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segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

SOU MÉDIUM E AÍ? - PARTE IV E FINAL

... CONTINUANDO ...

Agora vamos voltar lá atrás, onde dissemos : "Quando você sintoniza 1200MHz, você recebe a estação que vibra ou envia seu sinal nessa freqüência. Se sintonizar em 95,5Mhz, receberá outra e nem perceberá que existe a de 1200MHz, entendeu? E isso não quer dizer que a onda de 1200MHZ não esteja presente no seu lar, ao seu lado etc., é o seu rádio, com seus circuitos osciladores internos, que cria uma situação favorável à entrada da onda de 95,5Mhz ou a de 1200Mhz ".

Assim como diversas ondas de outras emissoras estão presentes no ambiente e não são percebidas por seu rádio que está sintonizado numa estação só, várias outras entidades, de diversos outros padrões vibratórios estão circundando sua matéria dentro de uma Gira, por ocasião de sua incorporação.

Então você poderia perguntar:

-"O que me faz receber essa e não aquela entidade? Será que eu não corro o risco de estar sendo influenciado(a) por mais de uma entidade de diferentes Padrões Vibratórios? Não foi você mesmo quem disse que elas até se "atropelam" nos Terreiros sem que uns sintam os outros"?

Excelentes perguntas: dignas de quem está realmente raciocinando enquanto lê.

Em primeiro lugar, nesse caso, há vários fatores a serem considerados, sendo que, o primeiro deles é exatamente sua organização espiritual, ou seja, como seus protetores e guias coordenam o trabalho sobre sua cabeça e, é muito por isso que sempre afirmo e afirmarei que uma "cabeça" não pode ter, como chefe espiritual, uma entidade na categoria de Exu ou outra no mesmo padrão evolutivo, por mais amigo ou evoluído que nos possam parecer. Em um caso como este, fatalmente o médium, além de ficar preso às vibrações mais pesadas, mais densas do Plano Astral, ainda estará correndo o risco de não vir a desfrutar nunca dos verdadeiros ensinamentos espirituais e de evolução. Já expliquei o porquê disto em volumes anteriores.

Quando um médium recebe orientação adequada e busca o contato positivo com entidades mais evoluídas (sem desprezar as outras, é claro) está buscando ajuda para a organização correta de sua guarda espiritual e, por conseqüência, de toda a sua vida espiritual e material pois, ao conseguir seu intento, terá a certeza de que estará entregando sua cabeça e a orientação dos menos evoluídos que o acompanham, para aqueles que realmente saberão o que fazer. Desse modo, se a cabeça recebe orientação de quem sabe fazê-lo, no instante da incorporação só entrará aquela entidade que realmente tiver de fazê-lo, pois toda a sua guarda estará trabalhando em comum acordo. Num caso assim, se estiverem cantando para a falange dos Pai Joaquim por exemplo, esse médium poderá ter certeza de que a entidade que estará chegando será, ou um Pai Joaquim ou um falangeiro seu, mas com certeza uma entidade que estará chegando sob comando e com a licença dos seus Guias maiores.

Em caso diferente, quando o médium está em desenvolvimento e não sabe ainda com quem trabalhará, realmente estará correndo o risco de receber alguém que nada tenha a ver com o que está sendo chamado e, em ocasiões específicas, até mesmo a tentativa de incorporação de mais de uma entidade ao mesmo tempo, o que provoca, não raramente, o tal "choque de vibrações" já descrito e uma "surra" no aparelho que sacoleja, se estrebucha e acaba por levar tombos no caso da segurança bobear. Nesses casos costuma-se dizer que o orixá tal está em guerra com o outro orixá pela cabeça do médium. Coitadinho dele ! (PURA LENDA)

A mediunidade de incorporação, talvez seja a forma mais passiva de contato com entidades e energias do Plano Astral porque, nessa técnica, para que a incorporação seja a melhor possível, o médium deve basicamente focalizar sua mente na falange ou entidade que pretende que incorpore e relaxe o mais possível. Todo o restante é feito pela entidade que chega e vai tomando os pontos a serem comandados – pernas, braços, mente ...

Por ser uma forma de contato passiva, o médium tem que confiar na entidade que se aproxima e, praticamente, entregar-lhe o corpo e a mente.

A dificuldade, em médiuns iniciantes, de conseguirem uma incorporação o menos traumática possível ou mais segura e positiva possível, vem exatamente desse medo natural de ver-se, de uma hora para outra, comandado por uma mente que não a sua.

Então, voltando às perguntas, sintetizemos que, em primeiro lugar, a certeza de estar recebendo exatamente essa ou aquela entidade depende primeiramente de quem está comandando a sua coroa.

No caso de não haver uma entidade sua com real comando sobre sua coroa (seu desenvolvedor), então caberá a(o) Dirigente do Grupo (encarnado) ou ao Guia Chefe do Terreiro verificar e orientá-lo(a) no sentido de encontrá-la.

-"Mas digamos que eu não esteja no Terreiro e não possa contar com essa cobertura do Guia Chefe ou do Dirigente. O que devo fazer para ter essa certeza"?

Veja bem, porque essa questão é clássica, mas a resposta sempre é semelhante. Se você não sabe ainda quem é o seu desenvolvedor (essa entidade que coordena sua coroa) ou ele(a) não está firme em suas incorporações, é melhor que você nem tente "dar santo" fora do Terreiro que escolheu para acolhê-lo. Pode ter certeza de que estará correndo um risco enorme de que algum kiumba se apresente se dizendo isso ou aquilo e se passando por entidade positiva. O pior disso tudo é que, se livrar de um kiumba não é coisa muito fácil não, principalmente se você, como médium, for enfeitiçado pelo que podem criar de "milagres" no Plano Físico. Já falamos bastante sobre isso no primeiro e segundo volume.

E como é que se sabe quem é esse "desenvolvedor" ?

Esse desenvolvedor ou desenvolvedora, costuma ser sempre, no caso de Umbanda, um(a) Caboclo(a) ou Preto(a) Velho(a) e, em alguns casos menos comuns, até mesmo uma Criança (menino ou menina) que, se deixarem ou buscarem com eles, vêm ensinando e trazendo informações sobre as melhores formas de se lidar com a mediunidade de seu "cavalinho". São eles que, costumeiramente, transmitem os melhores tipos de banhos a serem tomados, informam os possíveis problemas pelos quais o médium esteja passando, se há choques de vibração (as tais "brigas de orixás"), se ele pode ou não trabalhar com demandas e descarregos, etc., etc., etc. Mas é claro que isso acontece se o médium permitir e tiver uma boa incorporação, sem medos e pré concepções principalmente pois, em ocasiões como essa, a mensagem da entidade tem que ser o mais pura possível, o que vale dizer, estar a incorporação o mais segura possível.

Esse(a) desenvolvedor(a), como se poderá observar, vai se mostrando dentre os demais que chegam no médium, com o passar do tempo e o desenvolvimento da mediunidade, ou seja, é pelo trabalhos e atitudes que as entidades apresentam que se vai identificando o(a) desenvolvedor(a) bem assim como as entidades de demanda, os possíveis magos, os "educadores" (doutrinadores) etc., a não ser que ele ou ela se identifique verbalmente.

Com certeza absoluta, esse(a) desenvolvedor(a) é uma entidade diretamente ligada à Coroa Maior do médium e, desse modo, quando o reconhecemos, automaticamente estaremos conhecendo o Pai ou Mãe de Coroa.

Veja bem, porque é preciso que fique bem claro: essa entidade não é o Orixá ou Pai ou Mãe de Coroa, mas sua Vibração Original, a energia sob a qual vem trabalhar, sempre será a mesma.

Uma característica que pode ajudá-lo a identificar essas entidades é que, não raramente se preocupam com o estado geral do médium bem assim como seu comportamento dentro e fora das Giras. Nas entrelinhas ou mesmo escancaradamente, estão sempre a deixar recados para que seu "cavalinho" melhore aqui ou ali, faça isso ou aquilo, etc. ... Eles às vezes chegam a ser "chatos" em seus cuidados com o "cavalinho", diferentemente do comportamento de outras entidades que, como se poderá observar, estarão muito mais preocupadas em atender a outros, em realizar seu trabalhos ou darem suas consultas ou enfrentarem suas demandas ...

Costumam ser eles os presentes quando, por qualquer situação ocorrida, mesmo nas Giras, o médium precisa de um descarrego a mais ou uma orientação sobre o que deve ser feito para a melhora.

Se souberem explorar a sabedoria de uma entidade como essa, mesmo em se tratando de Crianças, poderão aprender muito sobre o médium, sua mediunidade e até mesmo coisas que, acontecendo com o médium, podem vir a acontecer com qualquer um.

Com o passar do tempo e o melhoramento da sensibilidade mediúnica, não só o(a) desenvolvedor(a) mas todas as entidades que com você vierem a trabalhar, ao se achegarem emitirão sinais particulares para que você os possa identificar. Algumas entidades, como já falei, chegam cantando seus Pontos ao seu ouvido e, quando digo "seus Pontos" não quero dizer os Pontos Cantados de caráter geral, mas sim os particulares de cada um, aqueles que pertencem somente a eles.

Explico: Assim como cada entidade tem seu Ponto Riscado como uma assinatura, tem também seu Ponto Cantado Particular, independente daqueles que cantam para sua falange. Se por exemplo você recebe um Pai Joaquim que chega quando se canta aquele Ponto de chamada geral ("Pai Joaquim, ê, ê/ Pai Joaquim, ê, á/ Pai Joaquim veio de Angola/Pai Joaquim é de Angola, Angolá... ) ele estará respondendo, no momento, a um chamado à sua falange mas, a ENTIDADE PARTICULAR que trabalha com você sob esse nome de falange (esse não é o verdadeiro nome do espírito) também tem seu Ponto Cantado no qual se identifica e não raramente explica a que Vibrações Orixá está ligada enquanto nesse tipo de trabalho com você.

Esse Ponto você não verá outra entidade, mesmo da mesma falange, cantar – ele é particular dessa entidade . É mais uma forma de identificação da entidade com seu aparelho mediúnico ou seu "cavalinho" que, em caso de necessidade poderá chamá-la cantando-o como se fosse uma oração e, claro, aguardando a resposta.

Outras entidades, além do Ponto Cantado ou mesmo sem ele, se utilizam de sensações específicas no corpo material do médium e, dessa forma, alguns lhes assobiam no ouvido ou nos ouvidos (é diferente, pode crer), outros lhes dobram um certo dedo da mão, outros lhe dão uma pontada em uma outra região do corpo, enfim, se utilizam de sinais que para eles e o médium se tornam característicos de suas presenças. Reconhecendo então o médium, esses sinais característicos, e neles confiando, passa a criar em si, condições que propiciem à entidade uma boa incorporação, relaxando e voltando sua atenção totalmente para aquele(a) que se achega.

-"E o papo das freqüências, das entidades que se atravessam...?"

Deixei bem claro isso porque há situações em que você, como médium em estado semi- consciente, poderá perceber que, mesmo não havendo os choques de vibração, estará sendo influenciado sim, por mais de uma entidade, como já citei por alto no Primeiro Volume desta série.

- "E de que maneira isso pode se dar? Não vai dar uma confusão danada?"

Na verdade, como já explicamos várias vezes as entidades em Umbanda costumam trabalhar em FALANGES e isso tem um significado muito maior do que "TRABALHAR COM A TURMINHA", sacou?

Quando uma entidade trabalha com sua Falange estará trabalhando com falangeiros que vão desde os mais evoluídos (dentro do possível) até os menos e não somente entidades que, por merecimento já tenham recebido o nome da falange.

Explico melhor: Numa falange de Caboclo Aymoré, por exemplo, de um certo nível evolutivo para cima, todas receberão o mesmo nome de falange quando incorporadas, por já terem esse mérito. Acontece no entanto que, junto a essa falange, estarão trabalhando também os Exus e BUGRES (em um nível evolutivo mais baixo) que, na verdade, acabam sendo aqueles que "botam a mão na lama" (em sentido figurado) quando "a coisa fede".

