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segunda-feira, 23 de julho de 2018

TENTANDO ORGANIZAR ESSA NOVA FASE


     Ora pois, chegamos ao ano de 2018 e a despeito de tantos supostos profetas terem acabado com o mundo por diversas vezes desde a virada do século, eis que aqui ainda estamos. E como já estou parado há muito tempo, apenas observando os caminhos que a "umbanda" e os "umbandistas" estão tomando dia a dia pelas interpretações cada vez mais sem nexo que vejo expostas por aí, resolvi voltar a escrever, sempre buscando a reflexão profunda (e jamais a aceitação pela aceitação), para os que aqui chegarem possam ter o direito de, não só conhecerem certos fundamentos básicos na aprendizagem do "como lidar com o mundo espiritual com que nos conectamos" sem as criatividades mirabolantes que venho observando diuturnamente, parece que na ânsia de que sejam criadas matérias e mais matérias, dogmas, segredos e mistérios onde, na verdade não existem mas servem sempre muito bem, ou para que se criem seguidores ávidos de conhecimentos sobre os tais  mistérios, ou pseudo papas "protetores dos sagrados dogmas indiscutíveis" do sei lá o quê.

     Nessa nova fase estou pretendendo abordar temas básicos e por suas bases, até mesmo para contrariar muito do que se está pregando no momento, apenas por simples empolgações, como se verdades incontestáveis fossem e, desse modo, pretendendo também passar aos que aqui chegarem  uma visão bastante nova (embora de nova nada haja) sobre certos procedimentos que soube estarem sendo executados em terreiros que se dizem de umbanda mas que ... parece que foram montados por pessoas totalmente leigas nos assuntos sobre energias, padrões energéticos, densidade energética, planos espirituais mais ou menos densos, seus "moradores" e um montão de outras "coisinhas" que, se deixadas de lado por conta de muito que se vê hoje em dia de FASCINAÇÃO (já escrevi sobre isso), erros e mais erros crassos acontecem e, claro, como também estamos vendo por aí, tanto a EXUMANIA, quanto agora mais recentemente a MALANDRAGEMANIA (a continuar nesse pé logo teremos logo a TRAFICAGEMANIA) e outras manias mais que os FASCINADOS adoram divulgar  sempre, é claro, plantando "mistérios" e "segredos ocultos" para que façam os olhinhos dos mais desprevenidos brilharem de tantas emoções e curiosidades.

     Um dos grandes problemas da Umbanda atual (vamos deixar o passado em que praticamente todos os cultos que eram uma mistura de tudo com algo mais se batizaram de umbandas) está exatamente nesse afã de divulgação em massa, creio eu.

     Parece que nessa empolgação toda de quererem divulgar o nome UMBANDA pelo Brasil e afora, começaram a aparecer supostas mensagens, psicografias, jogo de búzios, projeções astrais e sei lá mais o que, que se forem comparadas umas às outras pelo teor veremos até que são contraditórias (sem falar aqui no toque surrealista de muitas delas) entre elas e muitas das vezes contraditórias dentro do próprios texto.

     Por outro lado, a geração de Centros e Terreiros de Umbanda criados a partir de desencontros de médiuns novos com seus antes dirigentes, também, ao invés de ajudar a divulgar a verdadeira Umbanda (uma prática mediúnico-espiritual em sua essência), chegou até mesmo a reverenciar o ANIMISMO como fator imprescindível e até mais necessário que o próprio ESPIRITISMO (não me refiro aqui à Doutrina Kardecista mas sim ao verdadeiro significado que Kardec deu ao seu "ESPIRITISMO" como crença e contato mediúnico com os espíritos). Isso é até fácil de entender já que nos dias de hoje, muito diferentemente dos de antigamente, não é raro adentrar-se ao piso de um Terreiro em plena gira e, ao invés de arrepios, taquicardias, sentir "o chão tremer" e às vezes até ser tomado pelo protetor ou guia em respeito àquele chão, sentirmo-nos como se entrando em um palco em que diversos personagens desfilam na interpretação de alguns supostos papéis mas ... espíritos mesmo ... estão lá longe, se é que ali já estiveram.

     O que acontece quase que sempre nesses casos?

     Médiuns não preparados (mas acham que estão) resolvem abrir "suas bandas" e, sabendo menos ainda sobre o espiritual do que aquele ou aquela que antes os dirigiam, entendem que .... "AS ENTIDADES SABEM TUDO E É COM ELAS QUE VOU APRENDER!" Começa aí mesmo um possível passe para se tornar um "EX" (como já vi muitos) e ... sabe, né? Alguém tem que levar a culpa porque ... Culpado eu? NUNCA! JAMAIS!

