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segunda-feira, 6 de agosto de 2007

PRÁTICAS E RITUAIS PARTE II

CONTINUAÇÃO... (leia a parte I se ainda não o fez, por favor).

Em relação às práticas e rituais utilizados pelos diferentes grupos ditos religiosos, podemos dizer que elas acontecem mais pela interpretação que os dirigentes de cada Templo, Igreja ou Terreiro dá aos ensinamentos que lhe foram passados (normalmente por quem lhes ensinou a doutrina que professam) e continuam sendo passados (intuitivamente) pelo acompanhamento espiritual de cada um.
É isso mesmo ! Não é porque o encarnado não é espírita que não recebe parte de seu aprendizado de entidades espirituais não!
É lógico que não admitem que sejam espíritos! Seria "dar muita canja" aos chamados espíritas. A esses ensinamentos dão às vezes o nome de "sopro divino", dizem que foi o "espírito santo" quem lhes soprou...
Mas deixa pra lá!
O que importa é sabermos que mesmo que leiam e preguem a mesma cartilha, você poderá observar variações nos cultos e missas de Templo para Templo de u'a mesma religião.
Ora, se eles que têm como livro de consulta padrão apenas "um livro" (que tem que ser o mesmo para todos) variam, como é que religiosos de outras linhas de evolução, que não têm um livro padrão por onde se guiarem poderiam executar rituais exatamente iguais? Levemos em conta ainda que, em se tratando de grupos espíritas, de contato efetivo com entidades astrais, os ensinamentos costumam vir com muito mais freqüência e normalmente adaptados à condição de cada Centro ou Grupo de Trabalho. E é exatamente essa adaptação que faz com que as práticas e os rituais sejam às vezes tão diferentes.
Mas o problema não está na diferença? Está em saber quem está mais certo?
Pois a resposta é: TODOS ESTARÃO CERTOS QUANDO SUAS PRÁTICAS E RITUAIS SE DIRECIONAREM PARA O QUE SE CHAMA RELIGAÇÃO OU RELIGIÃO.
Rituais em verdade, são protocolos, rotinas criadas pelos dirigentes ou intuídas por entidades que visam a colocar os adeptos e/ou assistentes em sintonia com o ambiente e consequentemente com a egrégora (olha ela aí outra vez) local. Dessa forma, você poderá observar que todos os Templos Espíritas ou não, têm essa rotina de "preparar o ambiente" só que de formas diferentes.
Para se fazer um batismo, seja na Umbanda, seja no Candomblé, seja na Igreja Católica, todos devem seguir uma rotina, mais rígida ou menos rígida, de acordo com a religião, de forma a trazer para o ambiente e o batizado, as vibrações mais elevadas que se puder.
Para se começar qualquer tipo de reunião religiosa, seja em que grupo for, sempre há, primeiramente, um ritual de preparação que pode ser desde uma simples palestra até os mais complexos, com envolvimento dos mais diversos artifícios como: "pontos cantados", defumações, "pregações", orações e por aí em diante. Se em qualquer dos casos o grupo conseguir fazer com que representantes e assistentes entrem em sintonia com as vibrações que se pretende buscar então o ritual cumpriu o seu papel e poderá ser considerado correto para aquele fim.
Veja bem ! Se você quiser classificar em níveis de correção um determinado ritual, ou seja, se você quiser saber se é mais certo ou menos certo, será preciso verificar o quanto esse ritual cumpriu seu objetivo, o que poderá ser percebido pela força da egrégora que vai se formando (isso só poderá ser percebido se você for um sensitivo treinado para tal), ou então, prestando atenção no nível de participação de todos os presentes, pois quando há respeito, atenção e participação ativa de todos, certamente a egrégora é forte e muito pode ser alcançado.
Encarando por esse ângulo, você poderá, até dentro de um mesmo grupo, classificar o ritual utilizado, ora como mais correto, ora como menos correto.
Em alguns casos, percebemos uma certa despreocupação com esses objetivos a serem alcançados pelos rituais, o que fatalmente acarreta em sobrecarga para o dirigente (sempre em maior quantidade) e médiuns participantes, ainda que não se apercebam disso no momento em que ocorre.
O que vemos normalmente?
Abrem-se os trabalhos com os rituais próprios de cada casa, pontos de defumação, defumação, às vezes algumas orações, pontos de chamada para as entidades dirigentes, etc, etc.. Até aí tudo bem !
Começam a chegar as entidades e, a partir daí é um "deus nos acuda".