Esses Exus e Bugres não recebem o nome da falange dos Aymorés – têm seus próprios nomes de falange e podem ser falangeiros também de outros Exus Maiorais como Sete Encruzilhadas, Marabô, Tiriri, etc. e terem exatamente esses nomes de falange, mesmo trabalhando temporariamente na falange do Caboclo Aymoré.

Em casos assim, digamos que uma entidade, falangeira de Aymoré esteja em terra e um consulente lhe faça perguntas sobre algo acima de seu conhecimento. Estando presente um outro falangeiro que tenha conhecimento sobre o assunto, este pode ser e é consultado pela entidade incorporada. Em casos especiais a entidade incorporada se afasta levemente e permite que essa outra entidade passe as respostas requeridas. Esse procedimento é totalmente sem traumas, sem sacolejos, exatamente por serem essas entidades de padrão vibratório muito próximos e, por isso mesmo, muitas vezes só percebido pelo médium em estado de semi – consciência ou alguém que tenha sensibilidade para captar.

Veja bem que a entidade primeira não sai para que a outra se ligue, entendeu? Ela apenas afrouxa suas ligações com o médium e permite a entrada da segunda.

Numa outra situação, a essa mesma entidade incorporada se achega alguém com sérios problemas de encosto ou cargas negativas (densas) com as quais ela já não tem mais necessidade de mexer. Nesse caso, a entidade se afasta ligeiramente e dá passagem para um Exu ou Bugre que, nesse caso, passa a trabalhar sob a influência energética dela e usando os mesmos canais de contato. Também essa mudança não é percebida pelos leigos porque durante ela não há sacolejos ou mudança de postura como normalmente existem na incorporação do Exu puro e isso porque, esse Exu (consideremos uma segunda estação ou onda) entra na faixa vibratória do médium, mas esse não sai da faixa vibratória da entidade que antes estava atuando - é um tipo de permissão especial que o Exu ganha para o trabalho específico que deve ser realizado.

- "Caraca! Mas isso não vai dar uma confusão danada na cabeça do médium semi – consciente?"

Daria se ambas as entidades resolvessem disputar quem ia falar mais ou trabalhar mais, como seria no caso de ondas de rádio que se sobrepõem, entende? Como esse tipo de trabalho é praticamente combinado entre eles, a entidade que abre caminho permanece apenas em estado de vigia mas sem interferir no que a outra está fazendo ou falando, a não ser que haja necessidade. Mas mesmo nesse caso, como ela permanece no comando, pode retirar o Exu do ar sempre que precisar.

É claro que não estou pretendendo que todos acreditem que isso possa acontecer até porque, para que creiam mesmo será preciso que vivenciem a experiência ou tenham sensibilidade para ver e/ou sentir ou mesmo lhes seja narrado por médiuns mais experientes situação de igual teor. Realmente os médiuns iniciantes não costumam perceber esses fenômenos e muito menos aqueles que, mesmo experientes, sejam apenas "cavalos de guias". A idéia de expor esse tipo de fenômeno aqui é exatamente para que, se você perceber estar acontecendo com você ou alguém de seu conhecimento que, por algum motivo sinta e não compreenda, tenha motivos para entender e até mesmo explicar que é um fenômeno TOTALMENTE NORMAL. É só manter sua mente aberta para novos conhecimentos e observar, observar, observar ...

Esse é um exemplo de como você poderá estar sendo atuado por mais de uma entidade ou, em outras palavras, mais de uma energia de padrões vibratórios distintos ou mesmo, mais de uma estação transmissora diferente.

Vamos mais além um pouquinho, agora nos tais choques de vibrações que acabam sendo compreendidos como "surra de guia" e/ou "briga de orixás" para que você entenda que, na verdade não é nada disso – essas colocações são feitas apenas para que não se tenha que dar explicações de cunho mais profundo e menos acessíveis à compreensão da massa popular que acorre aos Terreiros.

Vamos considerar que um indivíduo médium tenha capacidade (pela sintonia de seus Chakras) de receber bem entidades que vibrem numa freqüência entre os 1000Hz (ou 1Khz) e 3000Hz (ou 3Khz).

Se sua mente só é capaz de sintonizar bem dentro dessa faixa vibratória, então, para que se comuniquem, as entidades espirituais terão que baixar seus padrões ou aumentá-los (dependendo de seus próprios padrões) para que se sintonizem bem com uma ou algumas das freqüências suportadas pois, fora delas o médium é cego, surdo e mudo (espiritualmente falando). Entendeu bem até aí?

Antes ainda de entrar direto no assunto devo chamar a atenção aqui para o fato de que, se a entidade não conseguir entrar na faixa do médium e mesmo assim forçá-lo numa incorporação verdadeira, terá que atuar em seu sistema nervoso, acelerando-o ou freando-o, até que ambos entrem em sintonia numa freqüência "X". Em ambos os casos o médium estará sendo sacrificado e provavelmente sofrerá conseqüências antes e/ou após a partida da entidade. Essas conseqüências podem se traduzir em um intenso esgotamento ou mesmo numa taquicardia (aceleração descontrolada do coração) passando por enjôos, formigamentos pelo corpo, visão turva, etc. Nada que deva causar alarme se o médium estiver preparado para esses baques, porque as sensações tendem a irem se diluindo caso ele saiba relaxar por alguns minutos. Em casos mais graves será preciso a atenção de uma entidade que com ele já esteja acostumada a trabalhar para que seja recomposto – seu ou sua desenvolvedor(a) por exemplo.

Isso não acontece, no entanto, em caso de outros tipos de mediunidade em que a entidade não precisa tomar o corpo do médium, comunicando-se mais telepaticamente (visual ou verbalmente) com este.

Isto me faz lembrar da primeira vez em que recebi a influência de Seu Tranca Ruas (só fiquei sabendo depois que era ele) estando ainda como assistente de um grupo espírita. Ao se afastar, sendo "puxado" por um médium, deixou-me em estado de total torpor, com formigamentos que iam dos pés até a raiz dos cabelos e, claro, com o medo que fiquei, até falta de ar acabei sentindo. E olha que não cheguei a incorporar não, foi só a aproximação, talvez numa tentativa de chegada.

Voltando ao assunto.

Você deve saber que, médiuns, principalmente os de mediunidade Cármica, costumam ter à sua volta, um grupamento de espíritos e/ou elementais com os quais já se comprometeu a trabalhar, antes mesmo do reencarne, não? Acontece que nesses casos, quando o médium, ou está atrasado no cumprimento de seu Carma ou mesmo por ansiedade dessas próprias entidades, ao chegar no Terreiro, é quase que "invadido" por uma ou mais de uma entidade que "quer logo garantir seu lugar". Pode parecer brincadeira mas não é! Se acontece uma situação dessas, há vezes em que mais de uma entidade tenta "entrar" na faixa vibratória disponível desse médium ao mesmo tempo. Como nem ele, nem essas entidades têm ainda treinamento para fazê-lo, acabam por provocar esse choque de vibrações com violentos choques na matéria, sacolejos e mesmo tombos que acontecem, mesmo que você não acredite, de ambos os lados (médium e entidades). As entidades praticamente se "trombam" na ânsia de assumirem um lugar ou se definirem como presentes.

Pela inexperiência dessas entidades em flexibilizarem seus padrões vibratórios ou a densidade de seus Corpos Astrais, acabam as duas, criando o choque de Auras que, além de afetar o médium acaba por afetá-las da mesma forma.

Em casos como esse, cabe a(o) Dirigente do Terreiro ou ao Chefe Espiritual, a doutrinação dessas entidades no intuito de ensiná-las que não pode ser dessa forma – ficar dando oferendas para esse ou aquele orixá e não ensinar aos três (médium e duas entidades) como devem proceder, de nada vai valer até porque, numa situação como essa, poder-se-á estar dando força à entidade sob vibração errada.

Explico de novo: Em casos como esses, quando entidades e não ORIXÁS e nem enviados desses (porque se o fossem não estariam "brigando") estão tentando chegar um na frente do outro, a não ser que se queira "mandar um chute", fica difícil até mesmo para um vidente, saber exatamente qual delas deveria ser a primeira e, nesse caso, pode-se correr o risco de se alimentar a Vibração Orixá a que uma delas pertence, erradamente, dando força para que entre na faixa do médium a entidade e a Vibração Orixá erradas.

Claro que médiuns que sofrem esse problema têm que ser melhor assistidos pelo(a) seu(sua) Dirigente até que a "demanda" do outro lado se resolva e todos possam chegar em paz.

No outro caso, quando o médium parece estar sendo "surrado" por apenas uma entidade, podem estar acontecendo duas coisas:

1 - Ele estar mesmo sendo "surrado" por alguma besteira que tenha feito ou produzido;
2 - Estar havendo choques de vibração entre sua Aura e a da entidade que tenta se achegar.

O primeiro caso eu nem vou comentar mas, o segundo é importante porque nem sempre é o primeiro caso que está acontecendo e, por desconhecimento dos próprios Dirigentes, às vezes o médium é exposto a situações não muito cômodas, quando todos acabam por pensar que ele deva estar fazendo alguma "M..." e por isso estar apanhando de seu protetor, fato que, às vezes, causa até revolta do próprio médium que não entende o porquê de estar levando aquela surra, já que nada teria feito para tal – o que normalmente não é acreditado por todos. Pode notar os sorrisos maliciosos nessas ocasiões!

Para ficar bem entendido é preciso que se entenda, de novo, que tudo é energia vibrando em diferentes formas e freqüências e, por causa disto, algumas energias se tornam intransponíveis para outras, dependendo em que faixas de freqüência ambas se situam. Dessa forma, se uma entidade se achega com um padrão vibratório "X" e o médium está vibrando a um outro padrão vibratório "Y", as energias que compõem suas Auras naquele momento, podem estar tão destoantes que uma cria uma barreira para que a outra possa penetrar, formando-se, desse modo, uma barreira entre o médium e a entidade espiritual, seja por medo (quando a Aura normalmente se fecha), ou problemas emocionais mesmo, e até a presença de energias elementais na Aura desse médium. Nesses casos, como a entidade vai acabar tentando penetrar à força, fatalmente se chocará com essa barreira que, impedindo-a, vai acabar por se transformar em uma espécie de "pára-choque", sobrando o tranco final, não só para o médium como em muitas vezes para a própria entidade que não esperaria a reação.

Uma idéia disso você poderia ter quando tentasse penetrar sua mão em uma vasilha de água e depois, quando essa água se condensasse, numa vasilha de gelo.

A Aura comprimida seria a água em estado de gelo. A água em seu estado normal tem um padrão vibratório "X", enquanto que em seu "estado de gelo", seu padrão vibratório é muito mais baixo que "X". Aliás, como é mesmo conhecido pela Física, todos os sólidos têm padrão vibratório menor que o dos líquidos que, por sua vez, têm menor padrão vibratório que os gasosos e por aí vai ... mas ABSOLUTAMENTE TODOS ELES TÊM SUAS MOLÉCULAS VIBRANDO.

Uma das formas de acelerar o padrão vibratório de um sólido, por exemplo, seria exatamente o de aquecê-lo, ou seja, fornecer-lhe uma ENERGIA QUE CHAMAMOS CALOR para que suas moléculas se acelerem, se agitem e ele passe do estado sólido para o líquido, e daí, talvez para o gasoso ...

Observando essa situação, o(a) Dirigente deverá também dar especial atenção a esse médium que, se for novato, deverá se aprimorar mais em seus treinamentos, e em rituais que o ponham em contato melhor com seus protetores e guias e, se for um médium dado como "pronto", deverá buscar em si, os problemas que possam estar criando esse acontecimento (problemas psicológicos, por exemplo), bem assim como passar pelos rituais de banhos ou amacis ou outros, sempre de acordo com a linha espiritual que segue o Terreiro.

É aconselhável que não freqüente Giras públicas de atendimento nesses casos, pelo fato de haver o perigo de ver seus problemas piorarem.

Muito bem! Acredito que já tenhamos entrado muito mais nesse assunto de MEDIUNIDADE, com conceitos quase nada divulgados. Provavelmente ainda vá me reportar a partes desse texto no decorrer dos outros capítulos porque, sem mediunidade não há Espiritismo, Umbanda, Candomblé, Umbandomblé, etc., etc.

