, enquanto tiver FÉ em alguém (espírito ou divindade) e crer que esse "alguém" o amparará sempre que necessário for, sentir-se-á seguro(a) e não facilitará, nem mesmo recriando suas formas-pensamento negativas pois sua mente estará, por este tempo, convicta de que "nada de mal lhe pode acontecer".

Este comportamento (FÉ em alguém ou numa divindade) é válido e em muitas vezes consegue apresentar resultados importantes, desde que esta pessoa, ou entre para esse grupo que "a salvou" e deste modo refaça sua FÉ a cada dia, o que em síntese, obriga de certa forma, que a pessoa abrace a FÉ dos que a salvaram dos obsessores, comportamento este bastante estimulado em nosso dia a dia por diversas religiões e/ou seitas. Mas se por qualquer motivo esta FÉ for abalada, não tendo o antes SENSITIVO SOFREDOR recebido informações claras sobre seu processo de auto-cura, mais cedo ou mais tarde tudo começa de novo e, dependendo do dissabor que a tenha levado a afastar-se dessa FÉ, o processo pode se inicair imediatamente após o abandono.

Onde quero chegar?

Percebam que no tipo de "cura" acima citado, a pessoa, depois do descarrego, deve ter se sentido melhor e por isto acreditou ter sido totalmente curada, naquele momento, pela intercessão de, ou espíritos ou "deuses" e por isto passou a acreditar que, estando eles ao seu lado, nada de mal lhe aconteceria mais, o que a levou a sentir-se segura e com isto não mais gerar energias negativas que atraíssem mais negatividade além de mais encostos ou obsessores. Aliado a isto, irmanando-se a um grupo espiritual (ou mesmo igreja), acabou, mesmo que inconscientemente, se beneficiando das egrégoras que se criam nesses ambientes, só que ... não lhe tendo sido explicado que, embora tenha assumido comportamentos que a beneficiaram (fé, bons pensamentos, orações, etc) por todo este tempo, independentemente de estar no grupo ou não, sua CURA REAL estaria, verdadeiramente, amparada no fato dela não mais gerar energias propíciatórias a novos encostos e/ou obsessões, fato este que costuma mudar de rumo sempre que alguém se sente iludido(a) em sua crença, por qualquer motivo, principalmente se for do tipo que gosta de ser "o coitadinho".

Observemos que em grande parte das vezes, essa transferência de responsabilidade da cura (auto-cura nestes casos), faz com que o motivo de bem-estar pareça possível, SOMENTE pelo fato da pessoa estar frequentando este ou aquele grupamento religioso e muitos chegam a pensar que, se sairem dali, seus males podem voltar ...

E podem sim! Mas não porque lhes fizeram qualquer mal (como alguns costumam intuir) e sim porque, erradamente, não lhes informaram que suas MENTES sempre foram as culpadas pelos males por que passaram.

Não lhes informaram que, independentemente de estarem ligados a qualquer grupamento religioso, SUAS MENTES não deveriam mais propiciar estado de medos, angústias, inseguranças, pânico e que, estas sim, deveriam ser vigiadas diuturnamente e sempre que necessário, aparecendo qualquer sinal de estado depressivo, serem desviadas para MENTALIZAÇÕES (criações mentais) POSITIVAS que lhes fizessem gerar energias opostas ao negativismo atrativo de mais negativismo - o que fizeram, sempre inconscientemente, enquanto estavam ligados às crenças.

Resumindo: Ao creditarem suas "curas" APENAS a outros e não levando em conta seus esforços pessoais (ainda que inconscientes) em mudarem os rumos de suas vidas e de seus pensamentos, fatos esses que eliminaram suas fragilidades por algum tempo, caem em desânimo, chegam a estados depressivos e, consequentemente, a novas auto-obsessões assim que crêem terem perdido o pilar sustentador de suas fés e conseqüentes "curas"!

Já não viram isto em muitos que abandonaram suas crenças religiosas, fossem elas quais fossem?


PAZ, SAÚDE E HARMONIA em suas vidas!