     Observo que a inversão de valores que hoje em dia parece ser o filé da socialização entre os humanos ditos normais(sic), está cada vez mais presente também nos terreiros, o que nos mostra que  se fossem de verdade controlados por espíritos orientados, jamais poderia ocorrer, mas passam até pelos "senhores da sabedoria" que, cegamente e até com certa empolgação, guiam seus aprendizes por práticas para as quais acham até chifres em mulas no sentido de encontrarem justificativas para alguns procedimentos tidos como "fundamentais".

     No momento só vou tocar em um desses procedimentos como exemplo de uma prática que jamais deveria ser utilizada em Terreiros de Umbanda e é tido como norma em certos locais que, parece que sem entenderem a fundamentação do que é UMBANDA, encerram giras com o POVO DA RUA ou da KALUNGA, vulgo EXUS.

     A justificativa (chifre na cabeça de mula) é de que os Exus é que são "povo de descarga" (ou descarrego, como quiser) o que até certo ponto é verdade, mas deixam de lado o fundamento de que Exus são povo de vibrações ou energias de padrão vibratório BAIXO e que, ao saírem do Terreiro, TODOS, absolutamente TODOS, entre médiuns e visitantes, sairão NA VIBRAÇÃO DE EXUS para suas casas, ou seja, levando consigo uma vibração áurica baixa, condensada e afim a outros tipos de Exus que possam encontrar pelas encruzilhadas da vida.

     - Mas o que pode ter isso de ruim, Claudio?

     Hora de começar a pensar, a usar esse cérebro que deus lhe deu.

     Acontece que a Lei das Afinidades (muito pregada mas pouquíssimo entendida) nos ensina que os semelhantes se atraem. Já deu pra entender? Se você é um PENSADOR e não apenas um REPETIDOR, já começou a ter aquela coceirinha na cuca.

     Ah, mas isso é só quando a pessoa é de certa maneira, em seu normal, que passa a atrair semelhantes a ela ... Nada disso. Dizer isso é ignorar (ou até mesmo nem acreditar no que aprendeu, se é que aprendeu) que todos nós, quando vamos a um local em que se forma uma EGRÉGORA (olha nós falando de egrégora de novo) e que essa egrégora foi criada previamente direcionada a uma alta ou baixa vibração, saímos desse local IMANTADOS dos valores energéticos dessa egrégora e, dessa maneira, se ela for de alta vibração, sairemos imantados em energias de altas vibrações e o contrário idem. Prova disso são fatos corriqueiros em que alguém vai a um Centro ou Igreja (e às vezes até mesmo casa de alguém) e sai de lá pior ou melhor do que entrou simplesmente pelo fato de ter conseguido alcançar o nível vibratório da egrégora local, ter se chocado com ela (muitas possibilidades aqui) ou ter se sentido bastante compatível com.

     Terreiros de Umbanda e outros cultos, todos criam e alimentam EGRÉGORAS no início e decorrer de suas existências e as fortalecem e mantêm mais fortes durante os procedimentos ritualísticos que usam para atraírem os personagens do mundo espiritual com que trabalham, egrégoras essas que sofrem algumas mutações (para cima ou para baixo em suas vibrações) de acordo com "o povo que vai estar em terra em um determinado momento". Entendido isto fica mais fácil entender-se que, por mais que amemos Exus e Pomba Giras, Malandros e companhia LTDA, jamais deveríamos sair dos terreiros na vibração deles pois, a não ser que pudéssemos contar todos com o acompanhamento desses de cuja egrégora nos alimentamos até nossas casas e daí pra frente (já que sairemos imantados dessa mesma vibração), se não tivermos nossa guarda própria firme ao nosso lado, a possibilidade de atrairmos por onde passarmos, mais "povo da rua" e "da kalunga" soltos por aí (os que apelidaram de kiumbas), cresce assustadoramente.

     É preciso que se entenda que quando alguém vai a um Terreiro de Umbanda, não vai em busca de festas e fantasias (pelo menos deveria ser assim) porque ISSO NÃO É UMBANDA. Quando se vai a um Terreiro honestamente, está se buscando reequilíbrio energético ou áurico, desfazer-se de empecilhos que porventura estejam nos alcançando via mundo espiritual e que possam ser resolvidos pelos amigos que se espera encontrar nesses locais e, principalmente, espera-se sair dali em contato com altas energias com as quais se vai voltar para casa. Desse modo, encerrar-se giras na vibração de Exus é, talvez, uma dos piores INVERSÕES DE VALORES que se possa cometer que, inclusive, com o passar do tempo, provoca modificações de entendimento, até mesmo nas próprias Sessões e médiuns locais que, sendo sempre mais e mais imantados na vibração de Exus ao irem para casa, passam a ser mais e mais atuados por essa banda que, por sua vez, mesmo que aos poucos, toma conta do psiquismo particular e geral do próprio Terreiro.