Vemos dessa forma que esse assunto é básico para tudo o que você e seus amigos passam e vão passar enquanto estiverem usando a mediunidade como forma de se contatarem com o invisível.

Mas ainda tem mais, ... muito mais, pode ter certeza!

sábado, 13 de dezembro de 2008

SOU MÉDIUM, E AÍ? - PARTE III

..... CONTINUANDO ...........

SUGIRO A TODOS QUE ANTES DE COMEÇAREM A LER ESTA E A PRÓXIMA POSTAGEM, LEIAM OS COMENTÁRIOS FEITOS NA PARTE II DESTA SEQÜÊNCIA


Primeiro ponto a ser observado.

Ao chegar no Terreiro para um dia de trabalho – isso depois da preparação que deve ter sido feita antes, com banhos etc. – evite aquelas conversas sobre assuntos do dia a dia, seus problemas, suas amarguras, ou mesmo as amarguras de outrem. Busque, desde sua chegada, entrar em contato com a energia que ali existe (EGRÉGORA) e que foi criada por todos os que ali freqüentam. Para tal, prefira o silêncio aos papos desnecessários, a introspecção (observação de seus próprios processos mentais), ao invés de ficar observando o comportamento alheio, mesmo que de irmãos de corrente seus. Cabe à Dirigente ou ao Dirigente verificar se estão ou não em acordo com o que pretende o Terreiro e seus Mentores Espirituais.

Nesse estado de introspecção, de preferência de olhos fechados, o que ajuda bastante, tente ir sentindo, não o que ocorre a seu lado fisicamente, mas "no ar"; a seu lado; espiritualmente.


Relaxe o mais que puder e tente com isso, abrir ou expandir sua Aura à volta de todo o seu corpo, para que a sensibilidade para outros Planos seja facilitada. Você pode, durante esse processo, já ir tentando contato com suas entidades protetoras e guias, ainda que sem incorporações (através de orações, por exemplo) – apenas para que elas se acheguem a você e estejam tão próximas quanto possível durante todo o tempo de Gira.

Faça isso e, talvez não consiga na primeira ou segunda vez, mas chegará a um ponto em que sentirá a presença deles quase que fisicamente, se bem que alguns prefiram se fazer notar transmitindo-lhe mentalmente, ou seu Ponto Cantado ou alguma coisa mais que os identifiquem. Só você é quem vai, na medida em que isso for sendo treinado, sentindo mais e mais. E veja bem: ANTES MESMO DE SE INICIAR A GIRA.

Saber usar a egrégora (energia padrão) do Terreiro com a finalidade de melhorar seus dons é coisa que poucos fazem. Acontece que essa egrégora, sendo uma energia forte, facilita esse intercâmbio entre você e o Mundo Astral que circunda seu Terreiro através dos Vínculos (lembra-se?) que essa egrégora tem com todas as entidades que ali trabalham.

Todos os exercícios que se possa fazer visando melhorar os dons mediúnicos, se forem executados dentro de um ambiente onde haja uma egrégora forte e bem vinculada, sempre terão melhores efeitos que de outra maneira.

Não podemos aqui expressar em quanto tempo cada um vai sentir e/ou ver melhor o que ocorre "do outro lado" ou mesmo "dar melhores incorporações" porque isso vai depender de cada um e de seu próprio esforço nesse sentido, mas que essa simples mudança de comportamento antes das Giras pode melhorar acentuadamente todos os seus processos mediúnicos, disso você pode ter certeza!Deixe seus problemas lá fora!

O simples fato de evitar conversas sobre doenças, problemas, dificuldades, etc., já será um primeiro passo para sua melhora, mesmo que você esteja passando por problemas que julgue "escabrosos". Já explicamos em Volumes anteriores que, quanto mais pensamos nos problemas, mais os solidificamos à nossa volta, não foi? Então, para que a resolução desses problemas seja mais fácil ou menos difícil, é preciso que você treine sua mente, não pensando neles, mas buscando ajuda para si, de forma que os problemas vão deixando de existir na medida em que você cresce espiritualmente e com isso ganha mais e mais amigos do outro lado. Esses, por conseguinte, sabendo-o(a) com esses problemas, com certeza trabalharão em prol de sua resolução.

Busque se elevar acima dos problemas e, com isso, alcançar melhores e mais evoluídos amigos espirituais. Você terá respostas breves, seja por entidades incorporadas ou não, por intuições, por sonhos ... mas o mais importante é saber manter a mente relaxada e aberta para que, vindo essas mensagens, você possa reconhecê-las como para seu auxílio. Se você permanecer dentro dos problemas, tal qual uma pessoa que se afoga, é capaz de nem ver o salva-vidas que lhe jogaram.

Aliás (olha só eu com meus adendos), é muito importante que você saiba até orar ou rezar ou pedir aos céus. A oração deve ser sempre dividida em duas partes: na primeira você eleva seus pensamentos aos Guias, Protetores ou deuses e, através de uma mentalização ativa e mesmo pedidos orais, transmite firmemente aquilo que pretende alcançar e às vezes repete e repete e repete as invocações, como já vimos no Volume II; na segunda parte você dá como por entregue seus pedidos e também se dá um tempo, relaxando e tentando esvaziar sua mente para que, no caso de uma resposta através de uma intuição, por exemplo, possa estar em atitude de recepção e captar essa mensagem.

Às vezes, o que vemos, são pessoas que pedem, pedem, pedem e, logo depois dos pedidos, nem esperam para verem se há uma resposta, o que infelizmente, minimiza os possíveis vínculos que possam estar tentando criar ali.

Começou a GIRA. E agora? O que faço?

Mantenha-se o mais possível, em estado de relaxamento mental, tentando mentalizar (criar mentalmente a imagem) o que cada Ponto Cantado diz.

Os Pontos Cantados têm, como objetivo primeiro, o de desviar a atenção dos médiuns dos problemas que o envolvem no dia a dia e concentrar suas mentes nos rituais que vão se proceder.

As letras dos Pontos Cantados, de uma forma geral, induzem-nos imagens de seres e situações e locais que fortalecem nossas crenças e nos dão a certeza de estarmos bem assistidos pelo lado de nossos amigos – mas isso em se tratando de Pontos Cantados mesmo, com fundamentos e não alguns sambas enredo, modinhas e sambas de roda que, não sei bem porque, resolveram incluir no hinário de certos Terreiros como se fundamentos tivessem.

Em se tratando de Pontos Cantados de Fundamento, tente mentalizar os acontecimentos que ele descreve, por exemplo:

"Defuma com as ervas da Jurema/ Defuma com arruda e guiné/ Benjoim alecrim e alfazema/ Vamos defumar filhos de fé".

Durante um Ponto Cantado como este, sua mente deverá, ao invés de ficar prestando atenção na saia da amiga ou no pé do outro médium, estar MENTALIZANDO (criando imagens mentais) de, por exemplo, energias negativas sendo levadas pela fumaça que sai do turíbulo. Ao ser defumado(a), mentalize que nesse "banho de fumaça" está recebendo uma nova energia e que estão saindo de você todos os desconfortos físicos e mentais que podiam estar lhe acompanhando até então.
Vamos ver agora um outro Ponto Cantado para exemplo:

"Abrindo a nossa Gira/ pedimos a proteção/ De nosso Pai Oxalá/ Para cumprirmos, nossa missão".


Imagens como a de Pai Oxalá (como você entende que seja) se aproximando do Terreiro e dos médiuns e cobrindo-os com uma espécie de manto de luz seriam de muito bom gosto. Lembre-se de que, mesmo que isso não esteja acontecendo no Astral, você estará criando para si a Forma Pensamento positiva que atrairá, pelo menos para você, energias de luz como a que está criando mentalmente, entendeu? Se todos os médiuns forem treinados igualmente, é claro que essa Forma Pensamento vira egrégora e a influência da energia criada será muito mais forte sobre todos. Mas aí dependerá do(a) Dirigente se interessar em incentivar esse treinamento no grupo.

Vamos a mais um exemplo para que fique bem clara a idéia. Digamos que o Chefe de Terreiro seja, por exemplo, Seu Arranca Toco e que para ele se cante esse Ponto:

"Vem meu Pombo Correio/ Dos Jardins de Nossa Senhora/ Vem trazer a mensagem de Pai Oxalá/ Caboclo Arranca Toco vai chegar"

A imagem de um pombo chegando de um céu limpo e muito azul trazendo a mensagem ou abrindo uma passagem para que Seu Arranca Toco venha se apresentar, ou alguma outra parecida, deve ser a escolhida nesse momento.

Agora vamos expor as vantagens desse trabalho mental voltando sempre sua mente para o que está ou deveria estar acontecendo no Astral, dentro do Terreiro.

1ª vantagem: Sua mente estará sempre ocupada com pensamentos e mentalizações positivas, evitando se deixar levar pelo cotidiano ou mesmo por pensamentos e fixações negativas;

2ª vantagem: Sua mente estará criando condições que propiciem a criação de energias de teor positivo que fatalmente agirão sobre sua própria mente, seu corpo físico e seu estado psíquico;

3ª vantagem: Pelo efeito das duas vantagens anteriores, sua Aura estará sendo relaxada, mais expandida, o que o(a) fará mais propenso(a), pela sensibilidade nesse caso, tanto a incorporações menos traumáticas (menos "sacolejadas") como mais seguras, ocorrendo o mesmo no caso de vidência e clariaudiência;

4ª vantagem: Como sua mente vai estar voltada para criações de imagens de teor positivo, mesmo com o relaxamento de sua Aura as entidades de menor evolução terão dificuldade ou mesmo ficarão impossibilitadas de nela penetrarem, o que por si só, já será um filtro contra o Baixo Astral;

5ª vantagem: Sua mente estará sendo trabalhada em cada sessão, por você mesmo(a), ainda que não perceba de imediato, para focalizar Planos e Energias de cada vez mais alto teor vibratório, o que equivale a dizer que estará ampliando seu Padrão Vibratório e, nesse caso, sintonizando-o(a), pouco a pouco, com Energias e Entidades pertencentes a níveis superiores de Evolução.

É claro que essa sintonia com os níveis superiores não se dará "da noite para o dia" , como se costuma dizer – levará mais tempo ou menos tempo, de acordo com seu próprio esforço. Mas nunca é tarde para se começar até porque, às vezes, mesmo sem o sabermos, já estamos na metade do caminho, ou mais.

Já chamamos sua atenção nos dois volumes anteriores sobre o trabalho positivo de nossa mente em auxílio ao trabalho das entidades e a nós mesmos. Agora voltamos a afirmar que você sempre será aquilo que mentaliza ser. Os caminhos de sua vida, tanto materiais como espirituais, poderão e deverão estar sob seu comando desde que você se aperceba claramente disso e ponha "mãos à obra" no sentido de sua evolução.

Ainda estando dentro do Terreiro, você verá que práticas como as que citei, que podem parecer à primeira vista coisas simples demais, com certeza não são não. Se fossem, você veria em todos os Terreiros comportamentos de médiuns mais ou menos como os que sugeri. Será que vemos isso freqüentemente nos Terreiros e suas Giras?

Pode ser por desconhecimento? Pode sim!

Mas mesmo não o sendo, quando temos Dirigentes conscientes dos trabalhos que devem realizar junto aos seus médiuns, passando-lhes ensinamentos semelhantes, veremos que, quase na maioria das vezes o comportamento do grupo é bem diferente do de uma grande maioria de outros Terreiros. É ou não é?
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PARTE FINAL EM UMA SEMANA

sábado, 29 de novembro de 2008

SOU MÉDIUM E AÍ? - PARTE II

Para uma ilustração menos hipotética e mais realista atente paro o fato de que, as ondas de transmissão de televisão, mesmo as de freqüência mais alta, estão muito abaixo do que nossa visão pode perceber e muito acima do que nossos ouvidos podem escutar.

Entre as ondas de freqüência mais próxima de nossa visão comum, estão, ainda que imperceptíveis, os Raios Infra Vermelhos. Só começamos a perceber fisicamente os Raios Vermelhos (a cor vermelha) que são, dentro do espectro visível a nós, os de freqüência mais baixa, e nos perdemos em percepção (para cima) ao nível do violeta que é a cor de freqüência mais alta que podemos normalmente captar. Depois dela vem a ultra - violeta que já não vemos mais E NEM POR ISSO DEIXA DE EXISTIR.