Este texto já faz parte e estará no Volume III de UMBANDA SEM MEDO ainda não publicado.

Os Livros, Vol I e II em PDF podem ser baixados clicando-se nos links com seus nomes que estão sob título: LIVROS PARA DOWNLOAD (logo abaixo da figura, no alto e à esquerda) e seguindo-se os procedimentos naturais de download.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

ALGUNS COMENTÁRIOS E CONSIDERAÇÕES



Foram deveras interessantes as mais diversas reações relativas à postagem do questionário à Dona Lygia e tanto que, havendo antes resolvido não comentar, acabamos entregando os pontos e resolvendo abrir mais esta postagem tentando, talvez, fazer entender o que por si já está explicado, bastando para tal, que as leituras sejam feitas sem IDÉIAS PRECONCEBIDAS, como sempre indicamos que sejam.

É claro que uma grande maioria compreendeu bem a mensagem (graças a DEUS) e percebeu, não só a importância da matéria em si, como também a oportunidade que estavam tendo de conhecerem como a UMBANDA, anunciada como querem alguns, criada como querem outros, pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas foi determinada e é preservada pela família de Zélio de Moraes, independentemente de como ocorrem as demais. Agradecemos a todos os que assim entenderam.

Como mesmo com todas as explicações, ainda parecem ter permanecido dúvidas quanto a isto ou aquilo, vamos tentar dirimi-las na medida do possível, de antemão pedindo desculpas para os que, ainda assim, não conseguirem entender.

Abordemos como primeiro tema ORIXÁ MALET, que parece ter sido motivo de inúmeras incompreensões.

Interessantíssimo como o termo "orixá" adotado por uma entidade que era um ESPÍRITO e não um "ORIXÁ DE NAÇÃO" causou reações até esquisitas. Interessante porque existe um grupamento dentro das Umbandas que ainda acha que espírito (qualquer deles, seja na Umbanda, Quimbanda ou Kardecismo) não pode dar o nome que bem entender e acham, inclusive, que esse nome tem a ver com o nome real do espírito (na imensa maioria das vezes) ou o que teria tido quando em qualquer "vida" e que não sejam de grupamentos (falanges) que eles mesmos criam e com as quais trabalham.

Interessante porque ao lerem "Orixá Malet", talvez por escassos conhecimentos ainda, nem sabiam que a Linha de Malei, Malê ou mesmo Malet (apenas formas diferentes de escrever, mas a mesma linha) é de entidades sabidamente quimbandeiras (metá-exu, como dizemos) que, por isto mesmo encontram, quando trabalhando sob comando ou coordenação de não quimbandeiros, acesso, tanto aos Planos de Umbanda como de Quimbanda, exercendo funções de intermediários entre os dois planos, trabalho este que entidades não mais quimbandeiras já não fazem por não precisarem - uma questão de especialidade e não de demérito para uns ou outros. E mais interessante ainda quando se percebe que parecem desconhecer que os Exus da Lei de Umbanda - os espíritos das falanges de Exus já consagrados como tal (nem todos o são) - fazem hoje o mesmo tipo de trabalho que fazia Orixá Malet - intermediam ou "giram" nos dois planos executando seus trabalhos sob ordens e/ou coordenação de entidades maiores, porque se não for assim e eles exigirem ordens de comando total, aí a coisa pega. Volto a afirmar taxativamente, sem qualquer medo de poder estar errado: Terreiro que se diz de "Umbanda" e que é comandado por Exus ou outros quimbandeiros, não é de Umbanda e sim de Quimbanda, por mais que respeitemos esses auxiliares de valor. NADA CONTRA, desde que trabalhem para a CARIDADE, a não ser quanto às complicações de entendimento em relação a rituais e práticas que esses terreiros adotam como tônica de seus trabalhos que NÃO SÃO DE UMBANDA e que passam a ser entendidos como tal pelo fato de chamarem-se de "Umbandas".