A assistência vira platéia e quem antes estava atento (normalmente pela curiosidade) começa, ou a disputar melhor ângulo de visão ou a "bater papo" com o vizinho ressaltando esse ou aquele caso em que esteve envolvido, ou julgando os melhores e piores médiuns ali presentes, isso quando não podem sair do ambiente e ir lá para fora falar dos mais variados assuntos, nada relacionados aos trabalhos que estão sendo realizados.
Qual é a conseqüência disto no plano astral?
1- A egrégora, por mais bem feita que tenha sido no início, antes mesmo de conseguir atrair uma boa quantidade de energia de igual teor começa a se desmontar;
2- Se o corpo mediúnico permanecer em estado de concentração, a energia ou corrente de energia se centralizará sobre eles e se nutrirá das energias que eles gerarem (esse é um dos menores males).
3- Havendo pessoas realmente necessitadas na assistência, ao serem atendidas, servirão como "ralos" por onde se escoará a energia ambiental que por sua vez, para que se mantenha em um nível aceitável, deverá ser constantemente revitalizada pelo esforço desses mesmos médiuns (você já deve ter ouvido entidades e/ou dirigentes chamarem a atenção para a "corrente" não?);
4- O fato de no ambiente haver doadores de energia (médiuns) e muitas vezes um número de necessitados maior ( ou pessoas que necessitem de mais energia do que foi conseguido), faz com que a egrégora padrão não consiga atrair tanta energia quanto necessário e há vezes em que nem consegue atrair porque é "sugada" antes que possa fazê-lo. Nesse caso, são os médiuns e dirigentes sempre os mais prejudicados;
5- Não raramente pode-se observar, também no comportamento dos próprios médiuns, atitudes semelhantes às dos assistentes quando, estando ali incorporada a entidade chefe ou algumas entidades, os que não estão atuados acham-se no direito de conversarem entre si ou com a assistência, quando não ficam "de orelha em pé" para poderem escutar o que uma entidade está falando para um consulente. Nesse caso, o foco de energia ambiental diminui ainda mais em quantidade e qualidade sendo que o pouco que é gerado, o é apenas por aqueles que estão incorporados.
Preste atenção em seu grupo e veja se durante todo o tempo de reunião todos estão atentos e com suas mentes voltadas para o sucesso dos trabalhos. Não adianta ser hipócrita e "deixar a coisa rolar", porque certamente, mais cedo ou mais tarde, os problemas começam a acontecer em decorrência da sobrecarga.
Que problemas? Os mais diversos, sendo que quase sempre começam pelo abalo da saúde física e às vezes até mental de certos médiuns, passando pelas dificuldades financeiras, problemas famíliares e outros mais, sem que para isso tenha necessariamente havido ação de qualquer entidade malfeitora. Basta que haja por muito tempo um desequilíbrio entre o dar e receber energias positivas (já vimos que todos somos essencialmente seres energéticos) para que a absorção de energias de baixo teor se faça e atraia consigo os mais diversos tipos de problemas. Essa é uma das razões porque vemos alguns médiuns afirmarem que: quanto mais trabalham mais suas vidas ficam "de cabeça para baixo". Você duvida?
Voltamos a afirmar:
A lei mais importante que existe para quem lida com a movimentação de energias é A LEI DAS AFINIDADES que diz: "OS IGUAIS SE ATRAEM". A ela deve-se dar toda a atenção do mundo !
Fato agravante em casos como estes é que, ao se imantarem com energias negativas pelos trabalhos mal orientados, os médiuns passam a ser, cada vez mais, focos de atração também para Entidades de Baixo-Astral que se sintonizam bem com essas energias e vão logo "chegando junto" para aumentarem mais o sofrimento desses incautos que por sua vez acabam ficando ainda mais cegos frente à realidade.
Os protetores? Os Guias?
Eles deveriam fazer alguma coisa?
E quem disse que não fazem, ou pelo menos tentam fazer?
É preciso que se diga que processos de deterioração na vida dos médiuns e dirigentes não acontecem da noite para o dia e até que se estabeleçam, você pode ter certeza de que muitos avisos são dados (quando há entidades verdadeiramente positivas atuando junto ao grupo) nem que seja em sonhos. O problema surge quando o dirigente (e médiuns), ou não lhes dá ouvidos ou tem medo de perder seus médiuns e/ou assistência por tentar implantar disciplina em seu Terreiro.
Está aí a palavra chave: DISCIPLINA !