Depois da energia Ultra Violeta existe ainda um sem número mais de energias (MOLÉCULAS QUE SE AGITAM) que, sabemos existir mas não podemos ver e, abaixo do Infra Vermelho, mais uma imensa gama de energias vibrando em freqüências totalmente não acessíveis à nossa visão.


Em relação à audição normal, como já dissemos, só podemos escutar os sons que vibram em freqüências entre 20 Hz e 20.000Hz mais ou menos, o que nos impede de escutar sons abaixo e acima dessas freqüências. Outros animais, no entanto, conseguem captar o que não conseguimos ouvir, como no caso de apitos para cães, por exemplo e, nesse caso e por causa deles, sabemos que existe algum som, embora não consigamos ouvi-lo.

É tão grande o universo de energias que não podemos ver, ouvir e mesmo sentir e, tão maior, que seria interessante você fazer uma pesquisa sobre isso – ficaria pasmo(a) de saber o quanto somos restritos em relação à diversificação de energias, que nos circundam em nosso estado normal, todas elas já relativamente conhecidas pela Física.

Mas o que interessa agora entender é que, para a energia passar do estado Infra Vermelho (não visível ainda) para o estado Vermelho (visível) ela precisou aumentar sua freqüência vibratória (se acelerar) e ir aumentando mais e mais de forma que, na medida em que as energias se apresentam mais "aceleradas", nós as vamos vendo como, vermelha, laranja, amarela, verde, azul, violeta (considere outras mais resultantes da interação entre as citadas) e, depois daí, como a freqüência aumenta além do que a visão pode perceber, essa energia torna-se invisível de novo para nós, como no caso já do Ultra Violeta.

Mas onde queremos chegar com isso?

Simples, simples!

Pelo exposto já vimos que, POR PADRÃO, nossos sentidos físicos estão adaptados para uma faixa de freqüências audíveis e outra faixa de freqüências visíveis, assim como nossos Chakras tendem a vibrar também numa estreita faixa.

Por PADRÃO, veja bem!

Isso não quer dizer que uns não possam conseguir ver e escutar um pouco acima e um pouco abaixo dessas faixas de vibração energéticas e que outros mais, não as sintam em seus sistemas nervosos e com elas possam se contatar. Essa sensibilidade que promove o contato com energias e seres que vibram em freqüências baixas e mais altas é o que chamamos de percepção extra-sensorial (PES), percepção esta da qual todos aqueles que tiveram sua mediunidade aflorada, seja por que meios tenham sido, são portadores.

Assim como temos percepções em vários níveis, podemos dizer que temos mediunidade em vários níveis também. E mais ainda, que essa percepção (sensação, visão, audição, etc.), desde que tenha aflorado, pode ser trabalhada para que se sintonize com Planos Vibracionais cada vez mais elevados, de onde pode-se tirar realmente, ensinamentos mais e mais profundos em relação à nossa situação neste Planeta e os meios de alcançarmos melhores objetivos em nosso rumo à EVOLUÇÃO.

Quem tem vidência ou contato com quem a tenha pode se informar: Observe que, numa "visão" de entidades, os menos elevados são normalmente acompanhados de "luzes" e/ou energias (Auras) de cores que vão desde o amarelo denso, passando pelo laranja também denso, o vermelho denso, passando pelo marrom denso, cinza ... e, no caso contrário (entidades elevadas), as entidades vêm acompanhadas de Auras que vão desde o amarelo cristalino, passando pelo verde, azul, violeta e chegando ao branco, sendo que todas as cores em estado evanescente e cristalino brilhante.

Mesmo quando uma entidade mais evoluída traz em sua Aura as cores de vibração mais baixas (do amarelo ao vermelho) elas se mostram na vidência como cores brilhantes e menos densas (mais evanescentes), como no caso de alguns Caboclos e mesmo Pretos Velhos.

Você nunca vai ver um kiumba portando uma Aura Azul Brilhante, bem assim como nossos amigos Exus. Eles pertencem a Planos em que essas tonalidades áuricas ainda não existem.

Dentro do Plano Vibratório em que estão nossos amigos Exus e outros, você poderá perceber até, no máximo, Auras com tonalidades vermelha e laranja e mesmo amarelas, roxas, mais densas e menos densas, ou seja, mais compactas ou mais translúcidas um pouco, mas nunca brilhantes. Na medida em que vão se apurando, se desprendendo da matéria e, por conseqüência evoluindo, essas Auras vão tomando aspectos mais brilhantes, menos densas e, aí sim, está na hora da entidade deixar de ser EXU.

Bem. Nesse ponto você também poderia perguntar:

-"Mas não basta freqüentarmos os Terreiros em giras normais, fazermos nossa caridade para que essas capacidades mediúnicas vão se treinando e possamos cada vez alcançar melhores níveis"?

E eu responderia com outra pergunta:

-"Acaso, quando você está numa gira de Terreiro, tenta observar mais o que acontece fora do alcance da visão comum? Ou, como a quase totalidade dos médiuns, prende-se ao que de material está acontecendo"?

Se a resposta for que você procura observar e sentir o que está se passando "do outro lado", então sim – você estará buscando a sintonia com as energias que não pode ver normalmente e, desse modo, está tentando elevar o padrão vibratório de seu cérebro e Chakras, o que, por si só, já consiste num treinamento para melhores percepções futuras. Caso contrário ....

Já dissemos no Volume anterior que, o que acontece no Plano Físico dentro de uma Gira, não é nem 10% do que acontece no Plano Astral, não é?

Quando você age como um médium passivo – apenas deixando que as entidades o dominem e façam seus trabalhos através de seu corpo físico e de sua mente - estará funcionando como "cavalo de guia", como já vimos. Não que isso seja um demérito para você ou para qualquer um mas, agindo sempre assim, estará se acostumando a "funcionar" apenas dentro de uma faixa vibratória específica às entidades que com você trabalham ou que usam seu corpo para tal.

Dá para entender?

A menos que você tenha entre essas entidades, uma mais evoluída, que trabalhe em seu "aparelho mediúnico" (Chakras, etc.) visando melhorar mais e mais sua percepção e sensibilidade para outros Planos, você nunca vai perceber esses outros Planos e as entidades que existem e que, como já disse também no livro anterior, não são percebidas, nem mesmo pelas entidades de menor evolução, sendo por elas "atravessadas" como nós o somos diariamente por todas as que já estão do lado de lá.

Mas agora vamos dizer que você, entre as entidades que trabalham naturalmente, tenha esse(a) desenvolvedor(a) e que ele(a) pertença mesmo a Planos mais evoluídos de existência e que trabalhe, ainda sem que você perceba, nessa sua mediunidade a fim de poder colocá-lo(a) futuramente, em contato com VERDADEIROS GUIAS e MENTORES espirituais.

O que custa você dar-lhe uma "mãozinha" e se esforçar por você mesmo(a) ?

Se entendeu para o que eu quis chamar atenção até aqui e quer melhorar mesmo seus dons mediúnicos, então vamos começar a nos ajudar pelo que fazemos ainda dentro do Terreiro.
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CONTINUA EM UMA SEMANA OU 15 DIAS, CONFORME APRECIAÇÕES REQUERIDAS NO PRIMEIRO POST DA SÉRIE

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

SOU MÉDIUM, E AÍ? (PARTE I)

Pensei bastante antes de divulgar aqui este texto que, sendo do terceiro volume de UMBANDA SEM MEDO, ainda não colocado público, pode se tornar um pouco complicado para alguns em função de analogias com certos conhecimento da física, o que tento fazer o mais explicadinho possível, a fim de que se tornem claros, mesmo para aqueles que não tiveram a possibilidade de acesso a eles.

Resolvi fazer porque, ao relê-lo, percebi que muitas das informações nele contidas, poderão ser usadas, na prática, e o quanto antes, com fins de melhoria no potencial mediúnico de cada um de nós, desde que coloquemos em prática certas orientações comportamentais cujos embasamentos estão justamente na compreensão dessas analogias antes citadas.

Por se tratar de um capítulo bem grande, vou colocar o texto dividido em partes, aguardando que, em caso de necessidade de melhores explicações em cada parte dele, pessoas como você que nos lê agora, que se interessem em aprofundar os conhecimentos, não tendo compreendido qualquer uma de minhas tentativas de esclarecimento, se comuniquem via COMENTÁRIOS com perguntas pertinentes e até mesmo com possíveis correções. Através dessa interação, havendo perguntas e, conseqüentemente necessidade de respostas, em alguns casos poderei até mesmo sentir a necessidade de modificar o texto que irá para o livro, de forma que, quando for divulgado, deixe o mínimo de dúvidas possíveis no ar. Em outras palavras, suas dúvidas e/ou correções me servirão de orientação para a "montagem" do texto final.

Já tagarelei demais. Vamos ao texto.

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Já falamos nos outros livros, você já leu em mais outros ainda e já escutou do(a) Dirigente de seu Grupo ou Terreiro que a mediunidade é aquela capacidade de uma pessoa encarnada poder se comunicar, seja mentalmente, auditivamente, psicograficamente, energeticamente, ou através da incorporação, com entidades humanas (pessoas que já tiveram pelo menos uma encarnação) ou entidades elementais (pertencentes a um outro Plano Evolutivo e que não estiveram encarnados na Terra) e também outras que por enquanto não vêm ao caso e retransmitir o produto dessa comunicação. Em outras palavras, é a capacidade que temos de ser um meio de comunicação entre "os de lá" e "os de cá".

Mas e daí? Sabemos que todos trazem consigo essa possibilidade mediúnica mas nem todos a sentem ou demonstram e outros até a encaram como casos de patologias (doenças) psicóticas.


Mas e você? Eu quero saber de você!

Você se acha um(a) maluco(a) por sentir ou ver ou conversar com pessoas e ou outras entidades que só você percebe e não outros?

Seriam esses que não têm essa percepção, mais "normais" que você?

Vamos ver um caso clássico?

Digamos que numa cidade em que só existem os totalmente cegos, você resolve falar a algum deles sobre a maravilha que são as cores das flores, das árvores, do céu ...

O que deveria pensar esse ser que nunca as viu ou verá ? Que você é maluco(a)?

Vamos ainda mais profundamente e analisemos o ar que respiramos. Alguém vê esse ar? Alguém percebe que ele é azul, tirando-se a poluição? E por não vê-lo pode-se afirmar que quem diz que ele existe é maluco(a)?

E ainda mais profundo.

A água do mar está aí para todos verem, certo? Mas alguém vê as partículas de água que se desprendem e sobem aos céu diariamente (e olha que não é tão difícil ver não, heim !)?

E aí? Será que por não se ver, pode-se afirmar que não acontece, que não existe?

E as ondas de Áudio Modulado provenientes de estações de rádio? E as ondas de Freqüência Modulada (FM), VHF e UHF que nos trazem até as imagens da televisão?

Ah, mas aí a gente vê o efeito delas quando ligamos certos aparelhos (rádio e televisão). Então, mesmo não as vendo temos que acreditar que existam, certo?

É exatamente aí onde quero chegar.

Até bem pouco tempo atrás, quem dissesse que seria possível a transmissão e recepção a longas distâncias de ondas sonoras era considerado maluco. Quando o rádio apareceu os "malucos" deixaram de sê-lo, se "curaram" e tornaram-se cientistas.

A mediunidade que cada ser humano traz consigo faz, na realidade, com que ele seja um transmissor e receptor de outros tipos de ondas energéticas que não só as sonoras e, dessa forma, cada ser humano com maior ou menor capacidade de receber ou enviar essas ondas, pode perceber mais ou menos do que acontece em Planos Vibratórios menos densos que o nosso. Aliás, os rádios e televisões também sofrem essa restrição. Veja por exemplo que nem todos estão preparados para receberem ondas curtas (no caso do rádio) ou UHF (no caso das televisões), necessitando de aparelhagem ou circuitos adicionais para que o consigam.