Numa analogia até bem grosseira, mas explicativa, se uma Clínica for aberta e nela trabalharem açougueiros e não médicos cirurgiões especialistas, por mais que se digam Clínica de Cirurgia Plástica, não o serão. Podendo até virem a ser um dia, se esses açougueiros forem aprendendo com os especialistas e sob suas tutelas, porque se não for assim...

Estou desmerecendo o trabalho de um ou de outro? Não! Estou apenas colocando cada um em seu devido lugar, como também deve ser na Umbanda e Quimbanda - cada um em sua especialidade e trabalhando com os instrumentos e técnicas que conhecem e para os quais foram treinados!

Como bom quimbandeiro, Orixá Malet, com toda certeza, trazia em sua falange entidades ainda mais "densas", ESPECIALISTAS em travarem confrontos ou mesmo em se imiscuírem nesses planos e conseguirem, através disto, melhores resultados em trabalhos de demanda e magia, exatamente como nos diz Dona Lygia, o que, por si só, já explicaria o sarapatel para Ogum (pra quem conhece Umbanda e Quimbanda).

Ogum de Malei, Malê ou Malet que, como todos deveriam saber, é um tipo de linha, falange ou grupamento que recebe ofertas em ENCRUZILHADAS inclusive e principalmente, naquelas em que passam linhas de trem. Ou será que isto mudou? Ou será que isto não foi repassado aos mais novos?

Quanto ao fato ainda dele ter se apresentado como malaio e isto ter causado "estranheza" para alguns, para que se entenda é preciso que aprendam-se que no astral não existem FRONTEIRAS como aqui e o espírito que viveu na África, na Índia ou mesmo na China, pode atuar sobre médiuns aqui mesmo. Aliás, se houvessem fronteiras na espiritualidade, provavelmente os "orixás", voduns e inkices, todos africanos, também não aportariam por aqui ... ou só eles poderiam por serem africanos?

Será que pode haver algum tratado de exclusividade África/Brasil no Mundo Astral?

E lembremos ainda que, se levarmos em conta ter sido o Padre Malagrida na posição de um Caboclo quem anunciou Umbanda, este (Gabriel Malagrida) também não era nem africano e nem brasileiro. Será que isto muda alguma coisa?

Uma pessoa nos chegou e, com ar de "doutor", quis explicar que os malaios nem sequer eram chegados aos cultos africanos e tinham em maior parte, se não me engano, o islamismo como religião, por isso achava muito estranho...

Mas e daí? Quem foi que afirmou alguma vez que para trabalhar na Umbanda algum espírito tenha que ter tido relações com o africanismo? Onde isto está afirmado? Se fosse assim, ainda nos prendendo ao padre Gabriel Malagrida (Caboclo das Sete Encruzilhadas), teríamos que concluir que ele também não era "espírito umbandista" e nem poderia trabalhar na Umbanda que criou, anunciou ... e nem mesmo a imensa maioria dos Caboclos que nunca pisou ou ouviu sequer falar em África e seus cultos, pelo menos quando em vida.

Então, não percamos mais tempo com isso.

Houve também, como já era de se esperar, uma reação muito estranha em relação ao não uso de atabaques (e nem de palmas, como pude observar) nas giras da TENSP e alguns chegaram intuir (por conta própria, já que não existe nada no texto que isto afirme) que "suas umbandas", neste caso, não seriam então mais "umbandas".

Creio que é pura compreensão de cada um, em acordo com seus conceitos próprios e/ou adquiridos (e um pouco de indignação inútil), já que o fato de na Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas este instrumento não ser usado, nunca ter desmerecido quaisquer das outras Umbandas. Eu, pelo menos, não consigo ver assim. Talvez até visse se me sentisse agredido pela prática alheia de alguma forma, o que não aconteceu ou acontece em qualquer momento do questionário.

É interessante também observarmos um detalhe da resposta de Dona Lygia que TEM FUNDAMENTO, É VÁLIDO COMO OBSERVAÇÃO e percebe-se em quase todas as vertentes de quase todas as Umbandas : "Se houve mudanças em Tendas criadas por meu avô, isto não é de nossa alçada."