     Uma das consequências desse procedimento?

     EXUMANIA/EXULATRIA - fenômenos em que a banda do "povo da rua" e "da kalunga" passa a ser reverenciada aos níveis de "orixás", "deuses", e até "anjos de guarda", principais personagens de certas "umbandas". E para desconstruir esse fanatismo ... é duro, viu?

     Lembre-se disso e, se possível, teste em seu Terreiro inverter o que foi invertido, principalmente se o seu Terreiro for daqueles que vivem em demandas ou sofrendo demandas de outros, ou encontrando demandas em tudo ou em todos, pois na faixa espiritual em que Exus, Pomba Giras, Malandros e outros existem, pelo nível evolutivo de seus iguais e deles mesmos, a "coisa" pode ser tão confusa ou mais do que aqui mesmo e as compreensões de como resolver isto ou aquilo, tão materialistas ou mais do que as compreensões que temos enquanto encarnados.

     Lembre-se de uma coisa: No seu Terreiro, Tenda, Centro ou sei lá como chama, existe (tem que existir) uma chefia espiritual que deu início a tudo o que você vem fazendo até hoje e, não sendo o seu Terreiro de Quimbanda (nos quais Exus são reis) e tendo você, honestamente o interesse de praticar UMBANDA, cabe sempre à chefia espiritual da casa resolver, SEM A INTERFERÊNCIA ANÍMICA DE NINGUÉM, como fazer para que uma boa Sessão ou Gira de Umbanda termine na mais alta vibração possível e jamais ao contrário, digam lá o que quiserem dizer os supostos "experts" no assunto.

     Uma excelente sessão de Umbanda deve deixar, tanto médiuns como assistentes, como que "pisando nas nuvens" ao ser encerrada. Se não for assim ... cuidado!

     Paz, Luz e Vitórias para todos os que aqui chegarem.


Nosso próximo assunto: ELEMENTAIS E ELEMENTARES - EXPLICANDO MELHOR

Um comentário:

  1. Olá Querido Amigo! Enfim consigo um tempo para reler o texto e dar Glórias, afinal sobrevivemos a mais uns dez ou vinte avisos de fim de mundo, sem contar os sobre tempestade solar que alguém andou te enviando, ahahahahahahah. A impressão que senti ao ler o texto pela primeira vez ainda se faz presente mesmo tendo lido outras e é a seguinte, Pai Altíssimo perdoa esta tua criatura que se encontra filiada ou melhor resgatada na Corrente Sagrada de Umbanda, mas está difícil cada vez mais ler, ouvir e assistir algo sobre esta Escola de Vida que me toca o coração! Talvez a "culpa" seja de quem ensinou que Umbanda se faz com uma vela acesa, um copo dágua e um coração cheio de fé, ou então quem assim ensinou sabendo que muitos em suas mentes considerariam que tal lição era de pouca valia, que não bastava e para que de fato valesse tinha que trazer conceito e preceito dos Cultos de Nação, Pajelança, e deste, daquele modo para que aí sim a Umbanda teria força. E foram introduzindo, costurando, erguendo estruturas e mais estruturas para mostrar aos de dentro e aos de fora que sim a Umbanda é uma religião, e que pratica a caridade, e resolve e isso e aquilo. Já faz tempo que adoto o entendimento que UMBANDA é o assombroso equilíbrio da Força na Leveza, pois que tudo o que é sólido, como as nossas certezas sobre o que é Umbanda, se desmancham... no ar. Talvez (a vontade é dizer É) seja isso que tenhamos dificuldade em compreender, Umbanda é o essencial, nem mais nem menos, apenas o essencial e não há que reinventar a roda, a base já foi dada lá em 1908, a direção já foi apontada, o mais, o adereço, o enxerto é produto da busca da satisfação de uma ansiedade ou insegurança naquilo que se pode tocar e barganhar para encontrar o que não se toca ou barganha: "adentrar-se ao piso de um Terreiro em plena gira e, ...arrepios, taquicardias, sentir "o chão tremer" e às vezes até ser tomado pelo protetor ou guia em respeito àquele chão". Quanto mais se olha para o que nos é mostrado no presente, mais se volta o olhar ao passado, não com saudosismo, mas compreendendo que muito do que ensinou-se não era coisa de gente ignorante, mas sim de quem não ignorava o quanto se pode iludir-se crendo que sabe-se muito conhecedor do que é o mundo espiritual. É possível seja esta a inversão de valores que leva muitos, olhar para lá com os olhos de cá. Faço votos que venham outros textos bases e como diria o Belchior: "E eu quero é que esse canto torto. Feito faca, corte a carne de vocês." Abraços!

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