Vamos esquecer nosso corpo físico por uns instantes, e encará-lo como um receptor e transmissor de certos tipos de ondas que os aparelhos físicos ainda não conseguiram captar (a não ser a fotografia Kirlian), o que talvez façam daqui a algum tempo mais, quem sabe?

Se você conseguir ver ou imaginar que, além de você ser um ser pensante, seu corpo também é um aparelho que sofre as influências das mais diversas fontes de ondas energéticas (luz, calor, ondas magnéticas, de televisão, de rádio etc.), inclusive estas que os aparelhos comuns não conseguem perceber, então estará começando a entender.

Se entender também que esse corpo físico que está usando agora, nessa encarnação, é como uma "vestimenta" para seu verdadeiro EU espiritual, então estará entendendo ainda mais o que vou tentar explicar.

Mentalmente saia de seu corpo, ou olhe-se em um espelho. Tente ver esse corpo como se estivesse fora dele, encarando-o e observando cada parte que o constitui. É claro que se você considerar que está fora de seu corpo, vai observá-lo como se um boneco ou bicho de carne fosse, ou apenas uma imagem, certo? Sem nada dentro.

Agora veja bem. Já explicamos, no volume anterior que, na cabeça existe um Chakra Coronário que funciona como se fosse uma ANTENA, certo? Só que essa antena, a despeito do que possam afirmar, serve tanto para recepção como para transmissão de ondas em uma faixa de freqüência não percebida ainda pelos aparelhos eletrônicos: apenas os humanos. Então comecemos por aí a análise do que algumas entidades chamam de APARELHO MEDIÚNICO.

Olhe para seu corpo, de frente, e imagine, se não puder ver, uma coroa de energia que se expande do centro da cabeça para cima e para os lados, para frente e para trás. Essa energia que se irradia tem como base uma faixa vibratória – digamos que vibre bem entre 1.000 e 1.500 ciclos por segundo (1000 a 1500 Hz ou 1Khz a 1,5Khz) - isso é uma situação hipotética (lembre-se de que ainda não temos aparelhos para medir a vibração padrão de Chakras) – nesse caso, entidades e/ou energias que vibrem (ou atuem) dentro desse padrão estarão afinadas com esse Chakra e, num caso de incorporação, por exemplo, quase não afetarão o seu sistema nervoso. Se no entanto, de você se aproximarem entidades que vibrem a menos de 1000 ciclos (faixa vibratória mais baixa que a sua) ou a mais que 1500 ciclos (padrão vibratório mais alto que o seu), se tentarem entrar em contato mental com você, ou terão que elevar seu padrão vibratório (no primeiro caso) ou diminuí-lo (no segundo caso) para que possam atuar dentro de sua faixa vibratória (esse grupo de freqüências onde seu Chakra Coronário ou sua "Coroa" atua bem).

Como sabemos que no Astral há entidades mais evoluídas que você e menos também, passamos a saber que, em decorrência disto, estaremos sempre recebendo influências energéticas maiores e menores.

Como esse Chakra de nossa hipótese, só consegue variar seu padrão entre 1000 e 1500 Hertz (ou ciclos por segundo), em estado normal ele não perceberá nem entidades que atuem a menos nem a mais, para o que, terá que passar por treinamentos a fim de poder expandir a FAIXA VIBRATÓRIA (freqüências entre a menor e a maior com as quais poderá interagir) e passar a alcançar, de acordo com os objetivos, maiores e menores freqüências, tipo: de 500 Hz até 6.000Hz.

E qual seria o objetivo dessa expansão da Faixa Vibratória?

A expansão para baixo não é comum. Só serviria para que o médium começasse a receber bem, as influências dos mais baixos astrais, mas a expansão para cima (até os 6.000Hz, no exemplo), serviria para que alcançasse a freqüência de energias e de entidades menos densas e mais evoluídas, por conseguinte, que, como se sabe, são de mais alto Padrão Vibratório.

Essa diferença entre as freqüências em que vibram as entidades espirituais e a do encarnado em questão, explicam também, de um certo modo, os desconfortos que sentimos às vezes quando da aproximação de certas entidades, mesmo sem incorporações. A simples presença de certas entidades de padrão vibratório muito diferente do nosso, causa como que um "choque vibratório" entre Auras, fazendo com que o sistema nervoso do encarnado sofra de alguma forma e produza sensações bastante desagradáveis.

Entre essas sensações podemos citar, dores de cabeça inexplicáveis, vertigens, enjôos, arrepios descontrolados, irritação inexplicável e momentânea, sonolência descontrolada, até mesmo perda temporária do controle sobre certos membros em casos mais profundos e desmaios.

Agora anote bem: Não é só a aproximação de entidades de baixo padrão vibratório (inferiores) que pode causar esses danos não. Também a presença de "medalhões espirituais" o faz, porque não se trata de influência de baixa ou alta freqüência (entidades mais ou menos evoluídas), mas do fato do encarnado em questão, não estar preparado para, ampliar ou baixar seu próprio padrão e com isso evitar o CHOQUE DE VIBRAÇÃO – este sim, o causador de todo o mal estar.

Mas cara! Você está falando aí de freqüências e ondas ...

Quer dizer que nossas entidades nada mais são do que isso? Freqüências e ondas? E que "diabos" é isso de freqüência que eu nem sei?

Fala sério, maninho! É claro que não é isso.

Vamos por partes, explicando o que é freqüência vibratória.

Qualquer corpo, seja ele sólido, líquido ou gasoso, é formado de átomos que se agitam, criando moléculas, formando células, tecidos e corpos. Acontece que os mais diversos corpos possuem suas moléculas formadoras vibrando ou se agitando em um determinado número de vezes por segundo.

Se você pegar uma caneta agora e bater na mesa uma vez a cada segundo, terá UMA BATIDA POR SEGUNDO, certo?

Se aumentar o número de batidas para duas vezes por segundo, terá exatamente isso: duas batidas por segundo ou, cientificamente falando, DOIS CICLOS OU HERTZ POR SEGUNDO.

Se agora você conseguir bater 1.000 vezes por segundo, terá uma freqüência de batidas de 1.000 batidas por segundo ou 1.000 ciclos ou Hertz por segundo e isso quer dizer que você acelerou a freqüência com que batia na mesa. Até aí tudo bem?

Perceba também que, se você conseguir bater mesmo 1.000 vezes por segundo na mesa, com certeza já não verá mais sua mão porque nossa visão normal não acompanha essa velocidade de movimentos, batimentos ou ciclos, ou hertz e é por isso que não conseguimos ver uma grande parte de corpos existentes que se agitam em freqüência muito superiores ou mesmo inferiores às que podemos ver.

No caso de 1.000 ciclos por segundo ou 1.000 Hertz (1.000Hz), ainda poderíamos escutar o som das batidas já que o ouvido humano percebe sons entre mais ou menos 20 Hz e 20.000 Hz - FAIXA VIBRATÓRIA AUDÍVEL.

O seu "computadorzinho" aí, tem um processador que pode ser capaz de trabalhar, talvez, a uma velocidade de 400MHz ou até uns 4 GHz ... rapidinho, não?

Se ele conseguisse trabalhar bem, tanto em 400MHz quanto em qualquer outra freqüência ENTRE esses 400MHZ e os 4GHz, então essa seria a FAIXA VIBRATÓRIA das energias com que ele poderia interagir - de 400Mhz a 4 GHz.

Deu para entender um pouquinho mais desse papo de freqüência e faixa vibratória?

O que estou afirmando pra você é que, embora as entidades espirituais sejam seres que conosco se comunicam, fazem-no sempre através da sintonia das freqüências com que o médium está acostumado, ou seja, para que haja uma boa comunicação, uma boa vidência, uma boa clariaudiência, etc., será preciso que o médium saiba ou possa ter sintonizadas as suas antenas (Chakra Coronário e outros) para as freqüências em que vivem ou vibrem essas entidades, caso contrário, vai ficar dizendo que elas não existem, entendeu?

Voltando ao rádio, por exemplo: Quando você sintoniza 1200MHz, você recebe a estação que vibra ou envia seu sinal nessa freqüência. Se sintonizar em 95,5Mhz, receberá outra e nem perceberá que existe a de 1200MHz, entendeu? E isso não quer dizer que a onda de 1200MHZ não esteja presente no seu lar, ao seu lado etc., é o seu rádio, com seus circuitos osciladores internos, que cria uma situação favorável à entrada da onda de 95,5Mhz ou a de 1200Mhz.

Transpondo isso para a recepção mediúnica, você poderá observar que, na maior parte das vezes, quando a mediunidade aflora espontaneamente, o indivíduo tende a ficar com maior disponibilidade para Planos Inferiores (Exus e mesmo Kiumbas) onde as energias vibram em padrões mais baixos. É claro que há exceções – não há regras sem elas – e elas acontecem quando o ser mediúnico já vem bem acompanhado desde o nascimento, não raramente com uma Missão e não um Carma espiritual.

Mas não é assim também em seu Terreiro? As pessoas não se assanham logo para trabalharem com Exus, mesmo não tendo ainda recebido as influências e/ou incorporação de seus mais altos companheiros espirituais que, embora estejam ali pertinho, não conseguem incorporar?

E os "malandros"? Como chegam bem, não?

E nos casos de vidência aflorada espontaneamente? Quem ainda não viu pessoas que só vêem coisas feias, miasmas, espíritos que mal passaram para o outro lado e por isso ainda vibram em Planos de baixíssima vibração ou freqüência?

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CONTINUA DENTRO DE UMA SEMANA A QUINZE DIAS, DEPENDENDO DA INTERAÇÃO (SE HOUVER) QUE SUGIRO NO INÍCIO DESTE TEXTO

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

UMBANDA - 100 ANOS




Aproxima-se um grande dia para todos os que conheceram, conhecem e se dizem umbandistas. O dia em que a coletividade decidiu marcar como a data inicial da Lei de Umbanda no Brasil visto que foi em 15 de novembro de 1908, que o Caboclo das Sete Encruzilhadas, apresentando-se através de seu médium, Zélio Fernandino de Moraes, um rapazola de 17 anos na época, determinou que, no dia seguinte, 16 de novembro, e na própria casa em que morava seu médium, reuniria Espíritos de negros e indígenas e daria inicio a um culto com um objetivo inicial e principal: uma religião que falaria aos humildes, simbolizando a igualdade que deveria existir entre todos os irmãos, encarnados e desencarnados.

Não só o fez como deu a esse o culto este nome UMBANDA, tendo determinado, na ocasião, toda uma linha filosófica, bem assim como a ritualística a ser adotada como técnica para que fossem alcançados os novos objetivos propostos desde então, na interação espíritos/encarnados - CARIDADE ATRAVÉS DOS ESPÍRITOS.

Difíceis foram os primeiros anos, difíceis foram os seguintes, mas movidos pela fé e grande repercussão do trabalho positivo e caritativo desses Espíritos, o trabalho continuou e muitos outros irmãos, de diversos outros cultos espíritas, ou mais abrangentemente, espiritualistas, foram se irmanando às causas e objetivos umbandistas, tendo neste período assumido também para seus cultos e crenças esse nome - UMBANDA.

Criou-se desde então, não uma união de práticas ritualísticas semelhantes ou idênticas, mas uma união em torno de objetivos a serem alcançados, tanto por encarnados quanto pelos Espíritos que por suas sabedorias particulares e práticas ídem, apontassem para esta mesma direção - IGUALDADE - HUMILDADE - FÉ - CARIDADE, direcionamento este, ao meu ver (pautado no fato de que o Caboclo das Sete Encruzilhadas não determinou doutrinas ou dogmas, segundo os próprios familiares do senhor Zélio), que até hoje identifica sem sombra de dúvidas como UMBANDISTAS, todos os que, trabalhando com Espíritos, mantém vivos estes objetivos em suas crenças e cultos.