Quem acompanha alguns autores atuais sobre assuntos de Umbanda e sabe de suas procedências, percebe que, ainda que tenham sido "iniciados" por "este" ou "aquele", apresentam hoje teses, não só complementares como também totalmente díspares das que certamente receberam em vista de terem sido "iniciados" desta ou daquela maneira, a ponto de seus "iniciadores", com certeza e em sã consciência, não adotarem esses novos caminhos. Se as Tendas criadas pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas também adotaram novos rumos, práticas e técnicas, isto não constitui anomalia alguma e é quase regra geral.

Onde eu quero chegar? Simples: Não se conhece a nascente analisando-se apenas as águas de suas derivações! Espero que compreendam!

Um trecho que vale a pena comentar está em quando Dona Lygia nos responde sobre o possível reaparecimento do Caboclo das Sete Encruzilhadas (estamos falando aqui do mesmo espírito - Gabriel Malagrida - e não de um falangeiro com o mesmo nome ritual) em uma outra médium, com novas orientações sem que o mesmo sequer lhes tenha avisado sobre.

Uma certa pessoa afirmou ser muita pretensão e até uma tentativa de posse da entidade ao ler este trecho: "O Caboclo continua tendo o seu Centro, a TENSP, com excelentes médiuns incluindo a filha carnal de Zélio de Moraes, sem qualquer mudança nas suas diretrizes e práticas desde a sua criação. Assim sendo me causa certo estranhamento que ele possa ter escolhido um médium sem nenhum contato com esta casa para se manifestar. Além disso, segundo informações recebidas através de outras entidades que com ele trabalhavam na TENSP, o Chefe, após cumprir sua missão junto a Zélio de Moraes, já estaria em esferas ainda mais elevadas do astral superior, não mais realizando trabalhos em nosso plano."

Ou estava de brincadeira ou demonstrou muito pouco conhecimento sobre espíritos que se tornam "FAMILIARES" e seus cuidados para com essa "família".

Só sintetizando: Chico Xavier deixou uma "chave", uma senha com os seus, segundo eles mesmos, que o identificará em caso de sua aparição em algum outro lugar de forma que possam reconhecê-lo e, mesmo assim, sem o saberem, já houve quem tentasse dizer que o Chico estaria "baixando" por aí.

Compreenderam onde quero chegar? Já tem gente querendo as "glórias" de estar trabalhando com o bom velhinho e bem longe da família.

Na Umbanda temos o Ponto Riscado de uma entidade que é PARTICULAR e, como já expliquei, pode até sofrer algumas PEQUENAS modificações em casos de mudanças de médium e em relação à coroa, de formas e objetivos de trabalho, MAS NUNCA RADICALMENTE, porque se fosse assim, não haveria razão de ser como ELEMENTO IDENTIFICADOR - seriam apenas rabiscos transitórios.

Esta "CHAVE", esta "SENHA" tem que ser imutável e qualquer tentativa de "explicações" sobre mudanças radicais é totalmente infundada e segue uma tendência atual de se tentar justificar "mudanças" no que era obrigatório de uma forma e agora, só porque querem ou precisam, "pode ser de outra".

Não pode! E se "puder", NÃO É UMBANDA ou NÃO É O MESMO ESPÍRITO!

Não sei se já disse aqui ou foi objeto de debate, mas se não disse, aí vai.

A importância de um PONTO RISCADO é tanta no reconhecimento de uma entidade, que ATÉ A FORMA DE RISCAR (a ordem em que riscam cada elemento que o compõe - uns após outros) identifica ou não o verdadeiro dono do riscado.

Aprofundamentos sobre isto, se preciso forem, à parte. E se você ainda não atentou pra isso, comece agora, porque assim como existem na terra falsificadores de assinaturas, no Astral também os há!

Esperamos ter explicado um pouco mais, embora praticamente tudo o que está explicado agora estivesse implícito, nas entrelinhas, como bem gostam de nos ensinar nossos amigos lá do outro lado.

Que a PAZ DE OXALÁ nos equilibre, a todos, agora e sempre!