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CONTINUA ...
Enquanto isso, vá pensando sobre o que leu nessas duas partes e comparando com o que vê!
Comente abaixo se for de seu interesse.
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Texto extraído do Livro Umbanda Sem Medo Vol I do autor desse blog, que pode ser enviado gratuitamente (.PDF) por e-mail aos interessados.
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4 comentários:

  1. Mano,
    Excelente post!
    Agradeço as suas felicitações e se puder me envia o livro para o e-mail umbandasemmisterio@gmail.com que eu lerei com o maior prazer.

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  2. Esse problema de "deterioração da Corrente" (Egrégora) é um problema recorrente em "meu" Terreiro.

    Tanto que a Yalorixá parou de incorporar nas Giras abertas e vem se dedicando à instrução dos médiuns/cambonos. E promovendo uma "limpeza" da Corrente.

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  3. Um ponto que me havia passado despercebido. Você afirma: «...o que poderá ser percebido pela força da egrégora que vai se formando (isso só poderá ser percebido se você for um sensitivo treinado para tal)

    Me permito, respeitosamente, discordar. Não é preciso ser cozinheiro para saber se o "tempero" está bom: basta ter um "paladar" mais apurado. Eu sou, sem jamais ter sido adestrado para tal, particularmente sensível a isso (provavelmente porque sou amaldiçoado pelo discernimento...) [e, subitamente, me ocorre aquela apresentação "Power Point" que você me encaminhou...]

    E, tendo sido militar, posso afirmar, sem medo de errar, que a grandeza da Umbanda está, justamente, no fato de não possuir "um único livro"; ou, como eu costumo dizer: «não ter "Manual de Instruções"». O "nivelamento por cima" é sempre mais desejável do que o "nivelamento por baixo".

    Remetendo a meu comentário anterior, a ação firme da Yalorixá obteve resultados: a Corrente foi devidamente "depurada"; os que erravam por ignorância, foram corrigidos; os que erravam por displicência, se afastaram...

    Chega-se sempre a um ponto onde os Guias Espirituais dão um "basta!" Se o dirigente é sério, toma suas providências. Caso contrário... bem, é melhor não comentar coisas tristes.

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  4. Muito obrigado a ambos pelos comentários, em primeiro lugar. Quero dizer ao Caio de Omolu que o livro já lhe foi enviado e que estou à disposição para quaisquer melhores explicações, como lhe afirmei por e-mail. E você não pecisa me agradecer pelas flicitações - elas foram honestas, pode ter certeza!
    Quanto ao seu último comentário, Meia Noite, acho que vc levou a expressão "sensitivo treinado" muito, como diria ... radicalmente, talvez.
    Na verdade esse "treinamento" não envolveria qualquer tipo "formação acadêmica", com treinamentos para gurús ou coisa que o valha - talvez eu realmente não tenha me explicado bem.
    Na verdade esse "treinamento" muitas vezes acontece naturalmente, durante as próprias giras, QUANDO AS PESSOAS O BUSCAM, AINDA QUE INCONSCIENTEMENTE, através de observações apuradas e análises sobre o que sente na presença desse tipo ou daquele de egrégora, de falanges, vibrações energéticas etc. e vai aprendendo, aos poucos, a diferenciar o que é positivo ou não, ainda que tudo pareça muito positivo ou muito negativo.
    Na verdade estava pensando em chamar a atenção de alguns dirigentes que, muito mais se preocupam com o que foi programado para o dia tal, do que o que realmente acontece na esfera espiritual e, dessa forma, quase nunca se apercebem das reais necessidades da egrégora. Isso costuma acontecer muito em Terreiros que programam giras antecipadamente e forçam para que tudo aconteça como o programado,ainda que a egrégora, a "corrente", as energias ambientais, estejam, lhes mostrando que "tudo deveria ser diferente", que as necessidades seriam outras.
    Agora um outro comentário: Se você é capaz de sentir a egrégora, a corrente, as energias que trazem as diversas falanges de entidades, sem estar atuado, fique sabendo que faz parte de uma minoria, amigo. A grande maioria dos médiuns que só se dedicam à incorporação, tende a toldar esse tipo de sensibilidade e depender só do que as entidades podem ou conseguem lhes passar.
    Dúvida? Faz então uma enquete em seu próprio grupo e depois me diz!
    Em relação à "depuração" da corrente, concordo plenamente com você e a sua Yalorixá - tem que depurar mesmo.
    Arranca Toco uma vez nos chamou atenção para o fato de: "em um barco em que todos têm que remar juntos para se chegar ao outro lado, se uns remam pra lá e outros pra cá, a viagem vai ser longa ... vai ser difícil ..."

    Abração a ambos e que Oxalá nos ilumine sempre.

    Estejam sempre à vontade para exporem suas opiniões, ou por aqui, ou por e-mail!!

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