Como fica claro no próprio Hino da Umbanda, ela é PAZ E AMOR. É um "MUNDO CHEIO DE LUZ", ela é "FORÇA QUE NOS DÁ VIDA E À GRANDEZA NOS CONDUZ". E para que se mantenha sempre desta forma, urge que Umbandistas de todas as raízes, de todas as raças, de todas as classes sociais, unam-se VERDADEIRAMENTE e cada vez mais, sem se preocuparem com as práticas ritualísticas (simplesmente técnicas rituais particulares) e formas de desenvolvimento de sessões, reuniões ou engiras de seus irmãos (exceto se forem contrárias aos objetivos propostos inicialmente) em nome de uma egrégora maior, uma UNIÃO ENERGÉTICA que imante, não só esse país chamado Brasil, como também, ao longo do tempo, todo este planeta, nossa morada enquanto encarnados, nessa onda de PAZ, AMOR, FRATERNIDADE, IGUALDADE - tudo o que um rapaz de 30 anos, há cerca de 2000 e tantos anos atrás tentou repassar como FORMAS DE EVOLUÇÃO para nossos Espíritos agrilhoados à matéria e mentalmente dirigidos tão só (na maioria das vezes), a tudo que lhe é correlato, o que acaba nos fazendo esquecer, por conseguinte, que ESTA É UMA MORADA TEMPORÁRIA e principalmente que TUDO DE MATERIAL QUE AQUI CONSEGUIRMOS, AQUI DEIXAREMOS, só levando conosco, daqui pra lá, sentimentos, conhecimentos, equilíbrio e HARMONIZAÇÃO ou não com o nosso DEUS INTERIOR - fagulha divina da Energia-Mãe Original, segundo muitas das crenças e da UMBANDA em particular.

"AVANTE FILHOS DE FÉ, COMO A NOSSA LEI" ... há sim, outras tantas que têm os mesmos propósitos, o que em nada nos diminui frente ao CRIADOR e a outras tantas criaturas que hoje já se encontram nos Mundos Astrais tentando, de lá, nos intuir a todos, indiferente de credos, e através de diretivas que nos levem a ser felizes mas que pelo fato de estarmos encarnados, e portanto toldados (uns mais outros menos) pela capa da matéria animal de que nos servimos para habitar temporariamente neste planeta, quase sempre não escutamos, não percebemos, não executamos.

"LEVANDO, AO MUNDO INTEIRO, A BANDEIRA DE OXALÁ", que para a Umbanda representa a PAZ, a SABEDORIA, o EQUILÍBRIO, a HARMONIZAÇÃO COM O DIVINO, convidando-nos, neste caso a, senão totalmente, pelo menos e pelo que se consiga através do próprio esforço, observarmos e revermos em cada um de nós, nosso defeitos, nossas fraquezas, nossos baixos sentimentos (invejas, prepotências e outras mesquinharias) de forma que possamos, um dia, ser realmente dignos de podermos pelo menos tocar esta "bandeira" e, aí sim, levar a todos seu SIGNIFICADO MAIOR além de um mastro com um pano desenhado com um brasão.
Que até o alvorecer deste dia, todos os reais umbandistas, sejam quais forem suas raízes, tenham se conscientizado de suas importâncias, não só para a Umbanda, mas para si mesmos e o mundo à suas voltas e tenham compreendido que é pela UNIÃO DE FORÇAS, PENSAMENTOS E ATITUDES que se faz um movimento, seja ele de que tipo for, crescer e florir segundo seus objetivos.

Que todas as VERDADEIRAS UMBANDAS se unam segundo os objetivos primeiros e maiores, são parte de nossas súplicas ao PAI/MÃE UNIVERSAL, seja ele/ela reconhecido(a) pelo nome que for.
E para terminar esta mensagem, deixo abaixo um Ponto Cantado que aprendi há muitos anos e que traduz muito do que necessitamos em todos os momentos de nossas vidas.


FILHO DE UMBANDA
SARAVÁ CONGÁ
SALVE A SUA COROA
NOS TERREIROS DE UMBANDA
SALVE SEUS ORIXÁS
OXALÁ, MEU PAI
ABENÇOAI FILHOS DE UMBANDA
SOMOS FILHOS DE OXALÁ
E OXALÁ É REI NA UMBANDA

E um segundo em homenagem à Casa de Geraldo, em Niterói, lugar onde dei meus primeiros passos em rumo à espiritualidade.

Deus de amor e justiça,
Pai de justiça e amor
Se é que nós merecemos, meu Pai
Manda aplacar nossa dor

Seja o nome que te derem,
Alá, Jeová, Zambi ou Tupã
És um só DEUS VERDADEIRO, meu Pai,
Pai de Yemanjá e Iansã

Paz a toda humanidade
No Mar, na Terra e no Ar
Em qualquer religião, oh meu Pai
TODOS QUEREM TE ADORAR.

Salve o Senhor nas Alturas
No infinito e no além
Salve Jesus Nazareno, excelso
Que é nosso irmão também.


NOSSOS FRATERNOS SARAVÁS A TODOS OS VERDADEIROS FILHOS

DESSA "JOVEM RELIGIÃO " DE APENAS 100 ANOS NO BRASIL!

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

PROCESSOS OBSESSIVOS III


OBSESSÕES ESPIRITUAIS

Vamos falar agora de processos em que haja realmente a atuação negativa de espíritos (humanos ou elementais) na vida de alguém?
Você já releu o Capítulo V de Umbanda Sem Medo Vol I? Olha que é bom, heim!
(Caso não o tenha feito, leia-o aqui mesmo em:"Obsessões e Obsessores Parte I e Obsessões e Obsessores Parte II - é só clicar)

Falamos lá que a nossa Aura é um halo energético resultante de diversas energias que criamos ou geramos, entre as quais as próprias energias metabólicas, dissemos que funciona como um Escudo Energético e descrevemos algumas situações relativas ao seu possível enfraquecimento.
Falamos também sobre como um obsessor esperto mina esse escudo e até mesmo as defesas psíquicas de um "sujeito alvo", não o atacando frontalmente, a não ser a partir do momento em que ele se entrega ou, diretamente sim, somente se encontrá-lo já enfraquecido e chegamos a dizer exatamente isto:
"Quando uma pessoa chega ao ponto de estar obsedada por uma entidade espiritual é sinal de que suas defesas espirituais e energéticas (aura) já foram vencidas e a própria vontade dessa pessoa já depende em maior ou menor grau, da vontade do obsessor. Qualquer tentativa de afastamento por meios descontrolados pode ser fatal, pois em não poucos casos, a presença do obsessor torna-se fator importante na vida do obsedado."

Para uma melhor compreensão do que se vai dizer daqui pra frente, vamos considerar:

ENCOSTO ESPIRITUAL = Um ente espiritual ou energético (forma - pensamento) que se aproxima da "vítima" por algum interesse que pode ser momentâneo ou até duradouro, o que vai depender do fato do "encostado" continuar a fornecer-lhe, ou não, o ou os elementos que atraíram esse ente. Pode ter se agregado à vida do encarnado por puro acaso, por atração do próprio em função de ter a Aura irradiando a energia necessária ao ente, podendo, o primeiro contato, ter se dado até mesmo em algum lugar freqüentado (casa de parentes, amigos, bares, boates, etc.) ou na passagem pela porta de um desses lugares que "expulsam diabos" mas não os encaminham, deixando-os soltos para se apegarem ao mais próximo descuidado.
Chamamos assim, de ENCOSTO, porque esses entes não costumam CRIAR RAÍZES ENERGÉTICAS profundas, a não ser, como já disse, se encontrarem facilidades crescentes no fornecimento do que esperam absorver.
Há também o "Encosto Familiar". Neste caso, um ser familiar e desencarnado encosta-se em alguém, ou por maldade ou mesmo achando poder ajudar, ainda que não saiba como, acabando por atrapalhar ainda mais. Esse tipo de Encosto costuma acontecer muito quando os entes encarnados, por sofrerem demais com a "perda", acabam atraindo a atenção e a presença do desencarnado ainda não encaminhado. E há também aqueles entes familiares que, ou por não entenderem já terem desencarnado, ou acharem que devem, por si próprios permanecem agarrados ao seio familiar.
A positividade ou negatividade deste tipo de Encosto ficará por conta do grau evolutivo do desencarnado e a compreensão de seu estado pós desencarne, já que "os sofredores materiais" estarão sempre de "guarda aberta" para que a atuação se dê.
Se o ente familiar encostado for daquele tipo dominador, tenderá a exercer seu domínio sobre o encarnado mais frágil, mediunicamente, ou o que mais elos energéticos de simpatia ou medo teve com ele quando em vida - esta situação poderá evoluir para um tipo de obsessão.
Neste caso específico, já que estamos aprofundando os estudos, há também a possibilidade do encarnado atrair, não o ESPÍRITO familiar e sim seu Cascão Astral(1) caso o desencarnado já se tenha desvencilhado dele, pelo fato de já ter migrado dos Planos Astrais para Planos Superiores cujas especificações não nos cabe ainda aqui. Este acaba virando "um caso sério", já que esses Cascões, por não possuírem raciocínio (serem como zumbis), apenas absorvem energias exaladas pelos encarnados, energias estas que são estimuladas através de RECORDAÇÕES que causem tristezas e "dores íntimas" (e conseqüentes depressões em diversos níveis) por fatos ou pela pessoa que se foi, transformando-se, instintivamente, em verdadeiros vampiros astrais. Neste nível já acontece a obsessão - ato irracional, compulsão.
Ainda sob a classificação de ENCOSTOS, podemos enquadrar a atuação de entidades espirituais e/ou elementais que, de certa forma, são enviadas para uma determinada tarefa, quase sempre nefanda - destruição de uma forma geral, seja lá em que aspecto da vida.
Mas estes não seriam obsessores? Perguntariam alguns!
Podem até se transformar em, mas inicialmente atuam como Encostos e já neste nível conseguem, pela fúria e estimulados por "presentes", provocar desequilíbrios na vida do "sujeito alvo".
Não são obsessores em sua essência porque:

1- Não possuem vínculos energéticos anteriores, atuais, ou de vidas anteriores com o "sujeito alvo";
2- Tendem a executar suas tarefas o mais rápido que podem e se afastarem, retornando ao mandante em busca de mais "presentes" e talvez mais "tarefas", tal qual fazem os cães que atacam as vítimas ao comando de seus donos;
3- São mais facilmente detectáveis e até "mais facilmente afastáveis" pelo fato de agirem mais violentamente, logo acusando sua(s) presença(s) e normalmente em função do que vão ganhar. Sabendo disto, muitos grupamentos espirituais os tratam através de trocas - oferecem o que ganharam e talvez mais alguma coisa, para que deixem a vida do encarnado e até mesmo se voltem contra quem os enviou, não sendo este o procedimento natural (é preciso que fique bem claro) de um Real Terreiro de Umbanda, por "N" motivos que podem ser especificados em outra oportunidade.

OBSESSOR ESPIRITUAL = Um ente do Plano Astral (humano ou elemental, ambos elementares) que, seja por motivo de cobranças entre vidas, seja por um processo de evolução da fase de Encosto para esta, seja por endividamento criado ainda nesta encarnação (pessoas que prometem, alcançam e não pagam, por exemplo) PERSEGUE A SUA VÍTIMA causando-lhe um sem número de males, tanto espirituais quanto materiais.
Diferentemente dos processos de Encosto, neste sempre há elos (vínculos) energéticos que atam encarnados e desencarnados, o que pode vir a ser um tremendo problema para a "cura espiritual" tanto de um quanto de outro, sendo essa dificuldade diretamente proporcional ao grau de INVOLUÇÃO ESPIRITUAL e às vezes até CULTURAL, tanto da entidade atuante quanto do encarnado. No primeiro caso devido ao grau de ainda selvageria mental com que se apresentam estas entidades e no segundo devido à pouca ou nenhuma compreensão sobre o que se pode lhes transmitir de mensagens edificantes, evolutivas, etc.
Esses vínculos, elos, enlaces que se formam por dívidas, sejam elas cármicas ou não, são elementos dignos de análise mais profunda porque em todos os casos, parece haver uma interação, um entrelaçamento energético tão forte entre uns e outros que a simples retirada ou afastamento do obsessor chega a causar, em alguns casos (que dependem do quanto de enraizamento energético exista entre os entes envolvidos), diversos males, agora de natureza psíquica no encarnado que passa a sentir como se lhe "faltasse algo" na vida, em sua existência.
Alguns podem até achar uma comparação esdrúxula (incomum e até extravagante), mas a sensação é bem próxima ou até igual em muitas vezes, àquela por que passa um encarnado que, mesmo sofrendo ao lado de seu cônjuge, por décadas, sofre ainda mais se por algum motivo ele ou ela se afastar ou morrer. Só quem já passou por uma experiência destas pode aquilatar o "vazio de alma" daí decorrente e a falta até mesmo das brigas e discussões por motivos fúteis, às vezes, mas que já faziam parte da vida comum.
Quem já não ouviu a famosa frase: "Ruim com ele(a), pior sem ele(a)?"
Em nosso caso específico de obsessão espiritual, "a coisa" não é muito diferente, principalmente se essa obsessão advier de causas anteriores à vida atual, porque não só o mental encarnado, como o próprio Espírito do encarnado em si, de tão vinculado que está ao obsessor, acaba por lhe sentir a falta, AINDA QUE INCONSCIENTEMENTE!
Resultado disto?
Muitas vezes (se não houver um acompanhamento psicológico) processos depressivos bastante complicados, síndromes de pânico, etc., que poderão desencadear processos auto-obsessivos conforme já analisamos.

Mas Claudio! Você acha que uma pessoa que se livre de um fardo espiritual pode mesmo sentir falta dele a ponto de se predispor a uma auto-obsessão?
Não só pode como não é muito incomum não!
É claro que quando o ataque do obsessor é grosseiro e provoca grande males físicos e espirituais, a tendência não é esta e sim a de se ver livre o mais rápido possível do estorvo, voltando à vida normal sem sequer se lembrar que um dia aquilo aconteceu - o fato da descoberta e do afastamento. No entanto há processos obsessivos mais elaborados em que o obsessor vai se infiltrando devagarinho na vida do encarnado e muitas vezes, até que demonstre seu real objetivo, "vai dando corda" (como se costuma dizer) na vida do "alvo".
Já vimos o caso daquela senhora que julgava receber um "MEDALHÃO ESPIRITUAL" que falava em várias línguas ainda no primeiro volume e vimos também no que deu, certo?
Então vou repetir o que já disse lá, palavra por palavra:

Veja bem!
"Qualquer obsessor, por mais burro que seja (e normalmente eles não são nada burros), se tem em mente dominar uma pessoa, vai facilitar-lhe sempre aquilo que ela ache que mais precisa - nesse caso a admiração de tantos quanto cercavam essa senhora. É desse modo que ele ganha confiança! É desse modo que ele vai conseguindo aos poucos, estreitar os laços que o unem ao ser encarnado até chegar ao ponto de se tornar imprescindível, em muitos casos, a sua presença. Anote isso!"
E quem anotou e passou a observar melhor certas manifestações mediúnicas ainda existentes ou analisou a "queda mediúnica" de muitos "EX BABÁS" ou "EX YAYÁS", com suas conseqüentes fugas para outros grupos religiosos, inclusive seus ataques às mesmas coisas que eles mesmos faziam antes, entendeu bem o quanto de reais ENCOSTOS e OBSESSORES se apresentavam como GUIAS ESPIRITUAIS dessas pessoas, normalmente movidas pela intenção de FAMA, DINHEIRO E PODER. Será que mudaram também seus objetivos primários nessa outra religião ou seita? Ou estão apenas "cuspindo nos pratos em que comeram"?

-"Mas fulana eu conheci. Recebia "Vovó X" e curava os filhos com suas rezas".
-"Cicrano tinha um "Caboclo Y" que só de chegar já botava tudo que é kiumba pra correr".
-"Como é que eles poderiam ser Obsessores ou Encostos?"

Mais uma vez uma análise superficial da entidade pelos "efeitos especiais" com que consegue enfeitiçar os mais ingênuos.

Retorne ao que eu disse acima (sobre como agem os obsessores menos burros) e lembre-se claramente de uma coisa: Qualquer "Nome" ou "Título" que uma entidade possa vir a dar, também pode ser puramente fictício e puramente fruto de MISTIFICAÇÃO. Curas, qualquer entidade mais terra a terra é capaz de fazer, desde que tenha aprendido a manipular energias, não sendo necessário qualquer tipo de EVOLUÇÃO ESPIRITUAL, mas sim conhecimento de técnicas de manipulação energética. Pseudo-afastamentos de kiumbas pela simples presença, podem não passar de simples acordo entre entidade e seus próprios asseclas com fins de, como já explicamos: PURO IMPRESSIONISMO VISUAL! Com que fins? Deixo pra você esta conclusão! Só não subestime a inteligência de qualquer espírito, seja para o bem ou para o mal em cada situação, sob pena de ser brutalmente penalizado(a) e acabar tendo que migrar também para outras religiões ou seitas.
Os que gostam de viver de ilusões, no mundo da fantasia; os que continuam achando que porque o espírito está "do outro lado", já virou anjo, deva ou orixá, são, certamente, os alvos mais visados, tanto para ENCOSTOS quanto para OBSESSORES que tenham trazido de outras eras ou com os quais tenham assumido dívidas na presente vida!
Uma outra técnica utilizada, tanto por Encostos, quanto por Obsessores (mais por estes últimos), é aquela em que o "sujeito alvo" não é atacado diretamente e sim por tabela, como costumamos dizer.
Nesta técnica o ente espiritual, não conseguindo atuar diretamente no "alvo", procura alguém próximo a ele - normalmente irmão ou irmã, mãe, pai, amigo(a) muito chegado(a), esposa ou marido, etc. - e, atuando em seus psiquismos, começa a provocar brigas, desentendimentos e/ou todas as formas possíveis de confusões, de uma forma tal que "o alvo", se for médium, mesmo atuante, vai ficando sensibilizado por essas situações, chega a duvidar da própria Guarda Espiritual que julga acompanhá-lo, no que não costuma estar errado, pois caso contrário o processo obsessivo se daria diretamente sobre ele(a).
Por desconhecimento pessoal desse tipo de "técnica de ataque" (falta de estudos específicos) e mesmo sendo um bom médium e estando acompanhado de entidades positivas para si, mas de não grande visão espiritual(2) (esse é um outro detalhe ao qual muitos de nós não damos importância, mas é primordial, principalmente para quem almeja posto de Direção de Terreiro) o antes bom médium começa enveredar pelo caminho da dúvida que provoca a hesitação, que provoca aos poucos a desconexão com seu(s) antes protetor(es), que provoca, por fim, a abertura de guarda para a infiltração do obsessor. Este por sua vez, se for daqueles espertos, vai aparecer, não como um vigoroso atacante, mas sim como o "salvador da pátria" - "uma entidade bem forte que vem pra acabar com aquela demanda toda" (observe as aspas e entenda o que quer dizer).
O que faz nosso "alvo" diante de toda aquela demonstração de força e vigor? Claro ... confia inteiramente seus caminhos a esse "novo amigo", "forte e poderoso", como se mostra.
E tome trabalhos, e tome matanças, e tome isto e mais aquilo, sem que o "alvo" consiga perceber que passou a alimentar e fortalecer ainda mais os amiguinhos de seu "novo amigo" e a ele próprio, é claro. Seus antigo protetores? Nem aí! E se aparecer alguém dando o mesmo nome ritual anterior, ou sempre foi da gang ou é outro que aparece agora desta forma, para dar um certo ar de confiabilidade a tudo que se está fazendo.
Como o "pessoalzinho" que criava toda a confusão familiar, por exemplo, era dessa mesma gang, (ou era até ele mesmo) com a entronização do "chefe", vão deixando de atuar nos familiares, amigos, etc., dando ao "alvo" a sensação de que "tudo está correndo às mil maravilhas" - mais uma "prova de que o caminho escolhido foi o correto" (observe novamente as aspas).
Como testar poder-se estar passando por um processo parecido? Simples. Uma das formas é esta: Pare de fornecer as "obrigações" regadas a ejé (menga, sangue), pare de servir este "novo amigo" com todos os objetos materiais que costuma pedir, para causar seus impressionismos visuais, "suas curas", e veja como vai ficando a sua vida.
Mas será que você será corajoso(a) o suficiente para tentar isto? Porque se você a ele acorrer pelo novo avesso em sua vida, com certeza a resposta será algo parecido com: "Você não está cumprindo com suas obrigações! Como posso ajudá-lo?"
- "E se o "salvador da pátria" não me pedir nada em particular?"
Perceba o teor das "obrigações" que ele(a) passa a pedir dos consulentes. Os mais espertos, com a finalidade de não espantar "o alvo", pedem de outros o que necessitam para si próprios, sempre no intuito de "se materializarem" cada vez mais e com isto assumirem ainda mais a vida, não só de seu médium, como também a de outros incautos encarnados (lembre-se de que não costumam trabalhar sozinhos) que com eles comunguem em formas de pensar e agir.
-"E se nem isto de pedir aos outros acontece?"
Se é um espírito obsessor, com certeza já está tão misturado na essência energética do médium, que nem precisa mais dessas coisas - não é mais um simples obsessor porque já controla o encarnado o suficiente para comandar-lhe todas as vontades.
Lembro aqui, de novo, o caso da senhora que acabou se atirando pela janela por contrariar o desejo de seu "protetor" e, novamente, as mortes trágicas dos sucessivos médiuns do "famoso Dr. Fritz".

E aqui vai mais um aviso aos ingênuos que acham não precisarem estudar e estarem sempre atentos.
Um dos grandes problemas atuais da Umbanda concentra-se no pouco preparo cognitivo de alguns que se alçam aos postos de Chefes de Terreiro, com seja lá o título que resolvam assumir. Não é só a avareza, a prepotência, as futilidades, a vaidade, etc., ("qualidades" estas sempre atrativas para espíritos do mesmo naipe) que acabam levando o médium ao desastre, mas também e principalmente o GRAU DE INGENUIDADE E DESPREPARO no reconhecimento sobre QUEM ESTÁ DO OUTRO LADO E SUAS VERDADEIRAS INTENÇÕES.
Duvida disto? Então pague pra ver! Mas não se esqueça de que muitos também duvidaram antes e hoje ...

E tenha sempre em mente o que já nos dizia o célebre Caboclo Mirim: "UMBANDA É COISA SÉRIA PARA GENTE SÉRIA!"

Eu diria: para gente MUITO SÉRIA!
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(1) - Uma boa explicação sobre Cascões Astrais você pode encontrar no Livro "O Plano Astral" de C.W. Leadbeater - EDITORA PENSAMENTO
(2) - Dependendo do Nível Astral em que se encontrem determinadas entidades, elas podem ou não, perceber a presença de outros tipos que pertençam a Níveis Astrais diferentes daquele em que se encontra. Entidades de Baixos Níveis Astrais, por exemplo, ainda que possam ser positivas para o médium, podem não perceber a presença de outras de nível imediatamente superior, não querendo isto dizer que estas últimas sejam mais positivas.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

PROCESSOS OBSESSIVOS II


PRAGAS E MALDIÇÕES - PRESENTES OU "HERDADAS"


Antes de tudo e para que você não esqueça, ampliando um pouquinho mais os conceitos, considere:

SENSITIVO: Indivíduo que é capaz de sentir (e até ver) influências de energias extra-corpóreas até mesmo de entidades espirituais a ele alheias, ou não. Pode aprender a lidar com sua sensibilidade e usar este aprendizado, tanto para se defender quanto para ajudar, por orientações, a outras pessoas. Não é obrigatoriamente um médium porque seu corpo físico, ou qualquer parte dele, não é tomado por outras entidades espirituais para contatos diretos com outros vivos.

MÉDIUM: Indivíduo que pode, além de sentir (e até ver) essas energias e entidades, servir de intermediário desses espíritos para contatos com outros seres encarnados. Nesse caso, entidades espirituais podem lhe tomar emprestada a mente, partes do corpo (como no caso da psicografia), ou todo ele.

Vamos ao tema então.

Quem já não ouviu a célebre frase: "Praga de madrinha ..." ?

Quem, por atrasos em sua vida, já não escutou de alguém: "Isso é praga de ..." ?

E quem já não soube ou mesmo passou pela experiência de se sentir amaldiçoado, de tanto que a "vida dá pra trás"?

E mais recentemente, quem não está escutando por aí, nas televisões, em certas pregações, que existe uma tal de "maldição hereditária", do tipo que vem de pai pra filho e segue até a "enésima" geração, se não houver intercessão?

Acontece que, na maioria das vezes, Maldições e Pragas, nada mais são do que frases ou afirmações negativas proferidas com muita ira e direcionadas por alguém, que consegue, com muita "força psíquica" (chamavam magnetismo animal), afetar o inconsciente de outro alguém ou até mesmo "alguéns" que, por MEDO, por FRAGILIDADE PSÍQUICA, por CRENÇA FANÁTICA, por COMPLEXOS DE INFERIORIDADE ainda que LATENTES, deixa-se impressionar de uma forma tal que, a partir deste momento (do momento em que escuta a praga ou maldição, ou mesmo que alguém afirme que exista - é importante frisar isto), começa a criar seus próprios fantasmas, diabos, infelicidades, doenças ...

Mas como é que isto, às vezes, é capaz de levar uma pessoa a ter todas as espécies de "má sortes", de atrasos, de doenças ...?

Vamos analisar bem calmamente, tentando fazer as devidas conexões.

Duas opções a serem analisadas:

1- O "amaldiçoador" ou "praguejador" tem realmente fortes contatos com o que chamamos de Baixo Astral e, sabendo-o ou não, consegue jogar (por força mental) pra cima do "alvo" ENTIDADES ELEMENTARES NATURAIS, não pensantes ainda e apenas obedientes, que a partir daí vão "se colar" na vida do "alvo", obedecendo, letra por letra, aquilo que lhes foi passado em pensamento - não se esqueça de que as palavras não existem sem que antes nelas tenhamos pensado, mesmo que disso não nos apercebamos e, neste caso, muito fortemente (a ponto de determinar COMANDO), e absorvendo dele toda e qualquer energia contrária às suas "vontades".

Este é o caso dos que chamamos de Magos Negros que às vezes nem mesmo sabem que o são, mas o são por terem como acompanhamento, provavelmente por injunções cármicas, tanto Espíritos como Elementais, ELEMENTARES e suficientemente "robôs" para que o obedeçam "sem pestanejar".

Ainda nesta possibilidade, o "amaldiçoador" pode ter um grau de "força de pensamento" tão forte, pode imprimir tanta ira em cada palavra, que no momento da praga ou maldição, cria, ele mesmo, as FORMAS PENSAMENTO de que falamos na primeira parte. Essas formas-pensamento artificiais (formas muito elementares de energia), sob as mais diversas formas físicas (até de diabos) passam então, a atazanar (supliciar) a vida do "alvo", que, se tiver medos, se absorver, mesmo que inconscientemente as palavras das pragas ou maldições como verdades, acaba por facilitar sobremaneira a atuação.

Como são apenas formas-pensamento em suas orígens, passam a se nutrir dos medos, receios e pânicos que semeiam ainda mais no "alvo", já que dessas emoções, ou melhor, da ENERGIA QUE PERDEMOS OU EXALAMOS QUANDO AS TEMOS se nutrem e, através delas (e outras de orígem orgânica) que vão crescendo ao longo do tempo se nada lhes vier contra.

2- Na segunda opção, teremos aquelas pessoas tão inseguras, tão medrosas dos "diabos" que infestam suas mentes, tão dependentes, que nem precisam de um real mago negro lhes envie uma praga ou maldição e até pelo simples fato de saberem ser isto possível e acharem que alguém que conheçam lhe lançou a "maldição", ou é "um macumbeiro", acabam criando para si próprios, o inferno, através do que já explicamos como Auto-Obsessão.


É interessante observarmos que os processos, tanto de MALDIÇÕES PROFERIDAS quanto das INEXISTENTE MAS ACEITAS COMO VERDADEIRAS, a situação piora muito a partir do momento em que "o alvo", ou fica sabendo que alguém o amaldiçoou ou se torna ciente de que "pode ter acontecido" e isto está diretamente relacionado aos seus medos e fragilidades psíquicas que, acabam fazendo com que comece a exalar (pela Aura), exatamente a energia que certos elementares tanto apreciam. E é mais interessante ainda quando observamos que, se "o alvo" for submetido a alguém ou a algum ritual, mesmo que "marmoteiro", mas que O FAÇA CRER QUE ESTÁ SE LIVRANDO DE SUAS PRAGAS (quanto mais impressionismos visuais neste caso, melhor para uma grande parte), ele acaba sentindo imediata melhora de seu estado geral. Seu ânimo se restabelece, sente-se "mais forte", menos atuado e crê mesmo que tudo está se encerrando ali, naquele momento.


Quando "a coisa" é recente e o sujeito ainda não está passando por alguma espécie de "vampirismo astral", até que isso vira verdade mesmo, mas em caso contrário ... é melhorar ali (efeito psicológico) e piorar logo adiante.

E nos casos em que a pessoa nem sabe que está sofrendo porque recebeu um "presentinho" destes - uma praga ou maldição?

Estes talvez, sejam os casos mais complicados em função de, na grande maioria das vezes, o encarnado estar sendo verdadeiramente atuado por energias-pensamento projetadas, que formam placas energéticas que se colam à Aura, aparecendo-nos como manchas escuras em uma ou diversas regiões.

Como essas energias se alimentam na própria Aura do "alvo", as primeiras sensações que ele costuma sentir são: desânimo, preguiça, fraqueza, vontade de se isolar sem manter contato com outros, pode ir ficando "assexuado", chegando a doenças agudas e/ou crônicas que podem ir se instalando, na medida em que "as placas vampiras" vão se fortalecendo e exigindo cada vez mais energia através da Aura para subsistirem.

Como essa placas não são entidades (seres que existem por si) e sim subprodutos de energias- pensamento alimentadas pela energia irradiada da matéria (tipo ectoplasma), instintivamente, como bactérias ou vírus, vão exaurindo o próprio meio que as alimenta com fortes conseqüências sobre a saúde de um modo geral.

Aí vem a parte psíquica.

Quando a saúde se abala, seja da forma que for, normalmente o humano se enfraquece psicologicamente. Se ele antes era alegre, pode se tornar soturno, calado, voltado cada vez mais para dentro de si mesmo e, como decorrência disto, alimentar, cada vez mais, pensamentos e atitudes negativas de fraqueza que o levem, não só a ceder mais alimento às placas, como também a sentir-se um derrotado, o que, por decorrência, fatalmente o levará àquelas sensações de inferioridade, de dificuldade para tudo, de que o mundo conspira contra ele, plasmando por isto, ele mesmo, mais dessas placas, desta vez auto- obsessivas.

Observemos que em todos esses casos o tempo entre o início da atuação da energia enviada e as primeiras sensações físicas (digamos assim), pode ser grande ou curto, dependendo do estado inicial de defesa em que se encontra a Aura do "alvo". Este ainda, se for do tipo que em nada crê, pode ser até um dos que vão demorar mais tempo para sentir (e mesmo assim não acreditar), já que, psicologicamente, não estará alimentando sequer a possibilidade do fato poder estar acontecendo, o que, de certa maneira (pelo fato dele não alimentar medos e "superstições"), o escuda por algum tempo e muitas vezes chega a fazer crer ao invejoso ou rancoroso, por exemplo, ser ele invulnerável ou "muito forte", a ponto deste desistir de seus intentos (desistir de enviar seus pensamentos rancorosos, etc) antes ainda dos primeiros efeitos físicos.

Como energias-pensamento, ao serem criadas, têm que ser fortalecidas inicialmente pelo criador (através da insistência), até que realmente se agreguem ao "alvo", o fato deste não acreditar ser possível, acaba dificultando a atuação. Se o criador acabar vacilando na possibilidade, por não ver seus anseios alcançados rapidamente, pode até deixar de lado seu objetivo, fazendo com que a forma-pensamento, em boa parte das vezes nem chegue a atuar realmente como deveria. Está aí uma das respostas para quem pergunta: "Por que quem não acredita em nada está quase sempre se dando bem?"

Mas ... se o invejoso, o rancoroso, o vingativo, continuar a nutrir suas formas-pensamento fortemente, por mais tempo, mais cedo ou mais tarde, direta ou indiretamente, o "alvo" vai ser alcançado, principalmente se for dado a vícios que lhe causem alterações do estado de consciência (drogas, álcool) que normalmente enfraquecem o escudo áurico, desde que não tome providências para, pelo menos, reforçar seu isolamento ou até mesmo, através de uma atitude amistosa (quem sabe?) conseguir que o "criador" deixe de criar suas formas elementares de energia através de suas pragas e maldições, fazendo amizade com ele, por exemplo.

Resumindo: Sabendo ou não sabendo haver uma praga ou maldição, tanto ela pode "pegar", como não, dependendo, na maior parte das vezes, de quanto o indivíduo lhe for vulnerável e na razão direta do quanto as temer. Sintetizei?

E as tais maldições hereditárias? Elas passam de pais para filhos?

Isso é uma coisa bem mais rara e depende de alguns parâmetros a serem observados.

Pragas e maldições auto-induzidas (essas que o indivíduo acha que lhe jogaram e por isto já sai sentindo os possíveis efeitos), com certeza não serão hereditárias, a não ser que os filhos também sofram das mesmas vulnerabilidades psíquicas. Isto pode fazer parecer serem hereditárias, mas na verdade os efeitos são recriados em cada um por subconscientes influenciados por seus antecessores e suas crenças, que acabam se enraizando em mentes um pouco mais fracas. Em outras palavras, a vulnerabilidade psíquica pode ser hereditária e por causa disto, os filhos passarem a sofrer dos mesmos tipos de desvarios que seus genitores.

Nos casos mais graves em que a atuação existe mesmo, seja ela através de formas-pensamento ou de entidades elementares (espíritos humanos e/ou elementais), assim como existem entidades positivas que nos ficam de herança, também toda esta carga negativa pode ficar, sempre dependendo de alguns elementos a serem considerados:

1- Tenha existido um forte elo emocional, mesmo que positivo (amistoso) entre antecessores e antecedidos;
2- Tenham existido fortes sentimentos de culpa entre uns e outros;
3- Haja fragilidades áuricas (pelo lado Astral) ou psicológicas (pelo lado mental físico) que predisponham a esta situação;
4- Haja algum comprometimento cármico entre genitores e gerados.


No primeiro caso os elos emocionais fazem, às vezes, até que uns sintam as dores e sofrimentos de outros enquanto ambos encarnados e, já que é assim, a absorção, não só dos efeitos, como também dos causadores destes, não costuma ser difícil - já falamos sobre isto em outros textos - podendo acontecer até mesmo antes do desencarne de um deles.

O sentimento de culpa de que fala o ítem 2, também se traduz como uma forma emocional, mas o destaquei porque, neste caso, como aquele que o sente costuma se auto-flagelar, ainda que apenas mentalmente, a facilidade de absorção de energias e/ou "acompanhantes astrais" para seu próprio "carrêgo" ainda é mais fácil se dar.

O ítem 3 nos fala de fragilidades (psíquica e áurica) e, é claro, que mesmo não havendo a participação do que nos dizem os ítens anteriores, se os filhos forem fracos, esses elementares, ao abandonarem a matéria antes viva dos genitores, vão procurar ali mesmo, na família, alguém que possa servir, doravante, de "fast food" para suas vampirizações.

O quarto ítem é mais difícil de ser analisado pelo fato de também ser difícil afirmarmos que alguém tem, sem sombra de dúvidas, algum tipo de carma com seu descendente (e vice-versa) que predisponha a este tipo de situação. Este é um caso que tem que ser avaliado minuciosamente e só aceito no caso de se constatar não haver possibilidade alguma para estar acontecendo o que os ítens anteriores sugerem.

Se você que nos lê, parar para raciocinar agora, perceberá que, até aqui, o maior problema humano relativo a auto-obsessões e a pragas e maldições, está em suas relações com suas próprias mentes que, por vulnerabilidade natural, emocional ou provocada espiritualmente, acaba por facilitar, ou até mesmo amplificar seus efeitos.

Percebeu?



PAZ, SAÚDE E HARMONIA em suas vidas!
Este texto já faz parte e estará no Volume III de UMBANDA SEM MEDO